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Os Estados Unidos e o Paquistão chegaram a um acordo comercial nesta quinta-feira que, segundo Islamabad, levará a tarifas mais baixas e aumento de investimentos, mas sem especificar a taxa a ser cobrada sobre as exportações paquistanesas.
"Esse acordo marca o início de uma nova era de colaboração econômica, especialmente em energia, minas e minerais, TI, criptomoedas e outros setores", disse o Ministério das Finanças do Paquistão em um comunicado após uma rodada final de negociações em Washington.
Islamabad descreveu o acordo como um sinal de uma parceria mais ampla com Washington, e o ministro das Finanças, Muhammad Aurangzeb, que liderou a rodada final de negociações, disse que havia um acordo econômico e estratégico mais amplo.
"Do nosso ponto de vista, ele sempre foi além do imperativo comercial imediato, e todo o seu propósito era, e é, que o comércio e o investimento devem andar de mãos dadas", disse ele, em comentários gravados em vídeo.
O Paquistão enfrentava uma possível tarifa de 29%, que foi posteriormente suspensa - como aconteceu com outros países - para permitir negociações comerciais até o prazo de 1º de agosto.
Islamabad buscava uma tarifa menor do que a de rivais comerciais regionais, como o Vietnã, que teve uma tarifa de 20% imposta por Trump, e a Índia, que está ameaçada com uma tarifa de 25%.
O superávit comercial de Islamabad com Washington foi de cerca de US$3 bilhões em 2024, principalmente devido às exportações têxteis. Os EUA são o maior mercado da indústria têxtil do Paquistão.
O Ministério das Finanças disse que o acordo levará a uma "redução das tarifas recíprocas, especialmente sobre as exportações paquistanesas para os EUA", mas não revelou o valor.
Enquanto isso, o presidente dos EUA, Donald Trump, mencionou um pacto para ajudar a desenvolver as reservas de petróleo do Paquistão.
"Acabamos de concluir um acordo com o Paquistão, pelo qual o Paquistão e os Estados Unidos trabalharão juntos no desenvolvimento de suas enormes reservas de petróleo", escreveu Trump nas redes sociais.
"Estamos no processo de escolher a empresa petrolífera que liderará essa parceria."
Fonte: Reuters