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Em Oslo, capital da Noruega, para homenagear a Confederação das Associações de Vítimas das Bombas A e H do Japão (Nihon Hidankyo), ganhadora do Prêmio Nobel da Paz do ano passado. A entidade, que representa as vítimas da bomba atômica, atua pela eliminação das armas nucleares.
O evento foi realizado quarta-feira no Centro Nobel da Paz para coincidir com 6 de agosto, dia em que os Estados Unidos lançaram a bomba na cidade japonesa de Hiroshima — 80 anos atrás.
Na ocasião, o presidente do Comitê do Nobel norueguês exaltou as conquistas da entidade. Joergen Watne Frydnes declarou: “Mais do que um simples reconhecimento, [o Nobel da Paz] é também uma advertência e um apelo, no sentido de que a ameaça nuclear não foi superada pelo tempo, sendo algo que está à nossa frente. É um chamamento para lembrar o que muitos parecem ter esquecido, ou seja, em que consistem realmente as armas nucleares”.
A secretária-geral assistente da entidade japonesa, Wada Masako, tinha só 1 ano de idade quando a bomba foi lançada em Nagasaki. Ela compartilhou com o público histórias da devastação que ouviu da mãe. Em apelo pela eliminação dos armamentos, Wada afirmou: “as armas nucleares não podem coexistir com os seres humanos”. Enfatizou que “cabe a nós, seres humanos, proibi-las por meio da nossa sabedoria, da conscientização do público e do senso de responsabilidade”.
Uma moradora de Oslo na faixa dos 20 anos de idade que assistiu ao evento advertiu que as pessoas vão esquecer da tragédia se não ouvirem relatos diretamente dos sobreviventes. Ela enfatizou a importância de ouvir os relatos enquanto os sobreviventes estejam vivos.
com NHK