Governadores do sul do país se encontram em Curitiba e cobram apoio do governo federal para obras
13/06/2025 às 05:00
“A construção é um dos setores que mais geram emprego direto no país, com cadeia produtiva gigantesca, que movimenta muito a indústria", destacou o governador Ratinho Jr.

Os governadores Ratinho Junior (PSD-PR), Jorginho Mello (PL-SC) e Eduardo Leite (PSD-RS) participaram, nesta quinta-feira (12), de um encontro inédito durante o primeiro Construa Sul, em Curitiba (PR), com foco no fortalecimento da construção civil e no desenvolvimento regional. Convidados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), os chefes dos executivos estaduais também cobraram maior atenção do governo federal em investimentos para a Região Sul. “A construção é um dos setores que mais geram emprego direto no país, com cadeia produtiva gigantesca, que movimenta muito a indústria. E ainda é uma necessidade, porque as pessoas sonham em ter sua casa”, declarou o governador Ratinho Jr. à imprensa, no início do evento. “Vamos construindo nossos projetos estaduais, que nos dão a alegria de o Paraná ser um dos estados que mais constrói casas no Brasil.”
POR QUE INVESTIR NO SUL?
Durante a plenária “Por que investir no Sul do país?”, mediada pelo jornalista Carlos Tramontina, os governadores apresentaram os avanços estruturais de seus estados e defenderam uma atuação conjunta para atrair mais recursos e visibilidade nacional.
Ratinho Junior destacou o programa Casa Fácil, considerado o maior do Brasil em habitação popular. Já são mais de 110 mil famílias beneficiadas, com R$ 1,2 bilhão investido e novos aportes previstos de R$ 1,5 bilhão. Ele defendeu ainda a valorização da indústria local, com foco em agregar valor à produção e melhorar a logística. “No Sul aprendemos a estrada que queremos pegar, e isso fez os estados se organizarem e se planejarem”.  Ele reforçou a necessidade de agregar valor à indústria, para não apenas exportar matéria-prima e produtos agrícolas não beneficiados. “A questão logística é talvez o mais essencial na tomada de decisão de investimentos, e o Paraná é naturalmente uma ligação entre regiões”, acredita. Ao mesmo tempo em que se investe em moradia e indústria, ele citou a educação como prioridade para o desenvolvimento, especialmente na área tecnológica.
MUDANÇA À VISTA
O atual secretário estadual da Indústria, Comércio e Serviços, Marco Brasil, é filiado ao PP, do ex-ocupante da vaga, o deputado federal Ricardo Barros. Mas tudo indica que Brasil ficará por pouco tempo no PP. Tudo indica que Marco Brasil deixará de ser uma cota do PP no governo do estado para se aproximar do governador Ratinho Jr. e se afastar de Ricardo Barros. Como se sabe, Barros e o PP vão fazendo uma aproximação com o senador Sergio Moro, com vistas às eleições ao governo do próximo ano. Como não se pode servir a dois senhores ao mesmo tempo, o PP deve perder os cargos no governo do Paraná. Para não perder a secretaria que assumiu no começo deste ano, Marco Brasil deve se filiar ao PSD e se manter no cargo.
OUTRA SITUAÇÃO
Outra situação semelhante vive o deputado estadual Ney Leprevost, atualmente filiado ao União Brasil, que é o partido do senador Sergio Moro. Desde as eleições municipais do ano passado, sabe-se que Leprevost e Moro não “se bicam”. Leprevost é da base de apoio de Ratinho Jr. na Assembleia e recentemente assumiu a liderança do União Brasil no Legislativo estadual. O problema é que boa parte dos parlamentares do União Brasil apoiam Ratinho Jr. Mas já está chegando a hora deles se decidirem: ou continuam apoiando Ratinho Jr. em outra legenda ou se mantém no União Brasil e perderão as benesses de serem aliados do governador e assumem o apoio e a pré-campanha de Sergio Moro. Há uma terceira opção: a saída do senador Sergio Moro do União Brasil em busca de uma legenda onde não haja tanta gente contra ele dentro da própria trincheira. É esperar para conferir.
CÂMARA TERÁ POSTO DE VACINAÇÃO NESTE SÁBADO
Um posto de vacinação contra a gripe funcionará, neste sábado, dia 14 de junho, das 9h às 12h, no pátio interno da Câmara Municipal de Curitiba (CMC). O imunizante oferecido pelo SUS é trivalente e oferece proteção contra as cepas influenza A H1N1, influenza A H3N2 e influenza B. Estes são os tipos mais comuns de vírus circulantes e que podem causar casos graves de síndromes respiratórias. Em 2024, foram 52 mortes por influenza em Curitiba – este número só é menor do que o registrado em 2009, durante a pandemia do A H1N1, quando ocorreram 53 óbitos por gripe. Das 52 mortes ocorridas em 2024, 50 foram de pessoas com 60 anos ou mais, 49 tinham algum tipo de comorbidade e 41 não tinham se vacinado. É importante trazer documento com foto e, se tiver com sintomas gripais, esperar a melhora para se vacinar. A vacinação faz parte da programação do evento Câmara Aberta, que será realizado pela primeira vez na CMC. Durante toda a manhã, a população poderá participar de oficinas, visitar os gabinetes dos vereadores e assistir a apresentações culturais.
