Modelo europeu de formação executiva influencia nova geração de líderes brasileiros
Com foco em visão global, ESG e soft skills, modelo praticado por escolas internacionais ganha força no país
04/09/2025 às 19:00
A formação de líderes está passando por uma transformação profunda, que vai muito além do domínio técnico ou da experiência no mercado. Cada vez mais, empresas buscam profissionais com repertório internacional, pensamento sistêmico, habilidades comportamentais e capacidade de inovar com propósito. O modelo europeu de educação executiva, pautado por uma formação mais ampla e conectada aos desafios globais, tem influenciado fortemente a nova geração de líderes no Brasil.

Segundo o consultor de carreira e diretor da ESIC Internacional, Alexandre Weiler, esse modelo prioriza o desenvolvimento de competências estratégicas e humanas, preparando os profissionais para liderar com visão global. “A educação executiva na Europa valoriza o pensamento crítico, o multiculturalismo e a adaptabilidade, além de integrar temas como ESG, inteligência emocional, transformação digital e sustentabilidade nos currículos. Não é só sobre entender o negócio, mas sobre compreender o mundo e seu impacto no negócio”, explica.

Com unidades em diversos países e presença no Brasil há 25 anos, a ESIC Internacional é uma das escolas que aplica esse modelo. De acordo com Weiler, o contato com professores que atuam no mercado global e a possibilidade de vivências internacionais oferecem uma vantagem significativa. “O líder do futuro precisa ir além da técnica. Ele deve saber se comunicar com diferentes culturas, tomar decisões sob pressão e liderar com responsabilidade social. Isso não se aprende apenas em livros, mas em ambientes educacionais que simulam a complexidade do mundo real”, afirma.

ESG, diversidade e inovação como pilares

Um dos grandes diferenciais do modelo europeu é a inclusão de temas contemporâneos no centro da formação, como práticas sustentáveis, inovação responsável e gestão com diversidade. “Na Europa, a abordagem ESG já está integrada ao core dos negócios. Essa visão tem chegado ao Brasil, exigindo líderes capazes de alinhar rentabilidade e responsabilidade ambiental e social”, pontua Weiler.

Além disso, a ênfase em soft skills tem se tornado um dos pontos mais valorizados. Competências como empatia, escuta ativa, pensamento colaborativo e liderança adaptativa são trabalhadas desde o início do processo formativo. “As empresas não querem mais líderes que apenas comandam — elas buscam líderes que inspiram, escutam e constroem ambientes saudáveis de trabalho. Isso é uma demanda clara do mercado e um foco das formações mais avançadas na Europa”, complementa.

Educação executiva além do diploma

Outro ponto que diferencia esse modelo é a construção de trilhas formativas que se adaptam ao momento profissional do aluno. “A lógica do ‘curso fechado e imutável’ está dando lugar a formações modulares e personalizadas, com certificações progressivas e intercâmbio de experiências entre países”, comenta Weiler. A ESIC, por exemplo, oferece desde programas curtos até MBAs e especializações com intercâmbio internacional, possibilitando ao aluno construir sua jornada de forma estratégica.

“Mais do que um diploma, a formação executiva precisa entregar repertório, visão global e capacidade de resposta rápida às mudanças. É isso que faz um líder ser competitivo hoje e, principalmente, amanhã”, finaliza Weiler.
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