Sequência da animação da DreamWorks, Os Caras Malvados 2 está nos cinemas desde hoje, 14 de agosto, trazendo o grupo de fora da lei, com o mesmo diretor, Pierre Perifel, em um enredo de união, amizade, redenção. Contudo, traz aspectos de um filme policial, desses para adultos: bandido decide ser honesto e é cooptado pelo governo para ser agente secreto, como se o mundo precisasse dessas organizações glamourizadas pelo cinema.
Tirando um óbvio mau humor (como ficar indiferente diante do arrasador noticiário de guerra, ódio e prepotência?), o filme sublima a violência,  ninguém morre e o malvado é charmoso.
 O bando criminoso é formado por inusitados animais (raposa, aranha, cobra...), que volta a atividade cinco anos depois da primeira aventura, agora tentando levar uma vida honesta. Não deixa de ser divertido e cativar tanto pelo carisma dos personagens como pela singeleza dos desenhos, tanto é que ao final do filme, nos créditos finais, há uma mensagem contra o uso da IA na produção de animações, alertando para a importância da criatividade humana.
Mas a versão de enredo de filme policialesco para a criançada incomoda as vovós. É de se evocar tempos antanho: quando a cavalaria militar chegava e matava os apaches, a meninada no cinema vibrava diante de tamanho heroísmo sem perceber quem eram os vilões realmente. E agora as crianças de hoje podem ser levadas a adorar outro tipo de cavalaria: CIA, Mossad, MI6, Abin...