Uma exibição de design ou uma exposição de arte
24/08/2025 às 04:47
Mariana Ximenes MOSTRA ARTEFACTO CWB FOTO VITORAUGUSTO
O tema da Mostra Artefacto 2025, "Viver com Arte”, propõe uma nova janela para um mundo idílico: a arte, em todas as suas formas - desde que seja a que mais converse com você.
Espaços que integram o melhor do design ao melhor da produção artística contemporânea, com ideias escapistas que estão na cartilha de todo arquiteto. Uma leitura mais intelectual, que se apropria panoramicamente dessas expressões para agregar valor ao mobiliário da marca, de um jeito estético e ergonômico.
Inspirada fortemente pelo histórico Manifesto das Belas Artes, do italiano Ricciotto Canudo (1877-1923), a Mostra Artefacto 2025 conecta essa visão ao tema. Canudo defendia a ideia de que as artes deveriam se unir em uma sinfonia que capturasse a essência da experiência humana: a mostra reflete essa integração, promovendo ambientes em que design e arte contemporânea dialogam de forma harmônica, transcendendo o utilitarismo e transformando cada peça em uma expressão artística e emocional. 
A Artefacto, com seu compromisso de inovar, dá um passo adiante ao unir a alta decoração ao manifesto das belas artes, transformando cada peça em uma expressão única de criatividade.
Um novo olhar - e um olhar para o novo.

MOSTRA ARTEFACTO 2025
Ana Letícia Virmond, Ary Jacobs e Renan Mutao, Bo. Arch Studio, Carol Bollmann, Caroline Andrusko Arquitetos, Cris Daros, Deborah Nicolau e Ana Carolina Wojciechowski, Elaine Zanon e Claudia Machado, Ester Kloss Arquitetos Associados, Fabio Petillo, Jacy Ebrahim Largura e Camila Ebrahim Largura, Jayme Bernardo Arquitetos, Jocymara Nicolau, Juliana Meda, Larissa Galindo Arquitetura, Lisiê Pissetti, Samara Barbosa, Suelen Parizotto Arquitetos, Talita Nogueira, Viviane Loyola Arquitetos Associados, participam desta edição da Mostra Artefacto.

Ana Letícia Virmond (@analeticiavirmond)
Ana Letícia Virmond traduz o conceito de “Viver com Arte” por meio de um loft integrado onde arquitetura, arte e cotidiano se entrelaçam com harmonia e fluidez. A paleta em tons de areia e off-white é acentuada por madeira escura e aço, enquanto texturas como linho, couro e mármore branco polido criam uma atmosfera acolhedora e elegante. Os móveis da Artefacto, com suas linhas esculturais e refinadas, tornam-se pontos focais e sensoriais, elevando o espaço à condição de obra viva. Influenciada pela convivência afetiva com seu pai, um apaixonado pelas artes, Ana desenvolveu desde cedo uma sensibilidade estética que permeia sua abordagem profissional. Para ela, arte é linguagem, memória e presença – e deve habitar o dia a dia de forma orgânica e emocional. “Minha identidade profissional é guiada pela sensibilidade, pela elegância atemporal e pelo equilíbrio entre forma, função e emoção.”

Ary Jacobs e Renan Mutao (@architetonika)
Para Ary Jacobs e Renan Mutao a arte não é coadjuvante: é ponto de partida, estrutura e desfecho neste projeto para a Mostra Artefacto onde o mobiliário foi curado com precisão, compondo uma narrativa calorosa e habitável. O módulo Key Biscayne amplo funciona como convite ao relaxamento e ao convívio; as poltronas Calixto e Crandon, estrategicamente posicionadas diante da caixa-bar Chet, sugerem encontros e pausas afetivas. A mesa de centro apoia momentos cotidianos – de uma leitura a um brinde –, enquanto a estante acolhe livros e objetos afetivos que conectam o morador ao mundo. O resultado é um espaço que transcende a estética e se revela como um refúgio contemporâneo. Um ambiente multifuncional que acolhe tanto o convívio quanto o recolhimento.