CRÍTICA AO PROJETO DE PRIVATIZAÇÃO DO MIS
O deputado estadual Goura (PDT) participou da consulta pública que discutiu o projeto de Parceria Público-Privada – PPP para restauração, operação e exploração econômica para a concessão, por 30 anos, de três prédios históricos no Centro de Curitiba, incluindo o Museu da Imagem e do Som do Paraná (MIS-PR). Goura representou a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). “O projeto, do jeito que está desenhado, é uma bomba-relógio jurídica, contábil e institucional. Essa proposta desrespeita a lógica básica de políticas públicas culturais. Uma PPP para restauro e operação de museus deve priorizar técnica, conservação, valor histórico e impacto social”, criticou Goura, durante sua intervenção na audiência. A consulta foi organizada pelo Governo do Estado do Paraná, coordenada pela Secretaria de Planejamento (SEPL) e pela empresa estatal Paraná Parcerias, com participação direta da Secretaria da Cultura (SEEC) e da Secretaria da Administração e Previdência (SEAP). O deputado disse que os prazos dessa consulta pública, que segue aberta até 17 de junho, foram muito exíguos e comprometem a transparência, a participação popular e as garantias de preservação patrimonial.
ORIOVISTO VOLTA A PEDIR O FIM DO FUNDO ELEITORAL
A conta não é difícil de entender, mas o senador Oriovisto Guimarães (PSDB/PR) fez questão de explicar, de forma didática, o motivo de a economia do Brasil estar afundando. Ele mostrou que de 1991 a 2025, houve um aumento de 53% nos impostos que os brasileiros pagam. No mesmo período, as despesas dos governos aumentaram 73%. “Os governos, de uma maneira geral, sempre querem resolver todos os problemas aumentando despesas, nunca cortando gastos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, conseguiu, nos últimos dois anos, anunciar 25 medidas para aumentar a arrecadação; e ainda quer aumentar o IOF, mas a sociedade não aceita”, disse ele em sessão plenária. Para o senador, a forma como se faz política no país é errada, porque os governos Federal, estaduais e as prefeituras não conseguem gastar menos do que arrecadam: “Nossa administração pública é irresponsável. E nunca vamos sair desse imbróglio se continuarmos assim. Temos que dar o exemplo. Vamos abrir mão de 100% das emendas, do fundo partidário, do fundo eleitoral, desvincular a aposentadoria do salário-mínimo, mudar a regra de reajuste do salário-mínimo. Se não tomarmos providências, a máquina pública vai parar. Em 2027 vai acabar o dinheiro”, concluiu o senador.
PROJETO PARA CERCAR PARQUINHOS INFANTIS
Está em análise, na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), um projeto de lei que visa cercar os parquinhos da cidade. De autoria do vereador Marcos Vieira (PDT), o objetivo da proposta é garantir mais segurança, acessibilidade e higiene aos espaços de recreação infantil de áreas públicas da capital. “Muitos destes parquinhos estão localizados em praças, bosques e jardinetes muito próximos de vias de alto fluxo, o que põe em risco a integridade das crianças, que, por um impulso em seus momentos de diversão e empolgação, podem correr para além do local e acabar avançando para a rua, ou então para áreas como ciclovias e quadras esportivas onde também podem ocorrer acidentes”, cita Vieira na justificativa da proposição. Outro argumento é evitar "a presença de cães e outros animais que utilizam o espaço para suas necessidades fisiológicas, comprometendo a higiene do local e representando riscos à saúde infantil".
PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL
Líder do Bloco da Agricultura Familiar, deputada estadual Luciana Rafagnin(PT), apresentou projeto de lei para reconhecer como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Paraná os sistemas tradicionais e agroecológicos de produção de erva-mate sombreada na floresta com araucária. O modo de produção é ancestral, desenvolvido por agricultores familiares e comunidades tradicionais da região Centro-Sul do Paraná e Norte de Santa Catarina. “O nosso objetivo é assegurar a proteção jurídica, social e ambiental desses sistemas produtivos, promovendo o desenvolvimento regional sustentável e fortalecendo a identidade cultural dos povos do sul do Brasil”, explica a deputada. Ainda de acordo com Luciana, a iniciativa prevê medidas de incentivo à pesquisa, extensão rural, educação ambiental e formação técnica voltadas para essas comunidades. E institui a inscrição desse sistema produtivo no Livro de Registro de Saberes, conforme previsto no Decreto Estadual nº 4841/2016, garantindo sua memória cultural e promovendo sua visibilidade.
PROJETO PARA MEDIDOR GRATUITO DE GLICOSE PARA DIABÉTICOS
Um projeto de lei, protocolado na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), dispõe sobre o fornecimento gratuito de aparelhos de monitoramento contínuo de glicose (CGM) e de insumos correlatos a pacientes residentes na capital que tenham diabetes mellitus tipo 1. De autoria do vereador Renan Ceschin (Pode), a proposta diz que o paciente deverá apresentar laudo médico e/ou exames laboratoriais que comprovem a necessidade do uso contínuo do aparelho e do tratamento contínuo da doença. Além do fornecimento gratuito do CGM, o projeto de lei dispõe sobre os insumos necessários ao seu funcionamento, como sensores e transmissores. “Trata-se de uma medida de saúde pública voltada à promoção da qualidade de vida, da prevenção de complicações crônicas e da racionalização dos custos com tratamentos emergenciais decorrentes do mau controle glicêmico”, cita a justificativa do texto legislativo. 
 
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