Em uma rotina marcada por congestionamentos e agendas apertadas, o metro quadrado deixou de ser a medida absoluta de status. Hoje, o que realmente pesa é o minuto. A ideia de que “tempo é o novo luxo” vem transformando a forma como famílias e investidoresescolhem onde viver e comprar. Assim, mais do que conforto dentro de casa, cresce abusca por bairros que permitem resolver a vida perto de onde se mora, com deslocamentos curtos da padaria ao colégio, da farmácia ao hospital.
Não é difícil entender o porquê. A plataforma de mobilidade TomTom estima que os
curitibanos passam, em média, 107 horas por ano presos no trânsito nos horários de pico, o equivalente a quase quatro dias inteiros de vida desperdiçados em engarrafamentos. Para quem mora em regiões bem servidas por comércio, serviços e transporte, esse tempo pode ser convertido em descanso, convivência familiar ou simplesmente saúde.

Esse movimento dialoga com o conceito de “cidade de 15 minutos”, formulado pelo
urbanista franco-colombiano Carlos Moreno, da Universidade Panthéon-Sorbonne. A ideia, já aplicada em cidades como Paris, Barcelona e Milão, propõe que todo cidadão tenha acesso a trabalho, educação, lazer e serviços essenciais a até 15 minutos de caminhada ou pedalada. Curitiba ainda está distante dessa configuração, mas bairros como Portão e Água Verde se aproximam dessa lógica.
Para Vevianne Jacques, diretora comercial da Pride Construtora, essa mudança de
mentalidade é visível no comportamento dos compradores. “O que se vê cada vez mais é que escolher onde morar é também escolher como viver. Localização é tempo, e tempo é qualidade de vida”, afirma. Segundo ela, além de bem-estar, imóveis em áreas consolidadas oferecem liquidez e valorização no longo prazo, atributos esses que tornam a localização um ativo em si.
Saúde e meio ambiente no mesmo caminho
Os benefícios dessa lógica não se limitam à rotina. Morar em bairros caminháveis também se traduz em ganhos à saúde. Um estudo publicado na revista científica Lancet Public Health em 2025 mostra que caminhar 7 mil passos por dia reduz em até 47% o risco de morte precoce e ainda diminui significativamente a incidência de doenças cardíacas, diabetes e depressão. Nesse contexto, percursos curtos para chegar ao trabalho ou ao mercado funcionam como atividade física incorporada à vida cotidiana.
Do ponto de vista ambiental, os efeitos também são claros: menos deslocamentos longos de carro significam menor emissão de gases de efeito estufa e redução no consumo de combustíveis fósseis. É o que especialistas chamam de “mudança limpa”: pequenas decisões individuais, como morar perto do trabalho ou das escolas, que somadas ajudam a desenhar cidades mais silenciosas, sustentáveis e acolhedoras.
Curitiba como vitrine dessa tendência
O mercado imobiliário já se movimenta para atender esse novo perfil de consumidor. Em Curitiba, a Pride Construtora tem investido em projetos residenciais que têm localização estratégica.
No Portão, o Uno Solare está ao lado da via rápida e próximo ao terminal de ônibus e ao shopping Palladium, o que encurta trajetos e reforça o potencial de valorização em um dos bairros mais dinâmicos da cidade. Aliada à localização, o empreendimento contempla plantas inteligentes, que otimizam os espaços dentro dos studios ou apartamentos de dois quartos com suíte. Esse será um dos edifícios mais altos da região, com 23 andares e vista livre. Além disso, as 18 áreas comuns — que vão de coworking e academias à piscina e espaço gourmet — ampliam o conforto dos moradores.
Já no Água Verde, o Lunetto, também da Pride, aposta em um público jovem e em
investidores. O projeto reúne studios com design minimalista e tecnologia embarcada, como fechaduras eletrônicas. A poucos minutos de hospitais, bares, comércio e do vizinho Batel, o empreendimento se beneficia de parcerias com empresas especializadas em mobiliar e administrar imóveis para locação de curta ou longa temporada, sendo um atrativo adicional para quem busca rentabilidade e liquidez.
Estratégias para transformar desejo em conquista
Se viver em bairros bem estruturados é sinônimo de saúde e tempo, transformar esse desejo em realidade exige planejamento financeiro. Uma das estratégias mais comuns é adquirir o imóvel ainda na planta, quando é possível negociar prazos maiores para entrada, parcelamentos diretos com a construtora e até personalizar acabamentos.
Outra alternativa é recorrer ao Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), linha de crédito voltada a famílias de renda média e alta. O modelo utiliza recursos da caderneta de poupança e pode financiar até 80% do valor do imóvel, com prazos que chegam a 35 anos.
Para Vevianne Jacques, esse alinhamento entre escolhas pessoais e instrumentos
financeiros é parte de um movimento maior. “Quando alguém investe em um endereço estratégico, não está comprando apenas um apartamento. Está comprando tempo, bem-estar e a segurança de um patrimônio que tende a se valorizar no futuro”, resume.