
O deputado estadual Arilson Chiorato venceu a disputa no segundo turno contra o deputado federal Zeca Dirceu. Mas Zeca Dirceu não aceitou o resultado das urnas
O deputado estadual Arilson Chiorato foi reeleito presidente do PT (Partido dos Trabalhadores) do Paraná. O mandato é de quatro anos. Ele venceu a disputa no segundo turno contra o deputado federal Zeca Dirceu. Mas Zeca Dirceu não aceitou o resultado das urnas (veja a seguir). Além de Arilson, a militância petista elegeu a composição do Diretório Estadual e presidentes e diretórios municipais durante a votação de primeiro turno. O segundo turno apurou votos em 269 municípios dos 275 que estavam aptos a participar do PED - Processo de Eleições Diretas. Isso computou 97,82% das cidades válidas. Sete municípios acabaram não realizando o pleito no segundo turno. O resultado final coletado pela Comissão de Organização Eleitoral (COE) do Paraná será informado à COR Nacional. Resultado - Arilson Chiorato 8687 votos; Zeca Dirceu 8374 votos. Total: 17061 votos. Arilson avalia que foi essencial para sua vitória o apoio recebido da militância e das forças internas que compuseram sua candidatura. "Essa vitória não é só minha, é da militância, dos coletivos, das lideranças que acreditam em um PT forte, combativo e democrático. Agradeço profundamente cada voto recebido, agradeço quem saiu de casa no domingo e confiou seu voto no nosso projeto, que é um PT dos Petistas. Vamos seguir juntos, com unidade e coragem, para fortalecer o partido nos municípios, fazer frente à extrema direita no Paraná e reeleger Lula em 2026”, afirmou Arilson.
NOTA PÚBLICA DE ZECA DIRCEU
“Com base na apuração paralela já realizada, é possível afirmar que a diferença entre os candidatos à presidência do PT Paraná neste segundo turno será muito pequena, algo entre 1% a 2% dos votos, o que reforça a necessidade de muita cautela. Independentemente do que for anunciado pela apuração oficial em curso, se favorável ao candidato Zeca Dirceu (310) ou Arilson Chiorato (380), não reconheceremos esses resultados até o julgamento das impugnações e recursos nas instâncias estadual e nacional. Já foram apresentados por ambos os representantes dos candidatos um número expressivo de pedidos de impugnação, o que deverá ser devidamente analisado e julgado pelas instâncias competentes. Diante disso, só reconheceremos o resultado final do segundo turno do PED 2025 no Paraná após a decisão da instância nacional, direito previsto regimentalmente e assegurado para ambas as partes do processo eleitoral”.
LEI AUMENTA PENA PARA FURTOS DE CABOS DE TELEFONIA
A pena para quem rouba cabos de energia ou telefonia pode chegar a 15 anos de prisão. É o que prevê a Lei 15.181, sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (29). O Poder Executivo vetou dois pontos do projeto aprovado por senadores e deputados. Pelo Código Penal em vigor (Decreto-Lei 2.848, de 1940), a pena para o crime de roubo vai de quatro a dez anos de reclusão. A Lei 15.181 cria agravantes quando o crime envolver equipamentos de energia, telefonia, transferência de dados ou transporte ferroviário e metroviário. Nesse caso, a punição é aumentada de um terço à metade. Na prática, pode chegar a 15 anos de prisão. Para o caso do furto, o Código Penal prevê reclusão de um a quatro anos. Com a nova lei, se o crime envolver cabos de energia, telefonia, dados ou transporte ferroviário e metroviário, a pena sobe: vai de dois a oito anos. A mesma punição vale para quem furtar qualquer bem que comprometa o funcionamento de órgãos públicos ou privados que prestem serviços essenciais.
RECEPTAÇÃO TAMBÉM TEM PUNIÇÃO MAIOR
A Lei 15.181 também cria agravantes para o crime de receptação. A pena prevista de um a quatro anos pode ser aplicada em dobro se a receptação for de fios, cabos ou equipamentos usados em serviços de energia, telefonia, transmissão de dados ou transporte. A nova lei também pune empresas contratadas pelo poder público que utilizem em serviços de telecomunicação fios ou cabos furtados ou roubados. Elas ficam sujeitas a advertência, multa, suspensão temporária, caducidade e declaração de inidoneidade. A Lei 15.181 considera clandestinas as atividades desenvolvidas com a utilização de equipamentos que sejam produto de crime.
FECHAR EMPRESAS QUE FAÇAM RECEPTAÇÃO
A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) analisa um projeto de lei de autoria do vereador João Bettega (União) que autoriza a Prefeitura de Curitiba a fechar locais que estejam envolvidos no repasse de bens ilícitos ao consumidor. Após a conclusão do processo administrativo, a cassação será efetivada no prazo máximo de 72 horas, ocorrendo o lacre do estabelecimento matriz e das suas filiais. De acordo com o vereador, o objetivo é reforçar o combate ao crime de receptação. “O presente projeto de lei tem como objetivo reforçar o combate ao crime de receptação, que alimenta uma das principais engrenagens do ciclo da criminalidade urbana: o comércio de bens roubados ou furtados. Infelizmente, muitos estabelecimentos funcionam como destino final de produtos oriundos de crimes, estimulando indiretamente práticas como o roubo de celulares, fios de cobre, bicicletas, eletrodomésticos e outros bens de fácil revenda”, afirma Bettega.
