Especialista lança livro sobre lado positivo e sombrio da IA
Com uma linguagem acessível para todos os públicos, a obra propõe reflexões provocativas sobre o duplo potencial da inteligência artificial
11/06/2025 às 11:42
Professor e pesquisador Paulo Roberto Córdova. Divulgação

A inteligência artificial já não é mais uma questão futurística. Ela está aqui, agora, em nossos celulares, nas redes sociais, nos serviços de streaming, nas rotas sugeridas por aplicativos, ditando o conteúdo que consumimos, influenciando nossas decisões de compra e, muitas vezes, moldando nossas próprias opiniões sem que percebamos. E, pela primeira vez na história da humanidade, dividimos o mundo com uma entidade capaz de rivalizar e, em alguns casos, atésuperar nossas capacidades cognitivas. Mas será que realmente compreendemos o que ela é e como está transformando nossas vidas?

É a partir desse cenário cada vez mais presente e invisível que o professor e pesquisador Paulo Roberto Córdova lança o livro Inteligência Artificial: entre o fascínio e o medo pela Editora Contexto, que convida a uma reflexão crítica sobre a IA. A obra, publicada em um momento crítico de avanço tecnológico, percorre desde a história da computação até os algoritmos atuais, relacionando avanços técnicos aos desafios humanos contemporâneos.

Com base em anos de pesquisa e atuação na intersecção entre tecnologia e educação, Córdova — doutor em Informática na Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e professor no Instituto Federal de Santa Catarina — escreve de maneira acessível e provocativa, explorando as ameaças e oportunidades desse novo paradigma.

A inteligência artificial já nos conhece tão bem, que é capaz de nos proporcionar experiências altamente personalizadas, capazes de nos prender por horas, de formas perigosamente viciantes. Mas será que nós a conhecemos tão bem assim? ”, questiona o autor.

Um exemplo citado no livro é o caso da Amazon, que parou de utilizar uma inteligência artificial criada pela companhia para encontrar bons candidatos a vagas de emprego após perceber que a ferramenta atribuía notas mais baixas a currículos de mulheres para cargos técnicos na área de TI, reproduzindo um padrão de contratações predominantemente masculinas na área de tecnologia.

Gamers podem concorrer a 8 mil bolsas de estudo

O Santander Universidades abriu as inscrições para a terceira edição do Santander Gamer Pro. O programa vai conceder 8 mil bolsas de estudo gratuitas que visam contribuir para o desenvolvimento dos e-sports no País. A ação é feita em parceria com a CNB Esports, um dos clubes de esportes eletrônicos mais tradicionais da América Latina, e oferecerá cursos para os principais jogos da atualidade, como League of Legends (LoL), Valorant e Marvel Rivals, além de um módulo voltado para quem deseja se tornar streamer profissional. Os interessados podem ser inscrever até 21 de julho, pelo Santander Open Academy. Não é necessário ter experiência nos jogos ou ser cliente do Banco para participar.

Para essa edição, as vagas por trilha de conteúdo serão distribuídas conforme a demanda de inscrições e serão aplicadas de forma online dentro da plataforma da CNB Esports. Uma metodologia de avaliação em etapas irá selecionar quatro candidatos que tiverem o maior índice de aproveitamento do programa para receber uma extensão do curso por 30 dias e um apoio financeiro de R$ 2 mil para viver uma experiência única atuando nos times de base da CNB Esports.

O projeto nasceu para transformar talento em oportunidade. Ao oferecer bolsas em jogos que estão em evidência, apoiamos o sonho de quem almeja prosperar dentro de um mercado em constante evolução, que cresce exponencialmente e que hoje é uma porta de entrada para o primeiro emprego de muitos jovens brasileiros”, afirma Márcio Giannico, Senior Head de Governos, Instituições, Educação e Universia do Santander. Desde seu lançamento, em 2022, o programa Santander Gamer Pro atraiu mais de 100 mil inscritos e mais de 45 mil alunos participaram dos cursos.

