77% das famílias brasileiras estão endividadas
A economia brasileira enfrenta momentos complexos, com a alta na inflação e o baixo poder de compra da população. Como resultado, o número de famílias endividadas voltou a subir em março, após dois meses de queda, e alcançou 77,1% das pessoas, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O cartão de crédito segue como principal vilão para o endividamento, utilizado por 83,7% dos brasileiros com contas em atraso, seguido por carnês (17,3%), crédito pessoal (10,4%) e financiamentos de carro (8,9%) e casa (8,7%). “Estamos vivendo um momento em que muitas famílias usam o crédito não para adquirir bens duráveis, mas para completar a renda e pagar despesas básicas do mês”, afirma Rafael Rapp, Diretor de Varejo da Dotz sobre o atual momento econômico. “Quando o cartão de crédito se torna uma extensão do salário, a tendência é que a situação se agrave rapidamente devido às altas taxas de juros do rotativo, que podem ultrapassar 400% ao ano.” Para Fernando Iodice, CEO da Consumidor Positivo, marketplace de soluções financeiras, os números elevados de dívidas no cartão de crédito revelam uma lacuna importante com relação à educação financeira no Brasil. “Muitas famílias encontram dificuldades para administrar seus recursos quando enfrentam inflação e redução do poder de compra. A educação financeira não é apenas conhecimento teórico, mas uma ferramenta prática que permite às pessoas tomarem decisões mais conscientes sobre seu dinheiro e, consequentemente, terem mais tranquilidade no dia a dia", explica Iodice.
DESCONTROLE DE GASTOS E AUMENTO DE IMPOSTOS
Enquanto recua gradativamente sobre os aumentos no IOF anunciados há algumas semanas — muito por causa da forte pressão (necessária) do Congresso —, o governo tomou outra decisão que envolve elevar impostos em vez de cortar custos, ao querer instaurar uma cobrança fixa de 17,5% sobre títulos e fundos de renda fixa que, hoje, são progressivos. Se aprovada, começaria a valer em 2026. Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), a medida é claramente arbitrária e socialmente injusta. O Brasil já convive com uma das cargas tributárias mais altas do planeta, que toma quase 35% do Produto Interno Bruto (PIB) por ano. Ainda assim, o governo repetidamente promove aumentos dos impostos com o objetivo de manter o ritmo de despesas. Como a Entidade vem discutindo há bastante tempo, é fundamental que o Executivo assuma um compromisso maior de controlar gastos, já que, além das dúvidas que estes geram, há uma ameaça latente em médio e longo prazos. Todos esses elementos — IOF, cobrança sobre renda fixa, falta de correção da tabela do Imposto de Renda (IR), déficit da Previdência etc. — reforçam a percepção de que o governo procura desesperadamente novas receitas, em uma linha ascendente que, caso se mantenha desse jeito, levará o País ao colapso. É urgente que outra rota seja tomada: a de um ajuste fiscal sério, sólido e estruturado.
CONECTA CULTURA
Começa no próximo dia 21 em Curitiba o “Conecta Cultura”. Voltado à produção e gestão
de propostas culturais, o projeto oferece curso em cinco cidades do Paraná, são elas:
Paranaguá, Rio Branco do Sul, Curitiba, Ponta Grossa e Tibagi. Os encontros serão
presenciais e online em uma carga horária de 50 horas. No curso, as pessoas inscritas terão a oportunidade de preparar um pré-projeto para atividades culturais a partir de temas como: leis de incentivo, marketing cultural, políticas públicas, gestão de eventos e práticas sustentáveis. “O nosso objetivo é chegar nas pessoas, explicar o que é uma política cultural, explicar
como é um edital e dar um caminho para que elas vejam isso como uma opção de renda”,
afirma Shayene Ferreira, agente cultural e coordenadora do projeto. Ela explica que o
curso tem o objetivo de formar agentes culturais.
EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS MUDAM PAISAGEM EM CURITIBA
A paisagem urbana de Curitiba está mudando em ritmo acelerado. É cada vez mais possível perceber que novos empreendimentos imobiliários têm redesenhado bairros, impulsionando a valorização de regiões que antes eram menos exploradas e movimentado, assim, a economia local. Para se ter ideia, dados recentes da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR) mostram que o crescimento chegou a 47% em 2024, com mais de 10.500 unidades lançadas na capital. E todos esses empreendimentos imobiliários que estão transformando a cidade fazem parte de um grande rol de construtoras na cidade. Somente associadas ao Sindicato da Indústria da Construção Civil do Paraná, o Sinduscon-PR, são mais de 600 construtoras, responsáveis por grande parte desse aumento no número de lançamentos. “Percebemos que realmente o mercado imobiliário está mais aquecido e aberto para novos empreendimentos. Isso é também um reflexo do crescimento da cidade. Mas, mais do que construir, nosso objetivo é contribuir com o desenvolvimento inteligente da cidade”, explica Ana Paula Zoller Ribeiro, sócia-diretora do Grupo Andrade Ribeiro. Entre as transformações que esta nova realidade vem trazendo está a valorização de bairros que, até pouco tempo, não eram explorados. Um exemplo é o bairro Rebouças, conhecido por suas áreas industriais e que hoje desponta como um polo de moradia, tecnologia e serviços. Ainda, outro bairro que continua em expansão e cada vez mais desejado é o Ecoville, que compreende os bairros Mossunguê, Campo Comprido e Campina do Siqueira. “Algumas localidades, como o Hauer, por exemplo, vêm despontando no mercado imobiliário, enquanto outras, que já se tornaram tradicionais no mercado imobiliário, como é o caso do Ecoville, continuam crescendo ainda mais”, diz Zoller.
