Setor de reparos de veículos está em alta por causa dos preços altos dos carros novos
Com os preços dos carros novos em alta, que chegaram a um aumento de 85% nos últimos cinco anos, o mercado de reparação automotiva no Brasil vive um momento de expansão acelerada. Nesse cenário, a Oficina Brasil - referência em conteúdo técnico e estratégico voltado ao aftermarket automotivo - se consolida como um dos principais players do setor e prepara a realização da segunda edição do Oficina Brasil Conecta, de 25 a 27 de julho, no Transamérica Expo Center, em São Paulo. Segundo levantamento da Oficina Brasil, os preços subiram 30% em um único ano. Esse movimento levou mais consumidores a optarem pela manutenção de seus veículos usados, o que se refletiu diretamente no aumento da demanda nas oficinas: a média mensal de veículos atendidos saltou de 80, em 2020, para 122 em 2024, um crescimento de 52,5%. Além disso, este é um segmento que movimenta R$ 60 bilhões apenas com peças técnicas e lubrificantes — sem considerar lataria, pneus, tintas ou mão de obra — e que cresceu mais de 50% nos últimos quatro anos. Esse aquecimento também impulsionou a indústria nacional de autopeças. De acordo com o Sindipeças, o setor faturou R$ 256,7 bilhões em 2024, um crescimento de 13,3% em relação ao ano anterior. A expectativa é de crescimento adicional de 5% em 2025.
PREÇOS DA UREIA SOBEM EM TODO O MUNDO
O movimento altista dos preços da ureia voltou a ser observado no Brasil. Segundo o relatório semanal de fertilizantes da StoneX, empresa global de serviços financeiros, os preços foram impulsionados no comércio internacional devido ao balanço mundial apertado entre oferta e demanda e diante de um interesse comprador aquecido no mercado indiano. De acordo com o analista de Inteligência de Mercado, Tomás Pernías, os preços da ureia no Brasil aumentaram significativamente nos últimos dias, com uma variação semanal de até US$ 30 por tonelada nos portos nacionais — o que representa uma alta superior a 5% em relação à semana anterior. “O fato que deflagrou esse movimento de alta no preço da ureia no Brasil foi o anúncio de novas informações sobre uma licitação de compra em andamento na Índia. Atualmente, uma importadora indiana busca cargas de ureia no mercado internacional e, durante essa negociação, os fornecedores demonstraram estar pouco dispostos a vender ureia por preços relativamente baixos, o que sinaliza que esse mercado está mais apertado do que se imaginava”, diz Pernías. A Índia é um país que frequentemente adquire grandes volumes de fertilizantes e suas compras costumam balizar os preços para outras negociações ao redor do mundo.
MAIOR BIOFÁBRICA DO MUNDO EM CURITIBA
O combate à dengue e demais arboviroses ganha um novo marco com a inauguração da maior biofábrica do mundo especializada na criação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, a Wolbito do Brasil. A unidade, localizada na Cidade Industrial de Curitiba, será inaugurada oficialmente neste sábado (19 de julho), às 10h. A biofábrica é resultado de uma joint venture entre o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e o World Mosquito Program (WMP), uma organização mundial sem fins lucrativos. A implantação do Método Wolbachia resulta do esforço do Ministério da Saúde (MS), em conjunto com a Fiocruz e o WMP. O método trazido pela Fiocruz de forma pioneira para o Brasil em 2014 beneficiou até o momento cerca de 5 milhões de brasileiros. A previsão é que este número chegue a 70 milhões nos próximos anos, já que o MS incorporou o Método Wolbachia como uma das estratégias nacionais de combate às arboviroses. O IBMP é uma parceria da Fiocruz com o Governo do Paraná.
DÉFICIT DE BIOCOMBUSTÍVEIS
O setor de transportes é responsável por 16% das emissões globais de gases de efeito estufa, ficando atrás apenas da geração de eletricidade e da indústria. É um segmento no qual a descarbonização se mostra complexa, com 40% de suas emissões consideradas de difícil eletrificação e onde os combustíveis sustentáveis são, no curto e médio prazo, a principal opção viável. No entanto, de acordo com a consultoria Bain & Company, até 2030, haverá um déficit de aproximadamente 20% no suprimento global de biocombustíveis para aviação, transporte marítimo e rodoviário pesado. Essa lacuna pode subir para até 45% em 2040, caso não ocorra avanço significativo em novas matérias-primas e tecnologias. Esse cenário já pressiona mercados estruturalmente dependentes de importações, como a União Europeia, e indica um risco crescente à viabilidade da transição energética. É nesse contexto que o Brasil se destaca como um fornecedor estratégico, com potencial real de liderar a resposta global à descarbonização dos transportes. Como líder global na produção de biomassa, com destaque para soja e cana-de-açúcar, o país projeta crescimento da produção de soja a uma taxa de 4% ao ano até 2030.
