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Setores em expansão abrem espaço para atuação mais técnica e planejada dos profissionais
A previsão de crescimento no faturamento de empresas paranaenses no segundo semestre de 2025 reaquece a atividade dos representantes comerciais em todo o estado. Segundo análise do Conselho Regional dos Representantes Comerciais do Paraná (CORE-PR), o cenário exige planejamento e reposicionamento estratégico da categoria, especialmente diante dos dados divulgados pela Fecomércio PR e Sebrae/PR.
A nova edição da Pesquisa de Opinião do Empresário do Comércio mostra que 33,5% dos empresários esperam melhora nos resultados até o fim do ano. Turismo (40,5%), serviços (35,2%) e varejo (30%) lideram as expectativas mais positivas. Além disso, 31,7% das empresas afirmam que vão investir em melhorias como reformas, marketing e capacitação.
Esse movimento favorece uma atuação mais técnica por parte dos representantes comerciais, que têm o papel de conectar as demandas do varejo às soluções da indústria. “O representante comercial não apenas entrega produtos. Ele traduz necessidades do mercado em soluções viáveis, e isso exige cada vez mais preparo, leitura territorial e domínio de ferramentas digitais”, afirma Paulo Nauiack, presidente do CORE-PR.
Com base nos dados da pesquisa, o CORE-PR destaca alguns caminhos estratégicos. Um deles é o reposicionamento da carteira de clientes, priorizando setores e regiões em crescimento. Maringá (37,7%) e Londrina (36,4%) se destacam como mercados promissores, e podem direcionar a roteirização de visitas e esforços de negociação.
Outro ponto relevante é o refinamento do discurso de vendas. Com mais empresários dispostos a investir, há abertura para apresentar propostas que vão além do preço, oferecendo soluções que otimizem a operação e melhorem a experiência do consumidor final.
Por fim, o uso de tecnologias de gestão e comunicação se consolida como recurso necessário. Aplicativos de rotas, CRMs e canais digitais de atendimento tornam-se ferramentas estratégicas para aumentar produtividade e cobertura de mercado.
“O momento é de reativação do mercado, mas também de exigência. O profissional que souber interpretar esse cenário e se preparar tecnicamente terá condições de ampliar sua relevância e seus resultados”, conclui Nauiack.