Taxa de fraude digital é alta no Brasil
04/12/2025 às 05:00
O Brasil registrou uma queda significativa no percentual de consumidores que disseram ter sido alvo de fraude por e-mail, on-line, chamada telefônica ou mensagens de texto

O Brasil apresentou uma taxa de suspeita de fraude digital de 3,8% no primeiro semestre de 2025, superando a taxa de 2,8% dos países da América Latina analisados². Segundo o mais recente Relatório de Tendências de Fraudes Digitais da TransUnion, empresa global de informações e insights que atua como DataTech, o país está entre os três mercados da região com taxas acima da média na América Latina, ao lado da República Dominicana (8,6%) e Nicarágua (2,9%). Apesar da taxa elevada, o Brasil registrou uma queda significativa no percentual de consumidores que disseram ter sido alvo de fraude por e-mail, on-line, chamada telefônica ou mensagens de texto – de 40% quando pesquisados no segundo semestre de 2024 para 27% quando pesquisados no primeiro semestre de 2025. No entanto, 73% dos consumidores brasileiros no primeiro semestre de 2025 disseram que não conseguiram identificar se foram vítimas de tentativas de golpe/fraude, destacando uma lacuna preocupante na conscientização sobre fraudes. "As taxas elevadas de fraude digital no Brasil evidenciam um desafio estratégico para empresas e consumidores. Não basta monitorar indicadores; é crucial compreender os padrões de comportamento que sustentam esses crimes. Os dados revelam que fraudadores evoluem rapidamente, explorando novas tecnologias e mudanças nos hábitos digitais. Nesse cenário, investir em soluções de inteligência preventiva e programas de educação digital torna-se indispensável para reduzir riscos, proteger a experiência do cliente e preservar a confiança nas transações on-line", explica Wallace Massola, Head de Soluções de Prevenção a Fraudes da TransUnion Brasil.
FÁBRICA NA RMC CONTRATA PARA AMPLIAR PRODUÇÃO
A Brink Mobil, uma das maiores fabricantes brasileiras de equipamentos e soluções educacionais, está ampliando o quadro de colaboradores nas unidades de Colombo e Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, com novas vagas para Auxiliar de Produção no segundo turno (escala 5x2). A expansão acompanha o aumento da demanda do último trimestre, período em que a empresa intensifica sua produção para atender entregas do calendário escolar em todo o país. Para suprir essa necessidade, o quadro temporário teve um aumento de 380% no quadro de colaboradores, fortalecendo a economia local e ampliando oportunidades de emprego. As duas unidades estão em fases distintas do processo seletivo: Colombo já finalizou as contratações, enquanto a unidade de Campina Grande do Sul está na fase final de entrevistas e deve abrir cerca de 20 novas vagas nos próximos dias, ampliando ainda mais as chances para novos talentos ingressarem na empresa. As duas unidades fabris somam hoje 270 colaboradores, sendo 48,89% homens e 51,11% mulheres, distribuição que reflete a presença equilibrada de diferentes perfis na operação industrial da Brink Mobil.
VENDAS DE PRODUTOS DE LINHA AMARELA FECHAM ANO ESTÁVEIS
O Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos, da Associação Brasileira de Tecnologia e Gestão de Equipamentos (Sobratema), estima que as vendas de equipamentos de linha amarela (equipamentos para construção civil e terraplanagem) terminarão o ano em estabilidade, com 34,3 mil unidades comercializadas, o que representa um decréscimo de 1% ante 2024, quando foram vendidas 34,8 mil unidades. Essa estabilidade decorre de alguns fatores como com a alta da inflação, do IOF (encarecimento do crédito) e da taxa de juros, que dificulta a obtenção de crédito para investimentos; as incertezas políticas e econômicas; o aumento de custos e insumos para o setor da construção; escassez de capital e programas de incentivo para setores que utilizam as máquinas, como o agronegócio; e os riscos geopolíticos e climáticos. Por outro lado, fatores como o crescimento do mercado de locação, o aumento de investimentos em infraestrutura e em projetos de saneamento e urbanização, contribuíram para a manutenção das vendas. Os miniequipamentos devem repetir os bons resultados obtidos no ano passado, com destaque para as minicarregadeiras, cuja estimativa é de alta nas vendas de 21% ante 2024. Outra categoria com bons números será a de caminhões fora de estrada, com elevação nas unidades comercializadas de 23% em relação ao ano passado.