Bo. Arch Studio (@bo.archstudio)
Inspirado na força evocativa da arte, o ambiente assinado por Marina Carvalho e Thalita Peron, do Bo. Arch Studio, propõe um respiro sensível em meio ao cotidiano acelerado. Um lugar que silencia o ruído externo e convida à escuta interna. No espaço, cada curva, textura e escolha estética nascem de uma narrativa afetiva, ancorada na obra “Jardim Secreto”, do artista curitibano Emerson Persona – ponto de partida criativo que reverbera em contornos orgânicos, cores improváveis e atmosferas quase oníricas. O mobiliário, com acabamentos artesanais e traços fluidos amplia essa experiência sensorial – mais do que decorar, acolhe. Pensado como um refúgio íntimo, o ambiente desperta uma sensação de abrigo. Não apenas físico, mas emocional. “Queríamos criar um espaço que escuta, conforta, cura e abraça”, dizem as arquitetas.

Carol Bollmann (@carol_bollmann)
Na Suíte Master criada por Carol Bollmann para a Mostra 2025, a arte não só ornamenta: ela conduz. O espaço nasce da contemplação da obra de Carlos Araújo, cuja sensibilidade para o sagrado ecoa profundamente na alma da arquiteta. Inspirada por esse diálogo entre espiritualidade e beleza, Carol concebe um ambiente que vai além do repouso físico: ali, o descanso é também da alma. A curadoria de móveis reforça a narrativa: a cama elevada define o centro da composição, enquanto peças como o sofá e a chaise Papillon, as poltronas Vimen, a caixa bar Pietra e as mesas laterais Louise, revelam-se como esculturas funcionais. Não por acaso, Carol descreve essas escolhas como verdadeiras obras de arte: por seu desenho, proporção e capacidade de traduzir sentimentos em forma. A suíte, intitulada “Descanso da Alma”, é também uma síntese da própria trajetória da arquiteta, que também é pianista formada e pintora desde a juventude.

Caroline Andrusko Arquitetos (@carolineandruskoarquitetos)
Na intersecção entre o natural e o moldado, Caroline Andrusko propõe uma morada que se lê como paisagem: o espaço não se exibe, ele respira. Para a Mostra, a arquiteta transforma o “Viver com Arte” em gesto essencial, convertendo materiais em linguagem e matéria em silêncio. O ponto de partida é simples e radical: reconhecer na natureza uma estética suficiente: e então, tensioná-la delicadamente com o refinamento do design contemporâneo. O módulo Opus abraça o ambiente com suas linhas generosas; o Austral, comedido, guia o olhar e os movimentos. As mesas de centro Lena e Pandia e a mesa lateral Boyang sintetiza o conceito do projeto: o diálogo entre o bruto e o entalhado, entre a força do mineral e o traço humano. Há quase 20 anos à frente de projetos no Brasil e no exterior, Caroline Andrusko reafirma aqui sua assinatura: uma arquitetura sensível, estratégica e profundamente comprometida com o pertencimento.

Cris Daros (@crisdaros_arquitetura)
No espaço assinado por Cris Daros para a Mostra, a arte não ocupa um lugar: ela conduz o pensamento. Habita as entrelinhas do projeto como uma partitura silenciosa, onde cada linha, sombra e textura parecem contar uma história íntima – o ambiente reflete uma busca por leveza: formas orgânicas, proporções precisas e materiais naturais compõem um cenário que não grita, mas sussurra. O sofá Nocmii, com curvas generosas e acolhimento tátil, é o fio condutor dessa narrativa, operando como um ponto de repouso e de encontro que organiza a fluidez ao redor. O espaço foi concebido como uma “galeria viva”, onde morar e sentir se entrelaçam. Nada é imposto: tudo convida – ao toque, ao silêncio, à escuta. “Valorizo a escuta atenta”, diz. E o espaço, de fato, escuta. Cada curva, cada respiro no layout, parece ter sido pensado para acolher não apenas o corpo, mas o estado de espírito de quem o visita.