CAI O NÚMERO DE FINANCIAMENTOS DE VEÍCULOS EM MAIO NO PR
Em maio, o Paraná foi responsável pelo financiamento de 43,6 mil veículos, entre novos e usados, de acordo com dados da B3. O número representa queda de 2,6% em relação ao mesmo período de 2024, e alta de 2,9% no comparativo com abril deste ano. No segmento de autos leves, verificou-se redução de 2,8% frente ao mesmo período do ano passado e alta de 2,5% comparado ao mês anterior. Na categoria de motos, foi registrado diminuição de 2,5% na comparação com maio de 2024, e de 1,1% em relação a abril de 2025. O número de financiamento de veículos pesados no Estado foi 17,4% menor em maio, em base anual, e reduziu em 7,8% frente a abril. A B3 opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), a maior base privada do País, que reúne o cadastro das restrições financeiras de veículos dados como garantia em operações de crédito em todo território nacional.
VENDAS DE VEÍCULOS ELÉTRICOS SEGUEM EM ALTA
O mercado de veículos eletrificados no Brasil registrou forte alta em maio, com 16.641 unidades vendidas, o que representa um crescimento de 12,7% em relação a abril (14.759). Na comparação com maio de 2024 (13.612), houve crescimento de 22,25%. De janeiro a maio, as vendas acumuladas de modelos eletrificados, que englobam as categorias BEV (veículos 100% elétricos), PHEV (híbridos plug-in), HEV e HEV Flex totalizaram 71.324 unidades. O volume representa um aumento de 19,5% frente ao mesmo período de 2024 (59.669). Os micro-híbridos (MHEV) não estão incluídos nesses dados. A participação dos eletrificados no mercado total de veículos leves também segue em ascensão. Em maio, esses modelos representaram 7,76% de todos os emplacamentos de automóveis e comerciais leves. Essa participação considera os 16.641 emplacamentos de eletrificados em relação ao total de 214.383 unidades vendidas no período, conforme informações da Fenabrave. O grande destaque de maio foram os BEV, que registraram recorde de venda, com um total de 6.969 veículos, aumento de 48,2% em relação a abril (4.702). Na comparação com maio de 2024 (5.175), esse crescimento foi de 34,7%. O segmento dos 100% elétricos não registrava um número tão expressivo desde abril de 2024, quando foram vendidas 6.705 unidades.
CENÁRIO SOBRE O SUCO DE LARANJA BRASILEIRO
O Brasil, maior exportador mundial de suco de laranja responsável por cerca de 75% das exportações globais encerrou 2024 com apenas 351.483 toneladas de FCOJ (Suco de Laranja Concentrado Congelado, na silga em inglês) equivalentes estocadas, o menor volume já registrado, 24,2% abaixo das 463.940 toneladas de 2023. Essa fragilidade impõe tensão ao abastecimento internacional, em um cenário marcado por safra reduzida, estimada em 232,38 milhões de caixas de 40,8 kg para 2024/25, o nível mais baixo desde 1988/89. Temperaturas extremas, estiagem prolongada e o avanço da Greening agravaram ainda mais esse quadro. Entretanto, há um ramo de esperança se abrindo no horizonte: a safra 2025/26. Segundo o Fundecitrus, o cinturão citrícola de SP e MG já projeta colheita de 314,6 milhões de caixas, 36,2% acima da temporada anterior e acima da média das últimas dez safras. As chuvas bem distribuídas entre outubro e dezembro de 2024 estimularam uma segunda florada significativa, que poderá elevar não apenas a quantidade, mas também a qualidade dos frutos, com estimativas apontando para laranjas mais doces. Contudo, especialistas afirmam que a recuperação ainda depende da regularidade das precipitações de 2025, e que variações climáticas regionais podem influenciar o rendimento final.
DESVALORIZAÇÃO DO MERCADO AUTOMOTIVO CRESCE EM MAIO
A desvalorização do mercado automotivo cresceu em maio pelo segundo mês consecutivo. É isto o que apontam os dados do Índice Webmotors, que calcula todos os meses as variações percentuais dos valores dos carros anunciados na plataforma. Segundo o levantamento, o mercado como um todo (considerando novos e usados) apresentou em maio um índice de -0,272%, o que representa uma variação de -0,106 ponto percentual com relação a abril.
O segmento de usados apresentou seu segundo mês consecutivo de desvalorização e registrou índice de -0,297%, com variação de -0,103 ponto percentual com relação a abril. Com relação ao mesmo mês do ano anterior, no entanto, a desvalorização em maio de 2025 foi +0,028 ponto percentual inferior.
CARROS 0KM VALORIZARAM
Já o segmento de 0KM apresentou valorização pelo sexto mês consecutivo, com índice de +0,77%. Embora positivo, o índice para a categoria foi -0,035 ponto percentual inferior com relação a abril. Com relação ao mesmo mês do ano anterior, porém, os veículos novos ainda estão +0,099 ponto percentual mais valorizados. "Os números de maio indicam um mercado de usados com demanda mais controlada e estoques ajustados. Do lado do 0 km, a valorização indica a permanência na confiança do consumidor, influenciada por fatores econômicos, como o aumento do número de pessoas empregadas e os incentivos das montadoras para o segmento, como taxa zero em algumas negociações", comenta Eduardo Jurcevic, CEO da Webmotors.