RETRAÇÃO DAS RETROESCAVADEIRAS
Das três categorias com maior volume de vendas, a retração ficou por conta das retroescavadeiras (10,5 mil unidades/-5%). As escavadeiras hidráulicas e pás-carregadeiras têm previsão de vendas estáveis, com 8,1 mil e 5,7 mil unidades, respectivamente. A categoria “demais equipamentos” do Estudo da Sobratema, que engloba guindastes, compressores portáteis, manipuladores telescópicos, plataformas elevatórias e equipamentos para concreto, prevê uma leva alta no ano (1%), com vendas de 9,4 mil unidades. O crescimento está para as bombas estacionárias rebocáveis (39%) e auto bomba com mastro de distribuição (9%). Os caminhões rodoviários e tratores pesados de pneus demandados na construção devem ter uma retração de 7% e 6%, respectivamente, perante o ano anterior. Somada todas as categorias, o Relatório da Sobratema estima que as vendas totais de máquinas devem diminuir 2% em 2025 em comparação a 2024, alcançando 56,7 mil unidades comercializadas neste ano contra 58 mil unidades no ano anterior.
DESACELERANDO APÓS O NATAL
O fim de ano brasileiro tem um comportamento logístico próprio, que não aparece nas estatísticas oficiais, mas é perfeitamente reconhecido por quem vive o dia a dia do transporte rodoviário de cargas. Depois de semanas de operação no limite, impulsionadas pela Black Friday e pelas compras de Natal, a cadeia logística entra em marcha lenta entre 20 de dezembro e 5 de janeiro. Em 2024, a Black Friday movimentou R$ 9,38 bilhões no e-commerce, com 18,2 milhões de pedidos, um aumento de 14% no volume de transações em relação a 2023, segundo dados da Confi.Neotrust. Para 2025, a projeção é de que o faturamento na data cresça mais 17%, chegando a R$ 11 bilhões. Esse pico promocional é apenas o começo de uma sequência que termina no Natal: estimativas indicam que, nas semanas que antecedem o dia 25, o comércio eletrônico deve somar cerca de R$ 23,3 bilhões em vendas e 36 milhões de transações.
XP REALIZA REUNIÃO ESTRATÉGICA EM CURITIBA
A XP realizou, no último dia 2 de dezembro, um almoço especial no Espaço XP Curitiba, no Batel, reunindo convidados para um bate-papo estratégico sobre o cenário econômico atual e as perspectivas para 2026. O encontro contou com a presença de Artur Wichmann, Chief Investment Officer (CIO) da XP Inc., de Lucas Chamadoiro, sócio e Head Comercial, e de Eduardo Zoega, sócio e banker da XP Inc., que compartilharam tendências e análises sobre o mercado financeiro em um ambiente intimista. Durante a conversa, Artur Wichmann destacou como a combinação entre avanços tecnológicos, inteligência artificial e mudanças geopolíticas tem remodelado a forma como investidores tomam decisões. Ele trouxe reflexões sobre o impacto da hiperconectividade na percepção de risco, o papel crescente dos dados na formulação de estratégias e como a volatilidade global influenciada por ciclos econômicos, dinâmica de juros internacionais e o cenário político projetado para 2026 no Brasil, exige maior sofisticação na construção de portfólios. Segundo o CIO, compreender essas transformações será determinante para identificar oportunidades e proteger patrimônio em um ambiente cada vez mais dinâmico. A iniciativa integrou a agenda de relacionamento da XP com clientes de alta renda e movimentou o circuito econômico da capital, reforçando o posicionamento da marca no Paraná.
