Carteira imobiliária: entenda como os investimentos de quem tem múltiplos imóveis geram retorno
CEO da AG7 explica a tendência no setor de alto padrão, que traz vantagens como a obtenção de uma renda sólida
04/09/2025 às 19:02
De acordo com relatório da consultoria Henley & Partners, em 2023 havia pouco mais de 28.000 pessoas no mundo com patrimônios superiores a US$100 milhões, sendo que cerca de 30 % desse grupo investia em imóveis.

As carteiras imobiliárias de alto luxo, formadas pela aquisição de múltiplos imóveis residenciais e comerciais, consolidam-se como estratégia de diversificação, preservação de capital e construção de legado familiar. Entre os principais perfis de investidores, há aqueles que buscam adquirir imóveis para uso pessoal, priorizando qualidade de vida, comodidade e lazer integrado, seja em residências fixas, casas de férias ou até imóveis adaptáveis a home office. Para esses, a flexibilidade de emprestar ou locar para amigos e familiares sem foco em retorno financeiro imediato também é um atrativo. Por outro lado, há aqueles que enxergam os imóveis como ativos de refúgio contra a inflação e a volatilidade dos mercados, adquirindo propriedades com o objetivo de gerar renda por meio de aluguel de alto padrão ou valorização para revenda. Esses investidores tendem a buscar imóveis com características sustentáveis, como certificações ambientais, soluções smart home e serviços diferenciados, além de estarem atentos ao reposicionamento de ativos por meio de reformas e parcerias estratégicas com fundos imobiliários privados. Ambas as abordagens visam não apenas o retorno financeiro, mas também a segurança financeira a longo prazo.

O interesse crescente por esse tipo de portfólio também reflete a atuação de family offices na busca por ativos tangíveis, muitas vezes integrados a planejamentos tributários e estruturas de compliance em múltiplas jurisdições. Enquanto mercados maduros como Nova York, Londres, Miami e Paris atraem quem busca liquidez global, praças nacionais e destinos de segunda residência (Balneário Camboriú, Angra dos Reis, Trancoso e Campos do Jordão) unem valorização de capital e experiência exclusiva de lifestyle.
Com ofertas cada vez mais sofisticadas — que incluem, edificações sustentáveis e imóveis inteligentes —, o segmento de alto luxo mantém-se dinâmico e adaptável às novas demandas de segurança, personalização e conforto.

Segundo Alfredo Gulin Neto, CEO e fundador da AG7, principal incorporadora de alto luxo e wellness building do país, essa estratégia demonstra uma mudança no perfil daqueles que possuem um alto poder aquisitivo. “A posse de três ou mais
imóveis deixou de ser uma forma de curtir as férias. Agora, é uma alternativa inteligente para investir com flexibilidade, escalabilidade e menor risco”, diz.
Investir em carteiras imobiliárias permite diversificar geograficamente o portfólio com menor custo de entrada, otimizar a rentabilidade em períodos de vacância e manter a flexibilidade de uso para fins pessoais ao longo do ano. “Ao alocar recursos em ativos imobiliários em fase de desenvolvimento — como um projeto avaliado em R$ 10 milhões — o investidor pode aportar 50% do valor no início, durante a etapa de construção, e programar o desembolso residual para o momento de entrega do imóvel. Durante o período de obra, há tendência de valorização patrimonial, o que pode representar ganho de capital antes mesmo da finalização. Caso a estratégia contemple retenção do ativo, há ainda a perspectiva de geração de receita recorrente por meio de locação,” complementa.

No Brasil
No território brasileiro, o crescimento dessa tendência também já pode ser notado por meio dos números alcançados pelo mercado imobiliário de alto luxo. O estudo “Mercado imobiliário de luxo nacional - 2024”, da consultoria Brain Inteligência Estratégica, aponta que o VGV (Valor Geral de Vendas) do setor girou em torno de R$ 38 bilhões em 2024, o que representa um aumento de mais de 46%, na comparação com o ano anterior.
Em 2025, a situação não é diferente: o Grupo OLX revela que a demanda por apartamentos de luxo cresceu mais de 12% no Brasil em janeiro, em relação ao mesmo período de 2024. Para Gulin Neto, esse aquecimento do setor também está ligado ao estilo de vida dos moradores e compradores, que buscam por experiências exclusivas e alinhadas ao alto padrão. “Quem usa a carteira imobiliária não faz investimentos que não acredita. Trata-se de uma comunidade exigente e que sabe o que quer, especialmente quando o assunto é priorizar o bem-estar”, afirma. Ainda vale destacar que alguns números de outros setores ajudam a entender essas preferências. A Bain & Company indica que o consumo ligado a experiências de luxo cresceu acima da média em 2024, com a hospitalidade respondendo por 80% do total. Além disso, as branded residences, assinadas por marcas como Armani/Casa, também entram nesse movimento, já que registraram um aumento de 230% na última década, como aponta a Savills International Development Consultancy.
“Percebemos a importância crescente de viver — e investir — com mais intenção, então não há dúvidas de que a expectativa é que o número de investidores com múltiplos imóveis de luxo siga aumentando”, destaca o CEO. “É uma tendência que junta o lado financeiro ao senso de pertencimento. Mais do que alcançar a felicidade plena, esses investidores querem repassá-la para outros”, conclui.

Sobre a AG7 AG7 é uma das principais incorporadoras de alto luxo e wellness building do Brasil, pioneira em conectar saúde e bem-estar a moradias inovadoras e de alto padrão. Há mais de 10 anos nesse mercado, a empresa já recebeu certificados importantes como o selo Fitwel, Green Building, reconhecimento internacional de prédio mais saudável do mundo, o prêmio Rethinking The Future Architecture Awards 2020, pelo edifício Ícaro e 2022 pelo AGE360, um dos prêmios mais importantes do mundo do universo da arquitetura e design. Está também em processo de certificação para virar uma empresa Sistema B. https://ag7.co





 
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