FMI eleva para 2,3% projeção para o crescimento do PIB do Brasil em 2025
29/07/2025 às 21:03

O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou suas projeções para a economia brasileira, a despeito do temor em torno do impacto das tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O organismo espera que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresça 2,3% neste ano, acima dos 2,0% projetados em janeiro. Trata-se de uma desaceleração em relação à expansão de 3,4% registrada no ano passado.
Para 2026, o Fundo prevê leve desaceleração, com alta de 2,1%. Nesse caso, a projeção teve melhora de 0,1 ponto porcentual ante a estimativa anterior. As novas projeções constam do relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês), publicado nesta terça-feira (29).
Em janeiro, o FMI havia feito o movimento contrário, cortando a projeção de crescimento do Brasil em meio às incertezas comerciais geradas pelo tarifaço de Trump.
O Brasil foi taxado em 50%, maior alíquota até o momento, prevista para entrar em vigor na sexta-feira (1º). Após concluir missão no País, em julho, o fundo destacou a moderação da economia brasileira depois do forte crescimento dos últimos três anos. “Espera-se que o crescimento modere de 3,4% em 2024 para 2,3% em 2025, em meio a condições monetárias e financeiras restritivas, redução do apoio fiscal e incerteza política global elevada”, avalia o organismo.
No médio prazo, o FMI vê o ritmo de expansão doméstica acelerando para 2,5%.
Paralelamente, o fundo reforça o alerta para a situação fiscal de países como Brasil, França e Estados Unidos. “Prevê-se que várias economias, incluindo o Brasil, a França e os Estados Unidos, apresentem grandes déficits fiscais em um contexto de níveis historicamente elevados de dívida pública”, destaca o relatório.
Diretores do FMI elogiaram o esforço recente de autoridades brasileiras de melhorar continuamente a posição fiscal do País. Segundo eles, isso abre caminho para a queda de juros e a retomada de investimentos prioritários.“Os diretores elogiaram os esforços das autoridades e recomendaram novos passos para colocar a dívida pública em uma trajetória firmemente descendente, facilitar um caminho para taxas de juros mais baixas e abrir espaço para investimentos prioritários”, descrevem.
com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Comentários    Quero comentar
* Os comentários não refletem a opinião do Diário Indústria & Comércio