
Crédito: Thiago Theo
Iniciativa da Natura em parceria com VERT Securitizadora e FUNBIO já destinou mais de R$ 13 milhões em crédito e capacitação, fortalecendo economia local e conservação da Amazônia
O Mecanismo de Financiamento Amazônia Viva, iniciativa liderada pela Natura em parceria com a VERT Securitizadora e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), finalizou seu segundo ciclo de concessão de crédito com resultados positivos. Todas as comunidades envolvidas conseguiram quitar integralmente o financiamento recebido, destacando o impacto positivo da iniciativa para a economia e a sociobiodiversidade na Amazônia.
Ao todo, 15 associações e cooperativas fornecedoras de insumos da sociobiodiodiversidade receberam cerca de R$ 13 milhões em crédito para financiar suas atividades. Além disso, foram captados outros R$ 13,5 milhões para fortalecer a gestão financeira das associações e cooperativas fornecedoras que tomaram o crédito, realizar melhorias nas estruturas locais, como unidades de beneficiamento, e apoiar iniciativas ambientais e sociais nas comunidades.
O mecanismo é formado por dois instrumentos complementares: um Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), gerido pela VERT, que oferece crédito para financiar safras anuais com juros acessíveis e procedimentos simplificados às cooperativas e associações fornecedoras de insumos da sociobiodiversidade amazônica; e o Fundo Facilitador (ECF), gerido pelo FUNBIO, que realiza investimentos estruturantes em assistência técnica, infraestrutura, conservação e regeneração ambiental. Ambos operam sob uma mesma governança, com participação ativa de representantes das comunidades locais.
A Natura tem papel central na iniciativa, não apenas como investidora, mas também como compradora dos insumos das comunidades, oferecendo segurança e estabilidade financeira para os produtores. Outros parceiros são o Fundo Vale, Good Energies Foundation, International Finance Corporation (IFC), BID Invest e FUNBIO, que já aportaram recursos e participam como investidores, doadores ou parceiros no Mecanismo Amazônia Viva.
“A conclusão deste ciclo confirma que é possível unir o fortalecimento econômico das comunidades com a conservação e a regeneração ambiental na Amazônia. Também demonstra a importância da atuação conjunta do CRA na concessão do crédito e do ECF na assessoria em gestão financeira das cooperativas e associações para a adimplência de 100%. Mais do que números, esse resultado demonstra como o apoio direto às pessoas pode gerar impactos reais e duradouros na região”, diz Ana Costa, Vice-Presidente de Sustentabilidade, Jurídico e Reputação Corporativa.
"Os resultados evidenciam a adesão ao mecanismo e, também, a importância de investir na assistência técnica às organizações locais, o que contribui para o acesso e o uso sustentável dos recursos disponíveis. Com isso, cria-se um ciclo virtuoso de crescimento alicerçado na sociobioeconomia", diz Rosa Lemos de Sá, Secretária-geral do FUNBIO.
Para Martha de Sá, co-fundadora da VERT, este resultado de 100% de adimplência demonstra que o modelo colaborativo foi assertivo. “Conseguimos provar que é possível unir conservação ambiental, inclusão financeira e desenvolvimento econômico de forma sustentável. A combinação inovadora de CRA com assistência técnica e governança participativa criou um precedente importante para o mercado de capitais brasileiro e internacional, mostrando que comunidades tradicionais podem ser parceiras confiáveis quando têm acesso a estruturas financeiras adequadas”, diz Martha de Sá, co-fundadora da VERT.
Beneficiamento de cooperativas e associações
Entre os avanços mais recentes, destacam-se o início do desembolso de R$ 6,3 milhões para a melhoria de unidades de beneficiamento de nove cooperativas e associações, que se relacionam com a Natura por meio do fornecimento de insumos da sociobiodiversidade, em linha com critérios da certificação regenerativa da UEBT; e o investimento de R$ 1 milhão em sistemas agroflorestais com macaúba, planta nativa com potencial para restaurar áreas degradadas e fortalecer a segurança alimentar de comunidades fornecedoras no Pará.
O objetivo da iniciativa é fortalecer economicamente mais de 40 cooperativas e associações em 16 territórios amazônicos, beneficiando diretamente mais de 10 mil famílias e ajudando a conservar e regenerar 3 milhões de hectares de floresta amazônica. “Em ano de COP30, a iniciativa se mostra como um caminho possível para a ampliação do impacto positivo nas cadeias da sociobioeconomia na Amazônia, algo que pode ganhar ainda mais força com o interesse de novos parceiros”, finaliza Costa.
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