
A Plataforma IberoAmericana de Dança Las Vivas realiza sua primeira edição presencial no Brasil. É em Curitiba, de 21 de julho a 11 de agosto, na Casa Hoffman. “A proposta é criar um ambiente plural que explore as tensões entre semelhanças e distinções em pesquisas, corpos, estéticas e procedimentos criativos, resultando em olhares alinhados com os dias atuais”, diz Igor Augustho, diretor da Pomeiro Gestão Cultural, responsável pelo projeto espanhol.
Idealizada e coordenada pelos produtores e artistas Igor Augustho (Brasil) e Mari Paula (Espanha), com co-curadoria da convidada Mariana Pimentel, Las Vivas nasceu há cinco anos articulando dança de resistência. Conta com mais de 40 gestores e artistas de toda a IberoAmerica, já teve edições online e presenciais (na Espanha) e, pela primeira vez, promove encontro presencial. Em Curitiba, é realizado com recursos do Fundo Municipal de Cultura e incentivo do Instituto Joanir Zonta.
O primeiro eixo da programação “é um convite a olhar para a produção artística local com uma lente crítica e apreciar a potência de seus criadores”, comenta Mari Paula. A proposta é evidenciar trabalhos que, através do movimento, geram discussões políticas, de resistência e oposição à imagem muitas vezes conservadora atribuída aos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Da Espanha, a artista Luz Arcas vai trabalhar com pessoas acima de 60 anos para criar a versão curitibana de sua premiada peça La Buena Obra. E Poliana Lima volta ao Brasil após mais de uma década para investigar o carnaval e o terror. As duas oficinas vão resultar em apresentações públicas no encerramento e na abertura da plataforma.
A programação reúne ainda espetáculos de dança criados no sul do Brasil: de Curitiba, “Sobrou Só o Corpo”, em que Princesa Ricardo Marinelli reivindica o corpo como protagonista da dança. “Mimosa”, de Moira A, também de Curitiba, é sobre a animalização do corpo feminino, a partir da percepção de que o termo vaca, quando direcionado a uma mulher, torna-se pejorativo. De Santa Catarina, Vitor Hamamoto estreia “Missing Names”, enquanto o coletivo gaúcho Quarta Parede, de Caxias do Sul, dança“Complô Com Gente”. E Poliana Lima apresenta o solo “Extração”, em que, do erótico e do popular, faz uma jornada por identidades e heranças culturais.
Agende-se
Todas as atividades vão acontecer na Casa Hoffmann, no Largo da Ordem (Rua Dr. Cláudio dos Santos, 58 ).
Data: 31 de julho a 10 de agosto
Ingressos: Gratuitos - retirar uma hora antes na bilheteria
Informações de horários: @plataformalasvivas
EXTRAÇÃO com Poliana Lima | Espanha-Brasil, no dia 31 de julho às 19h30
PRELÚDIOS PARA UM CARNAVAL com Poliana Lima
Datas: 1/agosto 19h30 | 2/agosto às 16h e 19h30 I 3/agosto às 20h15