FUNÇÃO DE SÍNDICO VAI VIRANDO PROFISSÃO
Com mais de 520 mil condomínios ativos e cerca de 80 milhões de moradores no Brasil, a gestão condominial se tornou uma tarefa cada vez mais complexa, que exige preparo técnico e visão administrativa. A figura do síndico, antes associada a um morador voluntário, vem se transformando em profissão. Um levantamento inédito do Instituto Datafolha para o Grupo Superlógica, líder em tecnologia para o mercado do morar, mostra que quase a metade dos síndicos já exercem a função de forma profissional – vivendo exclusivamente dela – e 72% dos entrevistados buscaram cursos específicos para se qualificar para a função. O levantamento “Perfil do Síndico Brasileiro” mostra ainda que a função é exercida majoritariamente por homens, com 59% do total, enquanto as mulheres representam 41%. A média de idade é de 42 anos, faixa etária associada à busca por maior estabilidade profissional e experiência em gestão. O estudo mostra também que 70% dos síndicos profissionais começaram como moradores voluntários, conciliando a função com outra fonte de renda, antes de torná-la atividade principal.
DEIXANDO A LINHA DA POBREZA
Mais de 8,6 milhões de brasileiros deixaram a linha da pobreza em 2024. Esse desempenho socioeconômico fez a proporção da população na pobreza cair de 27,3% em 2023 para 23,1%. É o menor nível já registrado desde 2012, quando começa a série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2024, o Brasil tinha 48,9 milhões de pessoas que viviam com menos de US$ 6,85 por dia, o que equivale a cerca de R$ 694, em valores corrigidos para o ano. Esse é o limite que o Banco Mundial define como linha da pobreza. Em 2023, o contingente na pobreza era de 57,6 milhões de brasileiros. Os dados fazem parte do levantamento Síntese de Indicadores Sociais, divulgado nesta quarta-feira (3). Os indicadores mostram o terceiro ano seguido com redução no número e na proporção de pobres, marcando uma recuperação pós-pandemia de covid-19, desencadeada em 2020.
PARANÁ LIDERA EXPORTAÇÕES EM VÁRIOS SEGMENTOS
O Estado do Paraná chega ao final do ano como um dos protagonistas do Brasil em exportações. Em cinco setores, por exemplo, ocupa o topo do ranking nacional, incluindo tanto matérias-primas quanto artigos com maior valor agregado: fertilizantes, carnes, produtos da indústria de moagem, seda e chapéus. As informações são do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), com dados levantados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), entre janeiro e outubro de 2025. De maneira geral as exportações paranaenses totalizaram US$ 2 bilhões no mês de outubro de 2025, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o que representou aumento de 3,53% em relação ao mesmo período de 2024, quando as vendas externas do Estado somaram US$ 1,94 bilhão. A seda é um grande exemplo do bom desempenho paranaense em artigos com maior valor agregado. O Estado é responsável por uma imensa fatia das exportações do País nesse item, com 86% das vendas. O produto vai especialmente para a França, onde é absorvido pelas grandes marcas internacionais de artigos de luxo. O faturamento com o comércio da mercadoria alcançou US$ 10 milhões no acumulado de janeiro a outubro, deixando para trás os valores movimentados por São Paulo (US$ 4 milhões) e Rio de Janeiro (US$ 39 mil). Em novembro o Paraná inclusive mandou duas produtoras para o país europeu. Elas venceram o Concurso Seda Paraná e representaram o Estado no Silk in Lyon, um dos principais festivais de seda do mundo. Os chapéus são o outro segmento de manufatura em que o Paraná observa os concorrentes pelo retrovisor. Para alcançar a liderança das exportações brasileiras na área, as vendas do Estado alcançaram US$ 3,7 milhões nos primeiros dez meses do ano. São Paulo (US$ 2,5 milhões) e Rio Grande do Sul (2,3 milhões) completam o pódio. Os maiores exportadores municipais de chapéus são Guaíra, Siqueira Campos, Foz do Iguaçu e Apucarana.
 
 
 
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