Deborah Nicolau e Ana Carolina Wojciechowski (@deborahnicolau)
Inspiradas pela música, Deborah Nicolau e Ana Carolina Wojciechowski compõem um ambiente que soa como melodia. O espaço assinado pela dupla para a Mostra é mais do que visual: é sinestésico. Evoca ritmo e pausa, volume e silêncio, em formas orgânicas que fluem como notas suaves, onde cada escolha é guiada por esse princípio. A caixa bar Pietra, elemento-chave da composição, não é apenas mobiliário: é presença escultórica, ponto de força e refinamento. A luz, distribuída em focos estratégicos, cria cenas intimistas e acolhedoras, valorizando volumes, texturas e a paleta sensorialmente orquestrada. “Mais do que projetar, buscamos emocionar”, dizem. E o fazem com autenticidade: seus ambientes são extensões do humano – verdadeiros em forma e intenção, pensados para tocar quem chega, como uma partitura feita de afeto.

Elaine Zanon e Claudia Machado (@arquitetareoficial/ @elainezanon /@claudiamachadoarqui)
Há espaços que simplesmente se habitam. Outros se experienciam como se fossem obra viva. É essa a proposta da Arquitetare para a Mostra: um loft espetáculo, onde o “viver com arte” se desdobra em camadas de forma, luz e intenção. No coração do projeto, uma escultura suspensa rompe com a lógica tradicional da exposição estática. Instalada diretamente do teto sobre uma mesa central da Artefacto, ela se impõe não por peso, mas por leveza. O mobiliário reforça essa sensação de pertencimento e conexão por meio de uma paleta clara, com tons neutros e naturais, pontuados por um chocolate caramelo intenso, aquecendo o ambiente e acentuando o contraste entre suavidade e potência, entre delicadeza e presença. Para Elaine e Claudia, arte é presença que interroga. E arquitetura é cultura em movimento. “Queremos que o visitante se sinta dentro de uma obra viva”, explicam.

Ester Kloss Arquitetos Associados (@ester.kloss.arquitetos)
No ambiente assinado por Ester Kloss, escultura e habitar se entrelaçam: tudo foi pensado como se o tempo tivesse esculpido o espaço com as próprias mãos. A referência ao manifesto das belas artes não se apresenta de forma literal, mas sensorial – em tramas, fibras, volumes, texturas. O quarto do casal é mais do que refúgio: é poema tátil. Os móveis Beach & Country não foram apenas inseridos: foram o ponto de partida. Mais do que mobiliário, essas peças representam uma filosofia estética – o luxo despretensioso de quem valoriza o tempo, a origem, a matéria. A cabeceira central, emoldurada pela arquitetura, transforma-se em foco da composição, como se repousar ali fosse também um ato escultórico. “Este espaço é uma escultura habitável”, afirmam. E é exatamente isso: um espaço onde se sente a matéria viva, onde se percebe o gesto do fazer manual e onde a natureza se manifesta no projetual.

Fabio Petillo (@petillo.arq)
Na contramão da pressa cotidiana, “Aether Haus” sugere uma pausa. Assinado por Fabio Petillo para a Mostra, o ambiente é menos um espaço e mais um estado: de presença, contemplação e leveza. No centro da cena, uma escultura co-criada com o artista João Moro serve de âncora. Não adorna: comunica. É a tradução física de um ambiente que, embora projetado para ser um living com jantar e bar, se assume como santuário contemporâneo. A mesa de jantar Eclipse inaugura o ritmo do espaço: elegante, atemporal, silenciosamente potente. Os materiais, escolhidos com o rigor de quem traduz conceitos em textura, reforçam a busca por transcendência, sendo que a estética não está ali para impressionar, mas para ressoar interiormente. “É uma morada para o que não se vê – sensações, memórias, intuições. É arquitetura como arte viva, feita para ser sentida antes de ser entendida.”

Jacy Ebrahim Largura e Camila Ebrahim Largura (@ebrahimarquitetura /@cymaralargura)
O trio formado por Jacy, Cymara e Camila Ebrahim apresenta um ambiente que traduz a arte como linguagem de identidade e presença, em um projeto que parte da luz natural como fio condutor. No mobiliário, a curadoria reforça a intenção estética e funcional do espaço: a mesa orgânica de centro, com sua presença escultural, atua como ponto de convergência do living, em torno da qual o ambiente se organiza com fluidez. Módulo Kubrick, poltronas Coquille e demais peças de design limpo completam a composição com elegância e conforto, integrando funcionalidade e sofisticação – um refúgio contemporâneo, onde arte, design e natureza se entrelaçam, transformando o morar em uma experiência sensorial e afetiva. Para elas, viver com arte significa habitar um espaço que inspira e emociona.

