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Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) estimam que mais de 3,5 mil pessoas morrem, diariamente, em acidentes de trânsito no mundo - o que representa cerca de 1,3 milhão de óbitos por ano. No Brasil, somente em 2024, mais de 6 mil pessoas perderam a vida em sinistros registrados nas rodovias federais, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Para contribuir para a mudança desse cenário, uma pesquisa desenvolvida pelo
Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), em parceria com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (
UTFPR), aplicou técnicas de
mineração de dados e inteligência artificial para analisar os fatores relacionados à ocorrência e à gravidade de acidentes em rodovias do Paraná.
Embora muitas vezes tratados como fatalidades, os acidentes de trânsito configuram um problema de saúde pública e seguem padrões que, quando analisados, permitem identificar causas associadas às ocorrências. A partir de registros de acidentes, os pesquisadores treinaram um algoritmo utilizando variáveis como o perfil dos usuários, as características da infraestrutura viária, as condições ambientais e os tipos de transporte envolvidos.
“A metodologia desenvolvida permite identificar padrões recorrentes por meio de regras de associação que revelam as causas ou fatores relacionados aos acidentes. Com essas informações, o poder público consegue tomar decisões para mitigar as ocorrências, como por exemplo, melhorar a sinalização, diminuir o limite de velocidade no trecho ou aprimorar as condições de drenagem”, explica Gabriel Troyan Rodrigues, doutorando e pesquisador da PUCPR, um dos responsáveis pela pesquisa.
A equipe analisou dois grandes conjuntos de dados fornecidos pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR): o primeiro de 2004 a 2013, e o segundo de 2019 a 2024. Foram aplicadas quatro técnicas de mineração de dados, com destaque para o uso do software CBA (Classification Based on Associations), capaz de construir regras de classificação para prever acidentes fatais a partir de variáveis como tipo de via, iluminação, velocidade, clima e presença de áreas urbanas.
Os resultados indicaram que, no período analisado, a presença de perímetro urbano esteve associada a um aumento de 90% na ocorrência de acidentes. Outros fatores que contribuíram de forma significativa para a frequência dos sinistros incluem: presença de segunda ou terceira faixa (65,8%), maior sinuosidade do terreno (62,2%), áreas de ultrapassagem com sinalização por linha tracejada (56,3%), presença de acostamento (53,9%) e iluminação insuficiente nas vias (48,2%).
A publicação está disponível neste link.
Startup reduz inadimplência e facilita locação de imóveis
A
Mell.Ro foi a grande vencedora do
Pitch Vale do Pinhão 2025. A startup, empresa com solução digital para reduzir a inadimplência e facilitar o processo de locação de imóveis, conquistou a aprovação da banca de jurados formada por 30 especialistas e levou a melhor dentre as 11 finalistas. A tecnologia utilizada pela Mell.ro automatiza processos, elimina burocracias e oferece produtos financeiros sem cobrança de mensalidade.
"É uma sensação de dever cumprido. Sabíamos que estávamos entre startups muito boas, então vencer mostra que o entendeu o valor real do que estamos construindo e principalmente a diferença que estamos fazendo na vida e trabalho das imobiliárias, corretores, proprietários e inquilinos. É gratificante e nos dá ainda mais responsabilidade daqui pra frente", afirma
Osni Passos (foto), CEO da Mell.Ro.
Realizado pela Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, o Pitch Live é uma competição anual que reúne startups de todo o Brasil. O evento oferece aos empreendedores a oportunidade de apresentar ideias inovadoras, receber feedback qualificado, ampliar conexões e disputar espaço em um dos palcos mais relevantes para quem busca visibilidade e crescimento no ecossistema de inovação.
Além do troféu e do reconhecimento entre as finalistas, a vencedora do Pitch Live receberá seis meses de filiação gratuita à Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação do Paraná (Assespro-PR), entidade apoiadora do evento. O benefício, já comunicado à Mell.Ro, empresa que conquistou o primeiro lugar, permitirá à startup acessar a rede, os serviços e os benefícios oferecidos pela associação durante o período.
