Dia Mundial do Meio Ambiente: Investir em sustentabilidade no setor privado é um bom negócio
05/06/2025 às 18:28
A participação do setor privado é fundamental para a preservação ambiental e pode ser um investimento lucrativo para as empresas. (Crédito: Freepik)
Envolvimento de empresas é forte aliado do desenvolvimento sustentável e causas ambientais

O Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado anualmente em 5 de junho, foi instituído durante a Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo, na Suécia, em 1972. Durante a conferência foram elaborados 26 princípios  como, por exemplo, a conscientização, mobilização e responsabilidade global, que formaram um manifesto ambiental.

A atuação das empresas privadas na conservação ambiental é um tema cada vez mais relevante e necessário. Por muito tempo, a responsabilidade pela proteção do meio ambiente foi vista como algo exclusivo de governos e ONGs. No entanto, o cenário atual mostra que a participação do setor privado é crucial para enfrentar os desafios ambientais complexos dos dias atuais.

Birgit Marsili, proprietária da Lavoutique Lavanderia & Costura, empresa signatária dos ODS da ONU, garante que qualquer empresa, independente do porte, pode fazer sua parte em prol do meio ambiente. “Há alguns anos, quando conheci a agenda 2030 do Pacto Global da ONU, percebi que já praticávamos várias ações e fui em busca de informações para  entender o que mais poderíamos implantar na Lavoutique. As pessoas acreditam que só grandes empresas precisam ou têm essa obrigação com o meio ambiente, mas qualquer empresa pode impactar positivamente a sociedade com práticas sustentáveis e objetivos de desenvolvimento ambiental. Pequenas ações, como separação correta do lixo, retorno de embalagens, campanhas de incentivo e até mesmo a escolha de produtos utilizados pela empresa, são importantes para o ecossistema”, conta a empresária.

Desafios e Oportunidades

Apesar dos avanços, ainda existem desafios para a participação plena das empresas na conservação, como a necessidade de investimentos iniciais e a dificuldade em mensurar o retorno de algumas ações. No entanto, as oportunidades superam esses obstáculos. 

“Investir em ferramentas sustentáveis é um bom negócio, não necessitando de grandes quantias para começar. Atualmente, as empresas têm um olhar diferente para essas questões. Sustentabilidade é oportunidade, pois coloco a minha empresa num outro patamar. Os clientes também se preocupam com as questões ambientais, o que acaba gerando novos negócios e revertendo o investimento inicial”, afirma Birgit.

Muitas empresas possuem recursos financeiros, tecnológicos e humanos que podem ser direcionados para ações de conservação. Além disso, elas têm uma capacidade de inovação que muitas vezes supera a de outras instituições, o que é fundamental para desenvolver soluções sustentáveis.

“Além de utilizarmos equipamento com tecnologia de ponta, que reduz o consumo de água, 80% da energia utilizada na Lavoutique é oriunda do sol. Já usamos cabides biodegradáveis, feitos de cana-de-açúcar, e traremos uma opção maior e mais resistente ainda este ano. Além disso, teremos ponto de coleta de plástico. Uma empresa certificada fará a coleta desse material para que seja devidamente reaproveitado, retirando o lixo do meio ambiente”, relata Birgit.

Através de suas iniciativas de responsabilidade social corporativa, muitas empresas promovem a conscientização ambiental entre seus funcionários, clientes e a comunidade em geral. “Conforme implantamos novos serviços e produtos, apresentamos aos nossos colaboradores de uma forma que todos entendam o que é e o motivo de estarmos fazendo. Assim, conseguimos fazer com que entendam a importância e usem os materiais de forma responsável, levando, muitas vezes, para dentro de suas casas algumas práticas que existem aqui e, dessa forma, disseminamos responsabilidade social e sustentável”, finaliza a empresária.

Além de importantes para a economia, as empresas privadas são parceiros fundamentais na busca por um futuro mais sustentável. Sua capacidade de inovar, investir e influenciar pode acelerar significativamente a transição para uma economia de baixo carbono e a proteção dos ecossistemas.
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