
O senador Sergio Moro recebeu apoio da direção nacional do União Brasil e vai assumir a presidência do partido no Paraná
A queda de braço entre o senador Sergio Moro e o deputado federal Felipe Francischini pelo comando do União Brasil chegou ao fim. Moro recebeu o apoio do presidente nacional da legenda, agora unida ao PP, com a criação da federação União Progressista. Moro vai presidir o partido no Paraná. Francischini anunciou a renúncia à presidência nesta quinta-feira (4). É forte a possibilidade de uma debandada geral do União Brasil, tanto na Câmara dos Deputados, como na Assembleia Legislativa. Na bancada dos deputados estaduais do União Brasil, apenas Mauro Moraes e Luiz Fernando Guerra são apoiadores de Sergio Moro. Ney Leprevost, Nelson Justus, Do Carmo, Flavia Francischini, Tito Barichello e Dr. Batista apoiam o governador Ratinho Jr. e quem ele vier a indicar para disputar sua sucessão, ou seja, devem deixar a legenda.
DEPUTADOS FEDERAIS DEVEM SAIR TAMBÉM
Na Câmara Federal, não permanecerão no partido os deputados Delegado Matheus Laiola, Geraldo Mendes e Felipe Francischini. Se a parte do União Brasil não se articular bem, vai correr o risco de ver apenas a parte do PP ter uma chapa forte para a Assembleia Legislativa e a Câmara dos Deputados. No lado do PP, também por não quererem apoiar Sergio Moro ao governo do estado, os deputados federais Toninho Wandscheer e Pedro Lupion. Eles também devem deixar a sigla. A janela eleitoral no começo de 2026 promete muitas trocas de partidos.
PROCESSO CONTRA SARGENTO FAHUR
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados instaurou, na última terça-feira (2), 14 processos contra parlamentares por acusação de quebra de decoro. Um deles é o deputado federal paranaense Sargento Fahur (PSD-PR), que pode ser advertido ou até perder o mandato. De acordo com o processo 19/25, o Psol acusa o deputado Sargento Fahur (PSD-PR) de, durante reunião da Comissão de Segurança Pública, ter feito comentário que soou como ameaça ao deputado Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ).
O VAI-E-VEM DOS DIREITOS DE RENATO FREITAS
O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Herman Benjamin, concedeu liminar na última quarta-feira (3) que suspende decisão da presidente do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), Lidia Maejima, e restabelece os direitos do deputado estadual Renato de Almeida Freitas Junior (PT). Freitas é alvo de um processo ético-disciplinar na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), que o acusa de ter quebrado o decoro ao facilitar a entrada de manifestantes no prédio da Casa durante protestos realizados em junho de 2024 contra o programa Parceiro da Escola. O processo resultou na suspensão de suas prerrogativas regimentais por 30 dias. A decisão do ministro presidente Herman Benjamin garante que Freitas possa exercer suas funções parlamentares até o julgamento de um recurso. No dia 17 de agosto, uma liminar favorável a Renato Freitas foi suspensa e a punição mantida. A sanção passou a valer no dia 18, após a leitura da decisão em plenário da Assembleia. O deputado contestou no STJ a legalidade da suspensão imposta pela Alep. Ele havia obtido uma liminar no TJPR, concedida pelo desembargador Jorge de Oliveira Vargas, mas a medida foi derrubada em seguida pela presidente da Corte, durante um plantão noturno, a pedido da própria Alep.
DEPUTADA PEDE FISCALIZAÇÃO DE POSTOS, APÓS OPERAÇÃO
A deputada estadual Ana Júlia Ribeiro (PT) protocolou um Pedido de Informação ao Instituto de Pesos e Medidas do Paraná (IPEM-PR) sobre a fiscalização de postos de combustíveis no estado. A iniciativa ocorre em meio à Operação Carbono Oculto, deflagrada pela Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público e outros órgãos, considerada a maior operação contra o crime organizado no Brasil. A investigação identificou fraudes em 46 postos de combustíveis de Curitiba e região metropolitana, envolvendo adulteração de produtos, uso de dispositivos tecnológicos para enganar consumidores e possíveis conexões com esquemas de lavagem de dinheiro. A descoberta reforça uma denúncia já feita pela parlamentar em junho, quando ela alertou que Curitiba possui o combustível mais caro do estado, mesmo estando ao lado de uma refinaria. No pedido, Ana Júlia questiona o IPEM sobre a rotina e a frequência das fiscalizações, o número de postos inspecionados em 2024 e 2025, as autuações aplicadas e casos de reincidência. Também solicita informações sobre o uso de tecnologias de detecção de fraudes, o treinamento oferecido aos fiscais e a cooperação do órgão com entidades como Polícia Federal, Ministério Público e Procon.