EXPLICAÇÕES SOBRE POSSÍVEL FIM DE CURSO DE TEATRO
A decisão da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED) de não abrir nova turma para o Curso Técnico Subsequente em Teatro do Colégio Estadual do Paraná (CEP), em Curitiba, no segundo semestre de 2025, tem gerado forte reação da comunidade escolar. A deputada estadual Ana Júlia Ribeiro (PT) protocolou um pedido de informações e cobrou explicações do governo estadual. De acordo com a deputada, o curso é o único técnico público e gratuito em Teatro no Paraná, reconhecido por sua excelência e por sua importância na formação artística e cultural do Estado. Segundo nota divulgada pela direção do CEP, a medida partiu da SEED e atinge também os cursos de Edificações e Produção de Áudio e Vídeo. A escola afirma que a suspensão das novas turmas em 2025 “não representa a descontinuidade dos cursos”. No entanto, segundo Ana Júlia, a ausência de justificativa pública oficial e o histórico de esvaziamento de políticas culturais e educacionais por parte do atual governo aumentam as preocupações. No requerimento, a deputada questiona a falta de diálogo com a comunidade escolar, a ausência de critérios técnicos na decisão e reforça que há demanda concreta pelo curso, evidenciada por manifestações de interesse da população.
CÂMARA CRIOU 14 FRENTES PARLAMENTARES EM 2025
Durante o primeiro semestre de 2025, a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovou em plenário a criação de 14 frentes parlamentares. Previstas no Regimento Interno da CMC, as frentes se diferenciam das comissões temáticas por tratarem de assuntos mais específicos, não terem limite de membros e serem suprapartidárias. O número de frentes parlamentares em atividade hoje é ligeiramente menor que o de 2024, quando a CMC, na legislatura anterior, teve 16 em funcionamento. As frentes parlamentares criadas até aqui pela 19ª legislatura da Câmara de Curitiba são a da Segurança Alimentar, do Mercado Imobiliário, dos Direitos das Pessoas com Transtorno do Espectro Autista, da Segurança Pública, Evangélica, da Inteligência Econômica, do Trânsito, do Empreendedorismo, das Comunidades Terapêuticas, dos Taxistas, da Gastronomia, do Comércio e Serviços, do Esporte e do Carnaval.
FRENTE COM MAIS VEREADORES
A Frente Parlamentar com maior adesão dos parlamentares da Câmara de Curitiba, com 29 dos 38 vereadores fazendo parte do coletivo, é a da Gastronomia e do Turismo. Criada em abril, ela é presidida por Rafaela Lupion (PSD), tendo Jasson Goulart como vice. Na aprovação em plenário, os vereadores destacaram que Curitiba é reconhecida nacional e internacionalmente por sua diversidade gastronômica, com festivais étnicos, feiras livres e outras atividades ligadas ao desenvolvimento econômico.
AÇÃO PERMANENTE CONTRA ACIDENTES EM CANALETAS
Um projeto de lei à espera da discussão nas comissões da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) pretende estabelecer políticas públicas permanentes de educação e segurança no trânsito da capital paranaense, com ênfase na redução de acidentes nas canaletas. “As canaletas são espaços destinados exclusivamente ao tráfego de ônibus e veículos de emergência, o que torna a circulação de pedestres e ciclistas extremamente perigosa. O projeto visa educar a população, [...] salvaguardando vidas”, justifica o autor da proposta, o vereador João da 5 Irmãos (MDB).
AÇÕES PROPOSTAS
Uma das ações propostas é a criação da Semana da Conscientização da Ciclomobilidade e Trânsito, a ser realizada anualmente, logo no início do calendário escolar. O objetivo é alertar para o uso responsável e a direção defensiva das bicicletas, assim como para os deveres dos pedestres. “A educação no trânsito deve começar desde cedo, formando cidadãos conscientes e responsáveis, que entendam a importância das regras para a segurança de todos”, argumenta João da 5 Irmãos. Entre as políticas públicas elencadas no projeto de lei também são sugeridas atividades práticas em escolas, desenvolvidas em parceria com a Secretaria Municipal da Educação (SME) e a Escola Pública de Trânsito de Curitiba; além da elaboração de materiais informativos para a distribuição não apenas a estudantes, mas também aos demais cidadãos em outros espaços da cidade, como terminais, oficinas e bicicletarias.
ATENDIMENTO PSICOLÓGICO PRIORITÁRIO A MOTORISTAS DE ÔNIBUS
Com a proposta de reduzir o risco de acidentes graves e cuidar da saúde emocional dos profissionais que operam o transporte coletivo da capital do Paraná, a vereadora Delegada Tathiana Guzella (União) apresentou um projeto de lei, na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), que institui prioridade no atendimento psicológico e psiquiátrico a motoristas de ônibus da cidade, quando os sintomas estiverem relacionados ao exercício da função. O projeto de lei está sob análise da Comissão de Constituição e Justiça, A proposta da Delegada Tathiana visa garantir o atendimento preferencial em todas as unidades de saúde municipais e conveniadas aos motoristas que apresentarem transtornos mentais ligados ao estresse do trabalho, como ansiedade, depressão, burnout, esgotamento físico e emocional. A identificação do vínculo profissional deverá ser feita por meio de documentação oficial. O projeto determina que o atendimento prioritário se dará nos casos em que os sintomas estejam relacionados ao exercício da atividade profissional.