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Anotações feitas à mão, perda de informações importantes e dificuldade de registrar detalhes durante atendimentos fora de clínicas eram desafios comuns para veterinários. Agora, com o uso da inteligência artificial (IA), a realidade para os tutores de animais e especialistas que cuidam de sua saúde se transforma. Com a tecnologia já em uso no Brasil, as informações digitadas durante a consulta são automaticamente transcritas e organizadas em prontuários. O resultado é mais agilidade, precisão e segurança nos registros, beneficiando diretamente a saúde dos pets.
É nesse cenário que o AtendeVet vem se destacando como a primeira plataforma nacional voltada exclusivamente para o atendimento veterinário domiciliar.
Desenvolvida pela Bindflow, empresa de tecnologia com sede em Curitiba, a plataforma foi criada a partir da experiência da médica veterinária Luana Ballardin, co-fundadora da plataforma, que atuava como autônoma e sentia falta de uma solução adaptada às demandas do dia a dia fora de clínicas e hospitais. A partir disso, nasceu o AtendeVet, uma ferramenta completa que alia mobilidade, tecnologia e o uso pioneiro de inteligência artificial (IA) no preenchimento de prontuários clínicos.
“Durante a consulta, o profissional pode simplesmente ditar as informações, que são transcritas automaticamente pela IA, mesmo em atendimentos em trânsito ou na casa dos tutores. Isso otimiza o tempo e garante maior qualidade e segurança jurídica aos registros”, explica Luana.
Com presença em 14 estados e mais de 20 mil tutores cadastrados, a plataforma já conta com mais de 150 veterinários ativos. Seu acesso é feito diretamente pelo navegador, com versões responsivas para celular, tablet e computador. Os tutores também contam com um aplicativo web, que permite acompanhar o histórico completo de seus pets, com vacinas, prescrições, exames e alertas de retorno.
A plataforma impacta não só a relação emocional das famílias brasileiras com animais que são tão queridos por todos seus integrantes, mas também o bem-estar dos bichinhos e um mercado em constante crescimento no país. O Brasil ocupa a terceira posição mundial em faturamento no setor pet e movimentou R$ 75,4 bilhões em 2024, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet). Desse total, R$ 7,7 bilhões foram destinados a serviços veterinários, reflexo da crescente valorização do cuidado com os animais e da busca por soluções digitais, acessíveis e personalizadas.
Funcionalidades que mudam a rotina veterinária
Entre as principais funcionalidades do AtendeVet estão o envio de orçamentos por WhatsApp, agendamentos com notificações automáticas, gestão financeira com fluxo de caixa e ticket médio, prontuário com comando de voz, assinatura digital de documentos e armazenamento ilimitado em nuvem com segurança da Microsoft.
Recentemente, a Bindflow lançou um módulo de controle de fluxo de caixa, voltado a despesas como deslocamento, alimentação e plantões. Está em desenvolvimento a integração com gateways de pagamento e farmácias digitais, permitindo que os tutores efetuem pagamentos diretamente e adquiram medicamentos com facilidade.
O momento é especialmente favorável para tecnologias desse tipo. Segundo a Grand View Research, globalmente, o setor de inteligência artificial aplicada a diagnósticos deve atingir US$ 5,44 bilhões até 2030, com crescimento de 22,46% nesses cinco anos.
“O uso de IA em diagnósticos está se expandindo rapidamente, principalmente em áreas como radiologia e patologia. No contexto veterinário, essa tendência ajuda a suprir a escassez de profissionais e melhora a precisão do atendimento. Queremos tornar a rotina do veterinário mais leve, eficiente e segura, ao mesmo tempo em que fortalecemos o vínculo com o tutor”, afirma Luana.
Com um modelo validado no Brasil, a Bindflow já projeta a expansão internacional do AtendeVet. Os primeiros mercados-alvo são países da América Latina, como Chile, e na Europa, Portugal e Espanha. “A meta é alcançar 1.000 usuários ativos e implementar a integração com farmácias digitais, inovação já consolidada na medicina humana”, finaliza Luana.