Irrah Tech lidera ecossistema de inovação com IA e WhatsApp
Há quase 50 anos, mais precisamente no final da década de 1970, começou-se a desenvolver em
Cianorte, norte do Paraná, a indústria do vestuário. O movimento se intensificou a ponto de o município e outros 13 daquela região se caracterizarem, no início dos anos 2000, em um cluster – ou um arranjo produtivo local (APL) – especializado em moda.
Além das confecções, outras atividades de logística e suporte também se desenvolveram, compondo o tal cluster ou APL. Dentre elas, o setor de tecnologias da informação. É nesse contexto que nasceu, em 2004, o atual
Irrah Tech.
De fornecedora de ferramentas inicialmente voltadas àquela cadeia produtiva, a empresa se expandiu, tornou-se um ecossistema de inovação e hoje oferece soluções digitais para empresas de diversas atividades econômicas. De todo o Brasil, e até do exterior. Soluções, inclusive, de inteligência artificial.
O ecossistema Irrah Tech é constituído por cinco soluções, pilares do negócio. São elas a inteligência artificial GPT Maker, lançada em 2024; o Kigi, um software de ERP; o Plug Chat, tecnologia de integração de múltiplos números de WhatsApp em um só meio de contato; o Dispara Aí, de automação de WhatsApp; e o E Vendi, que é uma plataforma de e-commerce. Uma outra marca, o Z-api, também foi desenvolvido pela empresa, e atualmente está sob controle de uma holding norte-americana.
O precursor do Irrah Tech é
César Baleco (foto), que em 2004 fundou a Grands Sistemas, para atender principalmente o arranjo produtivo de Cianorte. Um ano depois, associaram-se Miriã Plens e Diego Berteli. Em franca expansão e rompendo fronteiras geográficas, o grupo passou a contar com a sociedade de
Mateus Miranda e Felipe Sabadini, em 2018.
O nome Irrah foi incorporado. “É uma palavra que traduz aquele grito de felicidade que soltamos, que brota do coração, quando conquistamos algo, ou somos surpreendidos com alguma inovação, algo especial. É esse brado que expressa o impacto que nosso ecossistema busca gerar”, explicam César Balenco e
Miriã Plens.
Ano passado, consolidando o rebranding da empresa, ao nome Irrah foi acrescentada a palavra Tech. Além disso, a organização se estabeleceu não mais como um guarda-chuva a reunir marcas e suas respectivas ferramentas, mas sim em um verdadeiro ecossistema de inovação – em que soluções para funcionalidades específicas se inter-relacionam.
Evento em Toledo conecta educação, mercado e indústria
O Brasil é o país mais otimista da América Latina com potencial de uso da Inteligência Artificial no ambiente de trabalho. Segundo a pesquisa “Inteligência Artificial no mundo corporativo”, da SAP Business Suite, 52% das empresas nacionais têm percepção totalmente positiva sobre o recurso e outros 27% a enxergam de forma favorável, mas com alguma ressalva.
Com a inteligência artificial ganhando cada vez mais espaço no mercado e na academia,
Toledo sedia uma iniciativa que já desponta como referência no debate sobre o tema: a
Conferência IA360. O evento acontece nos dias 14 e 15 de agosto, por meio de uma parceria entre o
Biopark, Faculdade Donaduzzi, a Fundação Araucária e a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Estado do Paraná.
O IA360 conta com uma programação diversa, com a proposta de colocar a criatividade humana no centro das discussões sobre inteligência artificial. Especialistas do setor conduzem palestras e debates focados em conhecimento prático, voltados a quem busca aplicar a tecnologia de forma ampla e assertiva, seja em contextos profissionais ou no desenvolvimento de habilidades pessoais.
De acordo com o coordenador do curso de Bacharelado em Inteligência Artificial da Faculdade Donaduzzi e um dos organizadores do evento,
Leonardo Tampelini, a Conferência IA360 é um ponto de encontro entre mercado, lideranças, academia, especialistas e sociedade para impulsionar o uso responsável e transformador da IA. “A ideia é nos posicionar como referência regional em discussões sobre Inteligência Artificial, promovendo conexões que fomentem o uso ético e estratégico da tecnologia”, afirma.
O evento conta ainda com o apoio de instituições como Sebrae, UTFPR, Iguassu IT, Assespro e Lamia, reunindo uma programação que inclui palestras, painéis, estudos de caso, mesas-redondas e oportunidades de networking qualificado.