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Preços de bombons, carnes, queijos e até do quentão subiram no último ano, mas arroz e leite ajudam a equilibrar o arraiá
Quem está curtindo os festejos juninos certamente percebeu que a conta no fim do arraiá está cara neste ano. Segundo análise especial da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), com base no IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), calculado pelo IBGE, os produtos mais consumidos nas comemorações juninas registraram inflação de 5,16% no Brasil nos últimos 12 meses. Em Curitiba e Região Metropolitana, os aumentos foram um pouco maiores, alcançando 5,59%.
Entre os itens que mais puxaram o custo da festança estão os doces e as carnes. Chocolate em barra e bombons subiram expressivos 25,69%, seguidos pelas carnes (23,17%), alho (16,19%), balas (12,51%), óleo de soja (12,30%), linguiça (9,94%) e queijo (7,84%). Ingredientes essenciais para quitutes da culinária junina como cachorro-quente, arroz carreteiro, caldos e espetinhos acabaram ficando mais pesados no orçamento.
Nem as bebidas escaparam: refrigerantes e água mineral ficaram 3,83% mais caros, e as bebidas alcoólicas subiram 3,74%. Até o vinho, base do tradicional quentão, registrou alta de 2,89%. A boa notícia é que essa alta foi bem menor do que a de 2024, quando o aumento chegou a 11,02%.
O açúcar cristal também encareceu, com alta de 2,61%, bem como o milho em grão (1,51%) e o milho verde em conserva (1,28%). A salsicha – ou “vina”, como preferem os curitibanos – subiu 0,68%. A maçã, por sua vez, teve inflação de 2,48%, mas a maçã do amor está mais amigável este ano, considerando que o aumento em 2024 foi de 31,10%.
Apesar das altas, alguns itens ajudaram a equilibrar o balaio de custos. O arroz ficou 14,58% mais barato, o cheiro-verde caiu 7,37%, o leite longa vida recuou 3,76% e o açúcar refinado, 1,71%. Ou seja, ainda dá para montar uma festa caprichada sem estourar o orçamento, desde que se faça um bom planejamento de compras.
O economista e assessor econômico da Fecomércio PR, Lucas Dezordi, destaca a importância de que consumidores e comerciantes acompanharem os movimentos de preços, especialmente em datas sazonais como as festas juninas, em que a demanda por itens específicos aumenta. “Mesmo com a conta um pouco mais alta, o clima de celebração e as tradições populares seguem firmes nas cidades do Paraná”, ressalta.