Com a finalidade de promover a diversidade e inclusão entre os candidatos, a Santander Gamer Pro terá 5% das vagas para PCDs, 30% para mulheres, 40% para pretos e pardos e 25% para ampla concorrência. As inscrições devem ser feitas pelo Santander Open Academy até 21 de julho.


Tecnologias inteligentes otimizam obras e impactam experiências

Por décadas, a compra do imóvel na planta exigiu um exercício de imaginação por parte do consumidor imobiliário, que tinha, como único recurso de visualização do imóvel, a convencional planta baixa – aquele desenho em escala do apartamento visto de cima. Com o aperfeiçoamento dos softwares de renderização arquitetônica, hoje é possível “transportar” o comprador para dentro do projeto e fazer, com ele, um passeio virtual que mostra imagens com altíssimo nível de precisão, que simulam, com fidelidade, o resultado final da obra.

De acordo com o diretor de Incorporações da ALTMA, Patrick Vieira, as ferramentas disponíveis atualmente mostram tantos detalhes, que a sensação do comprador é de efetivamente caminhar por áreas internas e externas do empreendimento ainda não construído. E a tendência, segundo ele, é de que a experiência do consumidor final seja ainda mais aprimorada, com o uso da inteligência artificial. “O tour virtual se tornou uma imersão interativa, que dá a impressão de estar presencialmente em cada cômodo. A tecnologia utiliza modelos 3D, que produzem imagens 360° de alta qualidade. Mas a renderização por IA, embora incipiente no Brasil, deve acelerar a criação e geração de animações fotorrealistas, o que deve resultar em mais um salto na qualidade da experiência da visita simulada”, avalia.

Além do tour virtual com renderizações ultrarrealistas, a inovação tecnológica na construção civil tem impactado positivamente a experiência do consumidor final também no período entre a compra e a entrega do imóvel. Com o uso de drones, robôs de inspeção e plataformas de integração de projetos, que são atualizadas no decorrer da construção, os compradores são informados sobre o avanço da obra, com dados que incluem até mesmo o percentual de execução de cada etapa, como escavação, fundação, estrutura, alvenaria, hidráulica, elétrica e acabamento.

Outra solução tecnológica cada vez mais utilizada na construção civil é a plataforma BIM ou Modelagem da Informação da Construção, que parte de modelos tridimensionais inteligentes para a compatibilização de projetos. Essa ferramenta permite a integração de diversas disciplinas da obra – como arquitetura, hidráulica, elétrica e gás – em um único ambiente digital, favorecendo a gestão colaborativa desde as etapas iniciais do projeto.


Lactec aborda Inteligência Artificial em encontro nacional

O presidente do Lactec, Maximiliano Andres Orfali, participa no dia 12 de junho do Painel "Inteligência Artificial, Clima e Transição", durante o Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (ENASE 2025). Consolidado como um dos principais fóruns de discussão do setor, o evento ganha, neste ano, uma importância ainda maior ao se conectar diretamente com o maior debate climático global: a realização da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), no Brasil. A Conferência será realizada em Belém (PA), em novembro.

Nesta edição, o ENASE figura como o centro das discussões sobre a transição energética justa e inclusiva, políticas climáticas e regulações que devem acelerar a descarbonização do setor. O evento contará com a presença de autoridades, executivos e especialistas nacionais e internacionais que debaterão propostas concretas para a transformação do setor elétrico diante das metas globais de neutralidade de carbono.

Na sua participação, Maximiliano Andres Orfali destacará a integração de tecnologias como Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT) na cadeia de energia, com ênfase em sua aplicação em soluções que promovem eficiência, segurança e sustentabilidade dos sistemas elétricos. Segundo Orfali, “a IA aplicada à gestão energética está revolucionando a forma como monitoramos e operamos os ativos do setor, antecipando falhas, otimizando o desempenho e contribuindo de forma direta para a resiliência do sistema frente aos desafios climáticos”.

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