BRASIL PODE SER FORNECEDOR
Atualmente, 33% da soja brasileira já é processada internamente, com 55% do óleo de soja destinado à produção de biodiesel em 2024, um aumento de 72% em relação a 2017. A capacidade instalada de produção de óleo vegetal no Brasil cresceu 20% nos últimos dois anos e conta com ociosidade entre 10% e 15%, o que permite aumento de produção com investimentos incrementais, segundo a Bain. O país também possui um parque industrial maduro e consolidado, resultado de décadas de experiência com etanol e biodiesel. A infraestrutura atual de esmagamento e refino é suficiente para atender à demanda de biodiesel projetada até 2029, com novos projetos já anunciados que devem estender essa capacidade até 2030. Além disso, a logística nacional já é integrada com o comércio internacional de commodities agrícolas e energéticas. Outro diferencial está na capacidade de crescimento sustentável sem comprometer a segurança alimentar. Mais de 60% da soja brasileira ainda é exportada in natura, o que abre margem para aumento do processamento doméstico. O crescimento da produção de biodiesel, projetado em 8% ao ano, é superior ao da soja, mas poderá ser sustentado com ganhos de produtividade e expansão sobre áreas já abertas ou degradadas, sem necessidade de desmatamento.
VULNERABILIDADE DIGITAL
Mais de 16 bilhões de credenciais, incluindo senhas de contas Apple, Google e Facebook, foram expostas em um dos maiores vazamentos de dados da história, revelado no fim de junho por especialistas em cibersegurança. O incidente, divulgado pela Cybernews, veículo independente sobre notícias de segurança cibernética, reacendeu o debate sobre a fragilidade dos sistemas corporativos de proteção de dados e a urgência de ações preventivas, sobretudo entre escritórios de advocacia e empresas que tratam dados pessoais de clientes. A compilação divulgada reúne dados de violações anteriores e novas exposições, criando um banco de dados com potencial devastador para ataques de engenharia social, fraudes e invasões de contas. Edgard Dolata, advogado especialista em LGPD, alerta que esse tipo de vazamento serve como combustível para ataques direcionados. "Quando a senha vazada é usada em mais de uma conta, o risco se multiplica", destaca. Segundo o advogado, o caso reforça a necessidade de que empresas implementem políticas estruturadas de segurança da informação, com foco em prevenção, resposta rápida a incidentes e conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). "Há uma falsa sensação de que segurança digital é um tema exclusivo de grandes corporações. Mas os dados mostram que pequenas empresas e escritórios jurídicos também estão na mira dos cibercriminosos", afirma o especialista.
BUSCA POR CONSÓRCIOS CRESCE NO BRASIL
Na busca de driblar a alta na inflação, consumidores estão olhando o consórcio como estratégia para adquirir seus bens, pagando menos. O Sistema de Consórcios vem apresentando um ritmo de crescimento e chegou a quebrar recorde de vendas dos últimos 20 anos, com mais de 2 milhões de cotas vendidas, segundo a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC). Seja de carro, casa, eletroeletrônicos, troca de dívidas ou no setor agrícola, o especialista Cléber Gomes, CEO e sócio- fundador da Maestria, empresa especializada em consórcio e produtos financeiros, explica que escolhendo a estratégia certa para cada perfil, é possível economizar dez vezes mais do que comparado a um financiamento, por exemplo: “Para quem pode esperar um pouco mais para fugir dessa alta de juros, essa é a melhor alternativa. Sem falar que o dinheiro tem correção monetária, então o valor que você coloca no período contratual, antes de ser contemplado, não fica desvalorizado”, diz o especialista..
ENTREGAS DE FERTILIZANTES CRESCEM 10% NO PAÍS
A Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA) informa que as entregas de fertilizantes ao mercado brasileiro encerraram o mês de abril de 2025 com 2,68 milhões de toneladas. Volume significa alta de 16,8% em relação ao mesmo mês de 2024, quando foram entregues 2,29 milhões de toneladas. No primeiro quadrimestre deste ano, foram registradas 12,12 milhões de toneladas. Isso significou crescimento de 10,7% ante as 10,95 milhões de toneladas registradas em igual período de 2024. De acordo com a ANDA, a alta das importações continua refletindo o empenho do setor em abastecer o agro, mesmo perante as incertezas das crises geopolíticas, com desafios logísticos e estratégicos para manter o fluxo comercial desse importante insumo, imprescindível para elevar a produtividade no campo perante as expectativas de safra 2024/2025 recorde.
PARANÁ É O 2º ESTADO DO PAÍS EM USO DE FERTILIZANTES
O Estado de Mato Grosso, líder nas entregas ao mercado, concentra a maior quantidade no quadrimestre, com 2,93 milhões de toneladas, ou 24,2% do total. Seguem-se: Paraná (1,76 milhão), Goiás (1,29 milhão), São Paulo (1,24 milhão) e Minas Gerais (1,17 milhão). A produção nacional de fertilizantes intermediários encerrou abril de 2025 com 562 mil de toneladas. O volume representa crescimento de 6,3% ante o mesmo mês de 2024. No acumulado do primeiro quadrimestre de 2025, foram 2,24 milhões de toneladas. Houve crescimento de 9,1% em relação a igual período do ano passado, quando se produziram 2,06 milhões de toneladas. As importações de fertilizantes intermediários continuam chegando ao Brasil, alcançando, em abril, 2,76 milhões de toneladas, com alta de 7,2%. No acumulado do quadrimestre, o total foi de 11,26 milhões de toneladas, significando crescimento de 12,2% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram importadas 10,03 milhões de toneladas. No porto de Paranaguá, principal porta de entrada dos fertilizantes, ingressaram 3,04 milhões de toneladas, indicando crescimento de 6,4% na comparação com 2024, quando desembarcaram 2,86 milhões de toneladas. O terminal representou 27% do total importado por todos os portos (fonte: Siacesp/MDIC).