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Oito ambulantes autorizados e seis clandestinos que vendiam produtos na Rua Izaac Ferreira da Cruz, no Sítio Cercado, foram notificados pela fiscalização da Secretaria Municipal de Urbanismo (SMU) nesta semana. A ação teve o apoio da Administração Regional do Bairro Novo e da Guarda Municipal e decorre de orientação do prefeito Eduardo Pimentel e do secretário do Governo Municipal, Marcelo Fachinello, para organizar o segmento. Na ocasião também foram apreendidos cigarros ilegais.
O objetivo do trabalho foi dar aos ambulantes todas as informações sobre as condutas que precisam ser regularizadas para continuarem na atividade. Isso significa ter autorização da SMU e carrinhos padronizados pela Prefeitura. Também há regras sobre a exposição dos produtos, que precisam ficar no limite desses espaços, cobertos com lona verde.
“Só depois de eles estarem cientes dessas exigências é que, em caso de descumprimento, faremos autuações”, explicou o coordenador de Fiscalização da Secretaria Municipal de Urbanismo, Ulisses Xavier. Ele acompanhou a ação, que envolveu 20 fiscais distribuídos em quatro grupos. Sem comprometer a circulação de pedestres e o acesso aos estabelecimentos comerciais e de serviços localizados nessa via, podem atuar 30 dos 700 ambulantes autorizados na cidade.
Entre os ambulantes autorizados pela Prefeitura que foram notificados está Elisângela Aparecida Pedroso dos Santos, que vende itens de vestuário. A velha lona que cobre sua banca – preta e maior que o permitido, alcançando inclusive o toldo da loja de eletrodomésticos e móveis em frente ao ponto da ambulante – é o problema. “Quero resolver isso porque aqui é interessante pra mim. É perto de casa e rende mais que trabalhar como empregada de empresa, como já fui”, disse.
Nem todos os notificados, porém, têm autorização ou espaço próprio para vender os produtos. É o caso de David William da Silva, que vendia roupas sobre uma lona colocada diretamente na calçada. Orientado a recolher o material de trabalho, o rapaz disse aos fiscais que irá até o Núcleo Descentralizado da SMU, na Rua da Cidadania da Matriz, para regularizar sua situação. “Gosto de vender. Está dando certo e, além disso, é um ponto perto de onde moro. É bom continuar por aqui”, disse.
Dinaelza Azevedo de Lima também estava irregular, segundo ela, porque não há ponto disponível na via para expor as roupas, artesanato e brinquedos que vende. “Estou há sete anos no mesmo lugar, vendendo meus produtos no chão e já tentei regularizar. Aqui tem um comerciante que eu nunca vi no espaço que eu quero ocupar. Quero tentar um ponto aqui perto pra mim”, contou. A comerciante também foi orientada a ir até o Núcleo da SMU, na Regional Matriz.
Segundo Xavier, o problema apontado por Dinaelza será resolvido. “Por orientação do secretário de Urbanismo, Almir Bonatto, vamos fazer o levantamento de quem tem ponto autorizado, não usa ou aparece ocasionalmente, para repassar a quem queira trabalhar todo dia. Com isso, quem está irregular hoje pode, amanhã, estar regularizado”, explicou.
Ao serem abordados pelos fiscais da Prefeitura, os ambulantes foram orientados a acessar o link https://www.curitiba.pr.gov.br/servicos/licenca-comercio-ambulante/194. Outra possibilidade é agendar horário no Núcleo do Urbanismo da Matriz Rui Barbosa pelos canais agendaonline.curitiba.pr.gov.br ou pelo telefone 33135830.
Com a autorização e de acordo com a legislação (Lei 6407/1983 e os Decretos Municipais 990/2004 e 400/2018), eles podem vender os seguintes itens:
Alimentos: frutas e verduras, mel inspecionado, doces secos industrializados, pipoca, cachorro quente, sorvete pasteurizado, caldo de cana, pinhão, batata frita empacotada e com procedência identificada, algodão doce sem corante, biju, milho verde, rapadura, maçã do amor, amendoim e suas variações, coco e suas variações, churros e crepes.
Roupas e outros itens: artigos de couro natural ou sintético (carteiras, cintos, mochilas e bolsas); bijuterias (correntes, colares, pulseiras, brincos e anéis), armarinhos (pentes, espelhos, agulhas, fios, lãs, lenços, fitas, fitilhos e cortador de unha), confecções (meias, roupas íntimas, chinelos, camisetas e babeiros) e brinquedos (pequenos e feitos no Brasil).