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O presidente da CBF, Samir Xaud, prestigiou na tarde deste domingo (27), no Couto Pereira, a festa organizada pelo Coritiba em homenagem ao aniversário de 40 anos do título brasileiro de 1985. Realizada na capital paranaense, Curitiba, antes do jogo com o Amazonas pela 19ª rodada, a cerimônia contou com a presença de ex-jogadores e integrantes da comissão técnica responsáveis pela conquista.
Ele participou da entrega de camisas oficiais do modelo Jogadeira, a mesma utilizada pelo atual elenco no jogo, no museu do clube, e das réplicas das medalhas aos ídolos do clube em um palco montado perto do gramado. Após este momento, os campeões levantaram a taça, comemoraram junto à torcida curitibana e deram uma volta olímpica.
À época, os jogadores não receberam as medalhas oficiais. Ao saber disso, Samir Xaud decidiu estar presente na homenagem e parabenizar pessoalmente os campeões.
"Logo que recebemos a informação dessa possível reparação, fiz questão de estar aqui hoje presencialmente para participar desse dia comemorativo depois de 40 anos do título mais importante do Coritiba. E nada mais justo do que a CBF participar desta celebração", afirmou.
O presidente da CBF chegou, inclusive, a receber uma medalha do Coritiba, mas optou por dá-la a Jairton Rocha. Conhecido como “Seu Jairton”, o fanático torcedor coxa-branca tem distrofia muscular e, mesmo acamado e morando a 130 quilômetros de distância, na cidade de Guaratuba, é figura presente no Couto Pereira.
“É um torcedor marcante para o clube e fiz questão de dar a medalha que recebi a ele. Isso é o futebol. Esse torcedor símbolo do Coritba é acamado, mas está prestigiando o seu clube. Isso mexeu um pouquinho comigo e quis ir na arquibancada falar com ele, lhe dar os parabéns e agradecer por vir torcedor. O futebol é uma paixão, está dentro da nossa cultura e é uma demonstração de que o futebol é inclusivo, sim”, explicou.
O CEO do Coritiba, Lucas de Paulo, enalteceu a iniciativa da CBF e destacou o trabalho que Samir e sua equipe têm feito à frente da entidade.
“Uma das histórias mais marcantes que ouvi foi a das medalhas de 85. E a CBF trouxe a ideia de a gente celebrar, reviver e fazer um contorno de uma reparação histórica com as medalhas oficiais da CBF serem dadas 40 anos depois. A gente coloca luz a um título do passado para traçar os caminhos do futuro”, disse.
“A gente se sente muito honrado de a CBF abraçar essa semana de comemoração do título de 95. Como falei com o Samir e toda sua gestão na semana passada, a gente tem tudo para fazer um futebol diferente, discutindo liga, fair play financeiro… Acho que o diálogo que ele tem demonstrado com clubes e federações é a chave para a transformação paulatina, mas para um sucesso exponencial do futebol brasileiro nos próximos anos”, completou.
Para o presidente da Federação Paranaense de Futebol, Hélio Cury Filho, a visita de Samir em uma data especial para o Paraná representa a descentralização da CBF em sua gestão.
“A visita do presidente Samir é muito importante para o futebol paranaense e para todo o Brasil. Ele está fazendo algo que vínhamos pedindo há muito tempo, que é descentralizar a CBF, tê-la mais presente nos estados juntos a torcedores e clubes. E hoje numa data especial, na homenagem aos atletas campeões do título de 85. É uma felicidade muito grande estar com o Samir aqui e saber que ele tem essa parceria com todos os estados do Brasil e todas as Federações”, exaltou.
Campeões presentes na homenagem: os goleiros Rafael Cammarota e Renato Debarba; os laterais André, Dida e Serginho; os zagueiros Caxias, Heraldo e Vavá; os meio-campistas Almir, Elizeu Moura, Helcio e Paulinho; e os atacantes Edson Gonzaga, Gil, Índio e Luisinho; pela comissão técnica, estarão o médico Wellington e o preparador físico Odivonsir Frega, que até hoje trabalha no clube.
O Coritiba também exibiu no telão do estádio um vídeo dedicado aos vencedores que já faleceram: os goleiros Gérson e Jairo; o zagueiro Gardel; o lateral Zé Carlos Macaé, o meio-campista Toby e o atacante Pedrinho Gaúcho. Seus familiares, assim como os demais campeões que não puderam comparecer, vão receber os presentes.
Em 31 de julho de 1985, o Coxa se tornou a primeira equipe paranaense e a primeira fora dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul a conquistar a competição que reúne a elite do futebol brasileiro. E não foi qualquer feito. Levantou a taça diante do Bangu-RJ, em um Maracanã lotado, com mais de 90 mil pessoas. Durante os 90 minutos, Índio, com um golaço de falta, abriu o placar para o time, que ainda sofreu o empate.
Diante da igualdade no placar, os finalistas se enfrentaram em uma disputa por pênaltis. Até a quinta cobrança, houve 100% de aproveitamento para ambos os lados. Nem mesmo o goleiro Rafael Camarota, protagonista do Coritiba ao longo da campanha vitoriosa, havia sido capaz de impedir algum gol. Ado, do Bangu, chutou para fora, e coube ao zagueiro Gomes balançar as redes e garantir o título para o Coritiba.