
Manaós abre a 1ª Virada no Teatro Amazonas. Foto de Maringas Maciel
A curitibana Trupe Ave Lola leva espetáculos premiados e oficinas a Manaus e comunidades da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro, promovendo intercâmbio cultural na 1ª Virada Amazônica. Acontece desta sexta 4 de julho ao dia 13, unindo arte, educação e sustentabilidade por meio da Lei de Incentivo à Cultura.
Com direção artística e curadoria de Ana Rosa Genari Tezza, fundadora da Ave Lola, o festival apresentará onze peças. Manaós - Uma Saga de Luz e Sombra abre a programação no Teatro Amazonas de 4 a 6 de julho. A peça, que recebeu diversos prêmios nacionais, retrata a Manaus de 1911, durante o ciclo da borracha.
" Tendo sido criada no Acre, trago na minha essência o universo da floresta, dos rios e das chuvas vastas. Com uma linguagem popular, acessível e divertida, queremos compartilhar essas realidades amazônicas que são parte fundamental do Brasil", observa Ana Rosa.
Além de Manaós, a trupe levará às comunidades ribeirinhas as estreias de Romeu e Julieta e Capivaras Rebeldes. O projeto também oferecerá três oficinas teatrais para crianças e jovens das comunidades.
A Virada Amazônica pretende impactar mais de seis mil pessoas diretamente, envolvendo mais de 30 artistas, produtores e técnicos na expedição à Amazônia, além de gerar emprego para mais de 150 pessoas direta e indiretamente. O projeto é uma parceria da Academia Amazônia Ensina (Acae), localizada em Manaus, e a Entre Mundos Produções Artísticas, com correalização da Trupe Ave Lola.
"Desde 2015, quando iniciamos esse trabalho na região, percebemos o desejo enorme de democratizar o acesso à arte. É muito caro para os moradores se deslocarem até Manaus, por isso levamos espetáculos de referência até eles", diz Dara van Doorn, idealizadora da Virada Amazônica e diretora de produção.
Para Nelson Brito, presidente da Comunidade Santa Helena do Inglês, uma das localidades que receberá o festival, "a Virada Amazônica traz educação cultural e conhecimento para nosso povo tradicional, que antes não tinha acesso a essas oportunidades. A arte é de extrema importância nas comunidades porque transforma nossas crianças e jovens por meio do conhecimento".
O projeto também incluirá a gravação de podcasts com líderes das comunidades, dando voz aos saberes locais e à proteção da floresta amazônica, além da produção de um documentário que registrará todo o festival.
A Virada Amazônica é viabilizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínio da BASF e realização da Academia Amazônia Ensina, Entre Mundos Produções Artísticas, Ministério da Cultura e Governo Federal. Conta com a correalização da Trupe Ave Lola e o apoio institucional de diversas organizações.
Programação completa em viradaamazonica.com.br