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A partir de 1º de julho de 2025, entra em vigor uma nova diretriz do Ministério da Saúde em relação ao esquema de vacinação infantil contra a doença meningocócica, que causa a meningite. Assim, ao completarem 1 ano de idade, as crianças passarão a receber, como dose de reforço, a vacina meningocócica ACWY, em substituição à vacina meningocócica C.
A alteração tem como objetivo ampliar a proteção dos bebês com o intuito de prevenir a doença meningocócica, tanto as meningites quanto as infecções generalizadas causadas pela bactéria Neisseria meningitidis ou meningococo dos tipos A, C, W ou Y.
A substituição da vacina de reforço faz parte das estratégias adotadas pelo governo federal no plano global da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o enfrentamento das meningites bacterianas até 2030.
Crianças que já completaram o esquema com três doses da vacina meningocócica C não precisam se revacinar com a ACWY. Já as crianças que perderam a dose de reforço aos 12 meses podem receber a vacina ACWY até completarem 4 anos, 11 meses e 29 dias. Para os adolescentes não haverá alteração, uma vez que a vacina ACWY já é indicada para pessoas de 11 a 14 anos, com aplicação em dose única.
O novo esquema vacinal seguirá este cronograma:
De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba (SMS), embora não haja, até agora, um registro de aumento de casos de doença meningocócica em 2025, na comparação com o mesmo período de 2024, a tendência é que o número de casos volte ao que havia antes da pandemia de covid-19.
Em 2025, até a semana epidemiológica 25 (que vai até 21 de junho), foram registrados três casos de doença meningocócica e um óbito. No mesmo período em 2024, foram registrados quatro casos e nenhum óbito.
Considerando o ano completo, em 2024 foram registrados em Curitiba 12 casos e 3 óbitos por doença meningocócica. Em 2019, antes da pandemia, foram 13 casos e nenhum óbito.
“A vacinação é ainda mais importante neste momento em que vemos o número de casos voltarem aos patamares pré-pandêmicos, para que nossas crianças sejam imunizadas e assim estejam protegidas desta grave infecção”, afirma a médica infectologista da SMS, Marion Burger.