Neste sábado (23), a ação será realizada na Praça João Cândido, próxima as Ruínas de São Francisco, no Centro de Curitiba (PR), entre 14h e 16h. Para participar, basta chegar, sentar e falar. Não há limite de tempo, nem restrições de idade, gênero ou orientação sexual. O espaço é livre e dedicado ao acolhimento.
“Meu objetivo é acolher a palavra que circula no território, dialogar com a comunidade e compreender, de maneira humana e social, as demandas do nosso tempo. Porque a realidade, em última instância, é psíquica”, afirma Alexandre.
A ideia nasceu de uma vivência pessoal intensa. Alexandre enfrentou 12 anos de alcoolismo, até decidir romper com a dependência e encontrar na psicanálise uma nova forma de compreender o mundo e a si mesmo. “Meu encontro com a psicanálise nasceu do desespero. No processo de abstinência, encontrei o mal-estar na civilização que Freud aborda. A psicanálise deixou de ser apenas uma saída: tornou-se uma forma de compreender minha dependência e as nuances da vida”, relata.
Além da própria experiência, a morte precoce de três de seus melhores amigos, todos atravessados pelo abuso de substâncias, reforçou seu compromisso com o projeto. “Carrego cada um deles comigo, como força e responsabilidade na clínica e no Escutaria na Rua”, completa.
Hoje, Alexandre atua em clínica particular, também com atendimentos a valores sociais, e vê na Escutaria na Rua uma maneira de aproximar a psicanálise das pessoas.