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A febre que invadiu recentemente as ruas de comércio e as redes sociais também chegou ao
e-commerce: até junho de 2025, as PMEs online venderam aproximadamente 30 mil produtos personalizados com
capivaras – um crescimento de mais de 2000%, visto que no ano anterior, foram comercializados apenas 1.400 produtos da mesma categoria. Os dados são da Nuvemshop, plataforma de e-commerce líder da América Latina. O cadastro de itens para venda na plataforma com o termo “capivara” também cresceu 496% em comparação ao ano anterior.
“Todos os varejistas precisam estar atentos com temas viralizados nas redes sociais, e quando se trata de lojas online, essa atenção deve ser ainda maior, pois o consumidor que compra virtualmente também está atento às tendências”, explica
Luiz Natal, gerente de plataforma da
Nuvemshop. “Os lojistas da Nuvemshop aproveitam uma demanda de um mercado cada vez mais rápido e atualizado”, complementa.
Além das capivaras, outra tendência em destaque são os chaveiros de pelúcia e
charms decorativos. A venda dos acessórios cresceu 175% e 33%, respectivamente, em comparação ao ano anterior. Só em 2025, foram vendidos mais de 233 mil produtos deste tipo.
Não é a primeira vez que uma tendência das redes sociais impulsiona as vendas das PMEs do comércio online. Em julho de 2023, houve um aumento exponencial de vendas de produtos cor-de-rosa devido ao lançamento mundial de filme que adotou essa estética na época. Os lojistas venderam mais de 120 mil produtos classificados com a cor, volume 39% superior ao mesmo período de 2022 (89 mil).
“O lucro impulsionado por essas movimentações pode contribuir fortemente para o faturamento anual dos lojistas. Porém, tendências como capivara e produtos rosas são passageiras, então é importante identificá-las bem no começo para se destacar em meio a um leque amplo de opções para o consumidor”, finaliza Natal.
Startup vira referência em inteligência comercial
A
Driva, startup fundada e sediada em
São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, consolidou-se como referência nacional em inteligência comercial aplicada a vendas B2B. Com mais de 15 mil empresas atendidas no país e soluções próprias de automação e inteligência de dados, a empresa projeta dobrar seu faturamento até o final de 2025 e abrir ao menos 60 novas vagas em áreas como engenharia de dados, vendas e tecnologia.
Criada por
Patrick de César Francisco, engenheiro eletrônico formado pela UTFPR com formações complementares em Stanford, Harvard e no Karlsruher Institut für Technologie (KIT), a Driva atua com base em uma proposta clara, que é eliminar a ineficiência na prospecção comercial e tornar o processo de vendas mais estratégico, previsível e escalável. “A missão da Driva sempre foi transformar a maneira como as empresas abordam o processo de vendas. Queremos permitir que os times comerciais atuem com mais dados, mais automação e menos tarefas operacionais. Isso gera não só eficiência, mas impacto direto na receita”, afirma o CEO.
Lançada em junho de 2025, a nova versão da plataforma trouxe um diferencial: a integração de um copiloto de inteligência artificial ao WhatsApp. Com ele, os vendedores conseguem localizar empresas por CNPJ ou geolocalização e acessar dossiês personalizados em menos de dois minutos, reduzindo drasticamente o tempo gasto na preparação de abordagens comerciais.
A tecnologia cruza dados públicos e bases específicas, oferecendo informações como segmento, porte, localização, presença digital, comportamento de compra e até movimentações jurídicas. Com isso, equipes de vendas recebem sugestões personalizadas de abordagem com base em sinais avançados de intenção de compra.
Segundo Patrick, ainda é comum que times comerciais desperdicem tempo com listas genéricas e contatos pouco qualificados. “Queremos mudar essa lógica. Hoje, vender com previsibilidade exige leitura de mercado em tempo real e decisões baseadas em dados concretos. A tecnologia entra como apoio, mas o foco está em entregar contexto e inteligência para cada abordagem”, explica.
Plataformas online poderão responder por conteúdos ilícitos
O Supremo Tribunal Federal (
STF) reconheceu, no fim de junho, a inconstitucionalidade parcial do artigo 19 do
Marco Civil da Internet. Esse artigo previa que os provedores de aplicações — como redes sociais e plataformas digitais — só poderiam ser responsabilizados civilmente por conteúdos gerados por terceiros após decisão judicial e caso não tomassem providências para a remoção.
Com a nova interpretação, o STF estabeleceu exceções importantes em que as plataformas poderão ser responsabilizadas mesmo sem ordem judicial, marcando um novo momento no cenário jurídico digital brasileiro.
A decisão prevê responsabilização quando: conteúdos ilícitos forem impulsionados ou patrocinados, ou divulgados por redes artificiais (como robôs e sistemas automatizados); ou houver falha na remoção de conteúdos graves que circulam massivamente na internet, como:
- atos antidemocráticos,
- terrorismo,
- incitação ao suicídio ou automutilação,
- crimes sexuais contra vulneráveis,
- discurso de ódio (racial, religioso, de gênero, contra mulheres),
- pornografia infantil e tráfico de pessoas.
Bianca Wosch, advogada do escritório
Alceu Machado, Sperb & Bonat Cordeiro Advocacia com atuação em Direito Civil e Empresarial, explica que, nessas situações, a empresa deve agir com agilidade e diligência. A ausência de mecanismos eficazes de controle pode configurar falha sistêmica, dando ensejo à responsabilização civil.
O STF modulou os efeitos da decisão para garantir segurança jurídica: a nova interpretação valerá apenas para casos futuros, sem atingir decisões judiciais anteriores.
O tribunal também estabeleceu que, após uma publicação ser considerada ilícita por decisão judicial, as plataformas devem remover conteúdos idênticos que voltem a ser publicados — mesmo que sem nova ordem judicial — desde que notificadas oficialmente por via judicial ou extrajudicial.
IA reduz em 90% o tempo de formalização de consórcios
Passar de um processo analógico e manual para uma jornada digital, ágil e acelerada por
Inteligência Artificial (IA). Foi com esse objetivo que um grande banco buscou a
Interfile, empresa de BPO com foco em serviços hiperautomação de processos, com o desafio de acelerar o faturamento das cotas contempladas, melhorar a experiência do cliente e reduzir custos operacionais, além de aprimorar a segurança das informações.
Antes da implantação da solução desenvolvida pela Interfile, o processo envolvia trocas de e-mails e telefonemas para envio e conferência de documentos. Agora, com o novo modelo digital, os parceiros acessam um portal de autosserviço intuitivo, com formulários inteligentes para validação de dados em tempo real, com captura e conferência automática de informações por meio da IA e acompanhamento de ponta a ponta com total transparência.
Os ganhos foram expressivos: o tempo médio de análise reduziu de uma hora para apenas seis minutos, uma diminuição de 90%. Já o tempo de faturamento do processo end-to-end passou de seis dias para um dia e meio. O impacto financeiro também não ficou para trás: a empresa obteve uma economia de 40% nos gastos mensais com o processo de faturamento de consórcios.
“O segredo do sucesso está em unir tecnologia à inteligência de negócio. Com esse projeto, conseguimos entregar uma solução completa, que, além de melhorar a experiência do cliente, gera eficiência operacional em larga escala”, destaca o diretor executivo da Interfile,
Luiz Gustavo Bueno Lopes.