EXPANSÃO DA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) recebeu a coordenadora de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Luciana Maísa da Silva Sydor, para apresentar o funcionamento da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) e os desafios de sua manutenção aos vereadores. A participação ocorreu durante a Tribuna Livre, que é um espaço semanal, às quartas-feiras, no Legislativo, dedicado ao debate de temas de interesse público com a sociedade civil. Além de explicar o funcionamento da Raps para os vereadores, Luciana Sydor anunciou que o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Pinheirinho será transformado em Caps III, com leitos para internações breves, e o Caps Boqueirão funcionará em espaço mais amplo e adequado. Há também previsão de abertura de um novo Caps infantil, na região do Boqueirão. “Estamos trabalhando intensamente”, afirmou a coordenadora da SMS. O convite para a vinda de Luciana Sydor foi feito pela Comissão Executiva da Câmara de Curitiba, presidida pelo vereador Tico Kuzma (PSD), com apoio do 1º secretário Bruno Rossi (Agir) e da 2ª secretária Indiara Barbosa (Novo).
LIMITE ENTRE TUNAS DO PARANÁ E CERRO AZUL
O projeto de lei 395/2025, que define de forma clara e definitiva os limites territoriais entre os municípios de Tunas do Paraná e Cerro Azul, foi aprovado nesta semana pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa. O texto de autoria da deputada Maria Victoria (PP) transfere para o município de Tunas do Paraná a comunidade de Tigre, localizada hoje em Cerro Azul. A deputada explica que a modificação dos limites atende uma demanda histórica dos moradores da região. “Com a atualização, será possível garantir segurança jurídica e administrativa, eliminar sobreposições e assegurar maior eficiência na prestação de serviços públicos”, aponta. A alteração atende uma demanda de cerca de 900 moradores da comunidade de Tigre de pertencer a Tunas do Paraná, centro urbano mais próximo da comunidade. O prefeito de Tunas do Paraná, Marco Baldão (PP), destaca que a comunidade de Tigre já era atendida pelo município há anos devido à sua proximidade geográfica. No entanto, a ausência de amparo legal limitava a execução de serviços essenciais, como saúde, educação e assistência social.
CURITIBA, CIDADE DO SKATE
Para que a capital do Paraná possa ostentar o título de “A Cidade do Skate”, o vereador Nori Seto (PP) apresentou um projeto de lei na Câmara Municipal de Curitiba (CMC) para estruturar políticas públicas de fomento à prática. Intitulada de Política Municipal de Skate, a iniciativa prevê programas de iniciação e a promoção de campeonatos, para “valorizar a comunidade skatista e seus espaços”. Nori Seto justifica que o skate ganhou espaço em Curitiba por conta do relevo favorável e do plano urbano bem desenvolvido. "A pista de patinação da Praça da Ucrânia, ainda em 1974, passou a ser utilizada pelos skatistas. Desde então, o skate ganhou espaço, tornou-se popular e foi elevado ao patamar de esporte olímpico. Ao acompanhar essa tendência, a Capital das Araucárias construiu um ecossistema com 37 pistas que atendem skatistas de todos os níveis”, analisa. Com a medida, o vereador pretende que a prática do skate seja reconhecida não apenas como atividade esportiva, mas também como expressão cultural, ferramenta de inclusão social e elemento de identidade de Curitiba.
ATIVIDADES DE PREVENÇÃO AO SUICÍDIO
“É importante falar sobre o assunto para que as pessoas que estejam passando por momentos difíceis busquem ajuda e entendam que a vida sempre vai ser a nossa melhor escolha”. Com essa afirmação, a coordenadora de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde (CMC), Luciana Maísa da Silva Sydor, abriu sua fala na Tribuna Livre da Câmara Municipal de Curitiba (CMC). A convidada apresentou a linha de cuidado em saúde mental da Prefeitura de Curitiba e convidou a população para participar das ações do Setembro Amarelo, campanha de prevenção ao suicídio. No dia 13 de setembro, que é um sábado, haverá um quiosque da Saúde Mental, para atendimento da população, dentro da atividade Câmara Aberta, a partir das 9h, ao lado da praça Eufrásio Correia, no Centro. No dia 20, está marcada uma caminhada no Tatuquara, saindo da Unidade de Emergência Psiquiátrica Irmã Dulce. No dia 21, o Parque Barigui terá outra caminhada e atividades como musicoterapia e auriculoterapia, em parceria com a Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude. Já no dia 28, a campanha Setembro Amarelo estará presente no Domingo no Centro, com tenda voltada à saúde mental.
PORTE DE ARMA PARA VIGILANTES
A Assembleia Legislativa do Paraná realizou, nesta quarta-feira (3), uma audiência pública com o tema “Debates acerca da regulamentação e os limites do porte de arma para vigilantes”, proposta pelo deputado estadual Tito Barichello (União). O encontro reuniu especialistas e representantes da categoria para discutir possíveis mudanças na legislação, que atualmente restringe o porte de arma dos vigilantes apenas ao horário de trabalho. Em sua fala de abertura, o deputado Tito Barichello destacou a relevância da atividade profissional. “Temos aproximadamente 30 mil vigilantes no Estado, um número superior ao efetivo somado de policiais militares e civis, que é de cerca de 27 mil. Isso mostra a importância do trabalho desses profissionais na segurança pública. Infelizmente, nossa legislação atual desarma pessoas honestas, trabalhadoras e que cuidam da sociedade. Precisamos rever a Lei 10.826, que é federal, para permitir que os vigilantes possam portar suas armas com segurança também fora do expediente”, afirmou o parlamentar. No Brasil, são estimados cerca de 570 mil vigilantes, sendo 15% deles mulheres.