Dor no ciático e na coluna atinge 8 em cada 10 brasileiros: quando se preocupar e como tratar
22/07/2025 às 16:52
Especialista alerta sobre sinais de perigo, riscos da automedicação e formas de prevenir o problema que afeta a qualidade de vida de milhões de pessoas

Dores na lombar, sensação de fisgada que desce para a perna, dormência ou queimação. Esses são alguns dos sintomas clássicos de quem sofre com a dor ciática, uma das principais causas de afastamento do trabalho e perda de qualidade de vida entre adultos no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 80% da população brasileira sofrerá com dores na coluna ou no nervo ciático ao longo da vida.
Embora mais comum a partir dos 40 anos, a dor ciática não escolhe idade. O avanço do sedentarismo, o uso excessivo de telas e más posturas prolongadas têm levado inclusive jovens adultos a apresentarem quadros importantes. “Durante o inverno, esses sintomas tendem a se agravar. O frio nos deixa mais encolhidos, reduz a circulação e favorece a rigidez muscular, o que pode acentuar quadros de dor na coluna e ciático”, explica o Dr. Denildo Verissimo, neurocirurgião e especialista em doenças do crânio, coluna e técnicas minimamente invasivas.

Quando a dor deixa de ser comum e vira um sinal de alerta?
Nem toda dor lombar exige tratamento imediato, mas é fundamental saber identificar os sinais de que algo mais sério pode estar ocorrendo. “Se a dor irradiar para a perna, vier acompanhada de formigamento, fraqueza muscular ou alterações no controle urinário, o ideal é procurar um especialista. Esses sinais indicam que o nervo ciático pode estar comprimido, o que pode causar danos neurológicos se não for tratado corretamente”, alerta o médico.

O que é a dor ciática?
A dor ciática é um sintoma, não uma doença em si. Ela ocorre quando há compressão ou inflamação do nervo ciático, o mais longo do corpo humano, que se estende da lombar até os pés. Essa compressão pode ser causada por hérnia de disco, estenose do canal vertebral, espondilolistese ou até tumores.
Estudos da Sociedade Brasileira de Coluna mostram que mais de 5 milhões de brasileiros convivem com hérnia de disco e que os casos vêm aumentando, especialmente entre mulheres e pessoas com sobrepeso. O problema afeta majoritariamente indivíduos entre 30 e 60 anos, mas pode surgir antes se houver histórico familiar ou maus hábitos posturais.

Automedicação e perda da qualidade de vida
Um dos maiores riscos é o uso indiscriminado de analgésicos e anti-inflamatórios. “A automedicação pode mascarar sintomas, retardar o diagnóstico e trazer efeitos colaterais, como danos ao fígado, rins ou ao sistema cardiovascular. Além disso, aliviar a dor sem tratar a causa pode levar à progressão do problema”, explica o neurocirurgião.
A dor crônica compromete o sono, o humor, a produtividade e os relacionamentos, gerando um ciclo difícil de romper sem tratamento adequado.

Dor e férias: cuidado com a bagagem
Durante as férias de julho, os cuidados com a coluna devem ser redobrados. Longas viagens, carregamento de malas pesadas, colchões de má qualidade em hospedagens ou até o aumento do sedentarismo nessa época podem ser gatilhos para crises de dor. “Manter alongamentos, praticar exercícios leves e respeitar os limites do corpo são atitudes simples que ajudam a prevenir lesões. E, claro, se a dor for persistente, busque avaliação médica antes de tentar resolver com remédios por conta própria”, reforça Dr. Denildo.

Prevenção e tratamento
A boa notícia é que a maioria dos casos de dor no ciático pode ser tratada com medidas conservadoras, como fisioterapia, correção postural, fortalecimento da musculatura, acupuntura e reeducação de hábitos. Quando há necessidade, a cirurgia pode ser indicada especialmente em casos de hérnia de disco com compressão neurológica importante. “O principal é lembrar que dor persistente não é normal. Quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores as chances de resolver o problema sem necessidade de procedimentos invasivos. E quando a cirurgia é indicada, hoje contamos com técnicas minimamente invasivas e de recuperação rápida”, finaliza o especialista.

Sobre o Dr. Denildo Veríssimo - Com uma carreira que combina excelência técnica, paixão pela ciência e um compromisso inegociável com o cuidado humanizado, o Dr. Denildo Veríssimo - CRM PR 25183 - RQE 2722 - representa uma nova geração de médicos que enxergam além do bisturi. Sua atuação é guiada pelo conhecimento, mas também pela empatia, pelo desejo de aliviar a dor — física e emocional — e pela certeza de que cada paciente carrega uma história única. Em sua rotina entre centros cirúrgicos, consultórios e salas de aula, ele equilibra precisão técnica com escuta ativa, conectando ciência e propósito em cada decisão clínica. Para ele, Medicina não é apenas diagnóstico ou procedimento — é presença, responsabilidade e respeito. Em um cenário cada vez mais tecnológico e acelerado, Dr. Denildo reforça, com exemplo diário, que o toque humano continua sendo o maior diferencial da medicina. E que a verdadeira transformação acontece quando o saber se alinha com a sensibilidade.

Serviço:
Atendimento nos hospitais: Nossa Senhora das Graças, Centro de Oncologia do Paraná e Sugisawa.
Especialista em: neurocirurgia minimamente invasiva, tumores cerebrais, doenças da coluna e neuro-oncologia.
Instagram: @neurocirurgia
Teleconsultas whatsapp: 41 3253-1379
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