Jayme Bernardo Arquitetos (@jaymebernardoarquitetos)
Em sua participação na Mostra, a arte não é um adereço – é estrutura, conceito, intenção. A vitrine assinada por Jayme Bernardo se divide entre living e jantar com uma planta fluida, porém rebelde. O módulo Meteora, por exemplo, quebra expectativas: de costas para quem observa de fora, ele subverte a lógica da vitrine e redefine o gesto de acolhimento. Aqui, a surpresa é o projeto. Mais do que explorar o tema “Viver com Arte”, Jayme o incorpora como premissa vital. A arte – com “A” maiúsculo – está presente em cada decisão: nas obras escolhidas com precisão cirúrgica, nos objetos cheios de personalidade, no painel de madeira geométrico que se repete ao fundo como textura, ritmo e luz. A mesa de jantar Arco com prato giratório e as cadeiras Carrie ocupam o centro do jantar com a postura de um clássico redesenhado. Jayme tem aversão ao óbvio e faz disso sua maior assinatura. Seu ambiente não é sobre tendências, mas sobre tempo. E sobre estar sempre um passo adiante.

Jocymara Nicolau (@jocymaranicolauarq)
Na composição assinada por Jocymara Nicolau para a Mostra, arte e arquitetura se dissolvem uma na outra. O espaço nasce da natureza – sua paleta, suas formas, seus intervalos – e transforma o orgânico em design, o design em experiência, e a experiência em tempo. A composição se desdobra em quatro ambientes, costurados por um mesmo espírito: o de uma arte que não se impõe, mas se revela. Obras de artistas como Juliano Lopes, Renata Kandelman, EneGoes e Thiago Bruno surgem como prolongamentos visuais da arquitetura, jamais como apêndices decorativos. Sofás Direc, a cama Zafra, mesas laterais Nusa e cadeiras Batar são mais do que peças: são presenças. Formas que tocam. Texturas que acolhem. Ao fundo, o jardim natural emoldurado pela janela transforma-se em obra viva, dissolvendo os limites entre interior e exterior. Um lugar onde o visitante é convidado a sentir com o corpo, a escutar com o olhar.

Juliana Meda (@julianamedaarquiteta)
O espaço de Juliana Meda para a Mostra é atmosférico – um refúgio onde o tempo desacelera e o silêncio se torna matéria-prima. A escultura de Kyria Oliveira, em tom terroso, opera como pausa: suspensa entre arquitetura e ar, ela ancora o olhar e pausa a pressa de quem passa. Móveis com traços orgânicos, mesas que funcionam como pequenos respiros, tecidos crus, cerâmicas artesanais e superfícies minerais compõem uma partitura tátil onde o olhar repousa e o corpo desacelera. “Quis materializar o ar”, diz Juliana. E conseguiu. O espaço é leve, poroso, quase inaudível. “A arte”, ela afirma, “não vem depois – nasce junto”. E isso se sente em cada centímetro do projeto, que não impõe, mas revela. Ao atravessar o ambiente, o visitante entra num outro tempo: algo mais interno, onde o vazio também fala e onde a beleza não ostenta, mas permanece.

Larissa Galindo Arquitetura (@larissagalindoarq)
Em sua participação na Mostra, a arquiteta Larissa Galindo propõe um gesto calmo, sutil, porém memorável – seu ambiente convida à desaceleração. Dividido em três espaços integrados – sala principal, hall dos banheiros e lavabo – o projeto nasce do desejo de provocar bem-estar. Na ausência de janelas, Larissa cria uma solução delicada, por exemplo: uma falsa abertura zenital, que simula a luz natural e integra visualmente o verde externo. A natureza aparece não só nos jardins, mas também na paleta de cores, nos materiais orgânicos, nas texturas artesanais e na presença de obras como a tapeçaria que domina a parede do hall. “Para mim, viver com arte é conseguir perceber o extraordinário no ordinário”, sintetiza.

