Tela demais, visão de menos
25/06/2025 às 08:15
Oftalmologista alerta para os riscos do uso excessivo de dispositivos digitais e dá dicas para proteger a saúde dos olhos

Seja no trabalho, na escola ou no lazer, o tempo diante das telas só cresce. Celulares, computadores, tablets e até videogames fazem parte do cotidiano, muitas vezes, por horas a fio. Mas esse hábito, que parece inofensivo, pode ter sérias consequências para a saúde dos olhos, como alerta a médica oftalmologista Tania Schaefer, do CDOP – Cirurgia e Diagnose em Oftalmologia do Paraná, centro de referência há mais de 30 anos atuando em Curitiba.
“Quando passamos muito tempo diante das telas, piscamos muito menos. Isso reduz a lubrificação natural dos olhos e leva ao que chamamos de Síndrome do Olho Seco, com sintomas como ardência, coceira, visão embaçada e sensação de areia nos olhos”, explica. Mas o problema não para por aí. O uso prolongado de dispositivos digitais está diretamente associado ao avanço de distúrbios refrativos, especialmente a miopia, que tem crescido de forma preocupante entre crianças e adolescentes. O foco constante em distâncias curtas, típico do uso de celulares e tablets, contribui para que o olho se adapte de forma incorreta, favorecendo o desenvolvimento da miopia.
A oftalmologista observa que outro efeito cada vez mais comum é a fadiga ocular, que gera desconforto, sensação de peso nos olhos, dificuldade para manter o foco e até dores de cabeça. “Muitas pessoas chegam ao consultório sem saber que esses sintomas estão ligados ao uso exagerado das telas”.

Sinal de alerta
De acordo com Tania Schaefer, a fadiga ocular costuma melhorar com descanso e pausas adequadas. “Mas se surgirem sinais como dor persistente, alterações na visão, sensibilidade excessiva à luz ou qualquer desconforto que não passa mesmo após o repouso, é essencial procurar um oftalmologista. Pode ser indicativo de algo mais sério”, alerta.
O sistema visual infantil ainda está em desenvolvimento e, portanto, é muito mais sensível aos impactos do uso exagerado de telas. Esse é um dado extremamente preocupante, porque o uso excessivo pode afetar diretamente a formação da visão, predispondo ao aumento da miopia e a outros desconfortos visuais.
Por isso, as orientações da Sociedade Brasileira de Oftalmopediatria (SBOP) são claras: nada de telas para menores de dois anos, salvo em situações como videochamadas. De dois a cinco anos, o limite é de até uma hora diária, sempre com supervisão e priorizando conteúdos educativos. E dos seis aos 18 anos, o tempo recomendado é de, no máximo, duas horas por dia, intercalando com atividades físicas e ao ar livre.
“É fundamental entender que a saúde dos olhos se desenvolve também com estímulos de longe, com luz natural, com movimentos, com interação com o ambiente real — e não apenas com o mundo digital”, reforça a médica do CDOP.

A regra de ouro
Uma prática simples, mas extremamente eficaz, é a chamada regra 20-20-20. “Ela funciona assim: a cada 20 minutos usando telas, olhe por 20 segundos para algum ponto que esteja a cerca de 6 metros de distância. Isso permite que os músculos dos olhos relaxem, alivia a tensão e reduz o risco de desenvolver fadiga ocular”, ensina.
Além disso, o uso de lágrimas artificiais pode ser um grande aliado para aliviar os sintomas de secura, principalmente em ambientes com ar-condicionado ou baixa umidade. Praticar exercícios oculares, como alternar o olhar entre objetos próximos e distantes, também ajuda a preservar a saúde visual.
O alerta não é sobre demonizar a tecnologia, mas sobre fazer um uso mais consciente e equilibrado. “As telas fazem parte da nossa vida e não vão desaparecer. Mas é possível, e necessário, criar uma relação mais saudável com elas, especialmente quando falamos em crianças e adolescentes”, recomenda a especialista.
Para a equipe do CDOP, que há três décadas é referência em diagnósticos e cirurgias oftalmológicas de alta complexidade em Curitiba, destaca que o acompanhamento regular com um oftalmologista é essencial, tanto para detectar precocemente possíveis alterações quanto para orientar os melhores cuidados preventivos.
“Cuidar dos olhos é, também, cuidar da qualidade de vida. O que pode parecer um simples desconforto hoje, se negligenciado, pode gerar problemas maiores no futuro. A boa notícia é que, com medidas simples, é possível proteger nossa visão e usar a tecnologia a nosso favor, sem prejudicar a saúde ocular”, conclui Tania.
 
Sobre Tania Schaefer - presidente eleita SOBLEC 2020/2021, Diretora de Marketing do Hospital CDOP, Membro do grupo CDOP, Clínica Oftalmológica Geral; especialista em Ceratocone clínico, cirúrgico e implante de anéis, adaptação de lentes de contato gelatinosas as de alta complexidade, adaptação de lentes de contato especiais, semi esclerais, esclerais, Cirurgia de Catarata; especializada em Ortoceratologia e Controle da Miopia, Cirurgia Refrativa de Miopia, Astigmatismo e Hipermetropia, tratamento da Presbiopia ou visão cansada por meio de cirurgia Faco Refrativa, lentes de contato e óculos.
 
Sobre o Hospital CDOP - Foi fundado em meados de 1995, uma época de grandes transformações na economia e tecnologia do Brasil. Seguimos evoluindo e construindo a nossa história, nestes mais de 25 anos, sendo referência no diagnóstico e cirurgia oftalmológica em Curitiba e região Metropolitana no estado do Paraná. Com aproximadamente 3 mil m² de área construída, contamos com uma infraestrutura diferenciada, modernos equipamentos para o que há de mais avançado nesta área. Além da tecnologia de ponta, dispomos de mais de 100 médicos altamente qualificados e especializados que, juntamente aos demais profissionais, proporcionam um atendimento humanizado, seguro e com excelência.
Mais informações: https://cdop.com.br/ 
 
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