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O primeiro-ministro do Japão, Ishiba Shigeru, se referiu à mais recente carta enviada pelo presidente americano, Donald Trump, como uma mensagem de que os Estados Unidos estão prontos para estender a pausa dada às tarifas chamadas pelo governo Trump de "recíprocas". Ishiba orientou os ministros do Gabinete a continuarem as negociações em busca de um acordo que proteja os interesses do Japão e que seja benéfico tanto para o país quanto para os EUA.
Na segunda-feira (7), Trump usou as redes sociais para divulgar a carta, dizendo que os EUA começarão a cobrar uma tarifa de 25% do Japão em 1º de agosto, caso nenhum acordo comercial seja firmado até lá.
Falando em reunião da força-tarefa do governo com todos os ministros do Gabinete na terça-feira, Ishiba disse que o Japão e os EUA divergem em alguns pontos e, infelizmente, ainda não chegaram a um acordo. Também segundo ele, isso ocorre porque o Japão tem evitado aceitar soluções fáceis apenas para fechar um acordo e enfrentado duras negociações para proteger e exigir o que é indispensável para o país.
O líder também disse acreditar que progresso tem sido feito após repetidas rodadas de negociações.
Ishiba fez menção à atual pausa das “tarifas recíprocas”. Ele afirmou que a carta aponta para uma extensão efetiva da pausa, o que deve permitir que as negociações continuem.
Ainda declarou que o governo recebeu uma proposta dos EUA para adiantar as negociações no período até o novo prazo, 1º de agosto, o que sugere que o lado americano poderia mudar sua posição a depender de como o Japão lidará com o assunto.
Ishiba descreveu como extremamente lamentável o anúncio dos EUA de um possível aumento de tarifas além das taxas adicionais já impostas.
O premiê japonês orientou seus ministros a monitorar de perto os movimentos dos outros países, analisar de maneira completa o possível impacto no Japão e garantir que quaisquer efeitos negativos nas indústrias e nos empregos do país sejam mitigados.