Lisiê Pissetti (@lisiepissettiarquitetura)
O ambiente assinado por Lisiê Pissetti para a Mostra nasce do espaço, da memória e da música. Inspirado nas antigas tertúlias que aconteciam em salões privados e casas de família, onde arte e afeto se misturavam com naturalidade, o projeto é uma homenagem à cena artístico-musical do Paraná e ao gesto atemporal de reunir. No centro, o módulo Zazah, peça-chave da Artefacto Beach & Country estabelece o tom: convida à conversa, à permanência, à contemplação. Ao fundo, uma escultura de violoncelo em grande escala não apenas pontua a presença da música, mas a reafirma como alma do espaço. A homenagem se estende à família Brandão, notável por seu protagonismo na música erudita local. “Um projeto com identidade, presença e intenção”, define Lisiê.

Samara Barbosa (@arq_samarabarbosa)
O projeto desenvolvido por Samara Barbosa se revela como um gesto contínuo de elegância onde viver com arte é mais do que cercar-se de peças visíveis: é transformar o próprio espaço em um organismo sensível. Inspirada pela arte moderna brasileira e pelos princípios do modernismo europeu, Samara concebe um refúgio que equilibra sofisticação estética com conforto. As linhas são fluidas, a marcenaria é escultural, e a paleta – sóbria e aquecida por tons terrosos – conduz o olhar com suavidade. Em meio a essa composição, a arte não se impõe: ela emerge. A mesa de centro e a chaise assumem protagonismo na narrativa ajudando a contar a história de um lugar pensado para receber, acolher e desacelerar. Tudo convida à permanência e, ao valorizar o traço arquitetônico, Samara também realça o silêncio entre as formas – espaço onde mora o pertencimento.

Suelen Parizotto Arquitetos (@suelen_parizotto_arquiteta)
Suelen Parizotto converte seu living numa celebração. Não só do encontro, mas da natureza, da brasilidade e da arte que nasce do simples. Em seu primeiro ambiente totalmente Beach & Country, a arquiteta revela um gesto maduro e afetuoso, onde a estética não domina, mas acolhe. Inspirada pelos encontros em família, pelas texturas da terra e pela beleza contida nas imperfeições, Suelen concebe um grande living dividido em dois espaços integrados. A arte, neste projeto, não está na assinatura de um nome, mas sim no gesto que molda uma garrafa de barro, no tear que borda um tapete, na curva de um sofá que abraça o ambiente. “Viver com arte é permitir que a natureza também participe – que o vento atravesse, que a terra respire, que o silêncio dos elementos diga o essencial”.

Talita Nogueira (@talitanogueiraarquitetura)
Talita Nogueira apresenta um espaço inspirado por um poema japonês, numa proposta que nasce do silêncio, da contemplação e do tempo desacelerado. Um abrigo sensorial onde a arquitetura se transforma em verso e o habitar se revela como gesto poético. Uma galeria afetiva atravessa a sala: quadros compostos por frases escritas por clientes ao longo da história do escritório – é arquitetura que se constrói a partir do vínculo. A paleta é clara, etérea, mas pontuada com toques de bordeaux que aquecem e surpreendem. Para Talita, “viver com arte é habitar a poesia”. Seu projeto na Mostra entrega isso com delicadeza e coragem, transformando o uso em experiência, o cômodo em contemplação, a arquitetura em presença. Sua identidade reside nos detalhes – este ambiente, calmo e potente, é um convite à pausa.

Viviane Loyola Arquitetos Associados (@viviane_loyola)
Viviane Loyola traz uma proposta que parte da fluidez. O ambiente se constrói como uma experiência contínua, em que a cor, a forma e a luz dançam de maneira orquestrada. Com base neutra, quase inteiramente branca, o projeto é um campo aberto onde a arte ganha protagonismo: obras fluidas, esculturas orgânicas, peças de pedra com veios que lembram pinceladas espontâneas. O mobiliário da Artefacto desempenha um papel essencial nessa composição, com peças repletas de detalhes, mas que nunca pesam. A sofisticação surge da contenção, da harmonia entre matéria e presença. “Amor e cuidado” são as palavras-chave da arquiteta que se manifestam em cada gesto seu profissional. Um espaço que, em meio à correria do cotidiano, oferece abrigo, contemplação e respiro.

Serviço
Artefacto
Rua Comendador Araújo, 672
Curitiba / PR
www.artefacto.com.br
@artefactooficialbrasil
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