
Crédito da foto: Emi PhotoArt
As viagens de incentivo são uma das ferramentas mais poderosas para motivar, reconhecer e engajar colaboradores, e para que sejam realmente eficazes, é fundamental que os roteiros levem em consideração o perfil do público, já que questões como faixa etária, gênero, ramo de atuação e estilo de vida influenciam diretamente na forma como cada pessoa vivencia uma experiência. Por isso, roteiros bem planejados devem surpreender e sair do lugar-comum, especialmente se o objetivo é marcar positivamente a memória dos participantes e reforçar o vínculo emocional com a empresa.
Para a diretora da Invento Incentivo, empresa especializada em turismo de premiação, Cintia Michele da Silva, é importante oferecer roteiros customizados que contemplam desde públicos mais jovens, que gostam de adrenalina, criatividade e experiências compartilháveis, até profissionais mais maduros, que valorizam conforto, exclusividade e momentos de contemplação. “Ao criar uma proposta de viagem, a gente parte do perfil do grupo: idade média, gênero predominante, cargo, local onde vivem e até o tipo de rotina que costumam levar. O objetivo é proporcionar algo diferente do que essas pessoas vivem no dia a dia, algo que realmente surpreenda”, afirma.
Experiências transformadoras
Cintia explica que em grupos mais jovens, por exemplo, experiências gamificadas, com desafios em grupo, imersões em natureza ou atividades culturais interativas tendem a gerar mais engajamento. Já para públicos mais experientes, a atenção recai sobre conforto, boa gastronomia, paisagens marcantes, roteiros bem planejados e atividades mais exclusivas. “Se você convida alguém que vive no interior para conhecer uma metrópole cheia de arte e gastronomia, isso é transformador. O mesmo vale para quem está sempre em ambientes urbanos e é levado para um refúgio de natureza com uma estrutura impecável. A mágica está em sair da rotina”, explica.
Nesse contexto, é importante lembrar que nem sempre o destino mais desejado é o mais adequado para um grupo, sendo que o verdadeiro impacto está em criar contraste com a realidade que as pessoas vivem no dia a dia. “Uma equipe que trabalha em uma grande capital, como São Paulo ou Recife, pode se surpreender muito mais com uma imersão em um hotel fazenda no interior do Sul do país, rodeado por natureza, silêncio e experiências rurais autênticas, do que com uma viagem para outro grande centro urbano. Por outro lado, colaboradores de cidades pequenas ou interioranas do Nordeste, por exemplo, podem ter uma vivência transformadora ao serem levados para um circuito de arte contemporânea em Belo Horizonte ou um tour de gastronomia criativa em São Paulo. Outra proposta surpreendente pode ser levar um grupo acostumado com o litoral para uma expedição cheia de aventura e paisagens exóticas na Chapada Diamantina”, complementa a diretora.
Foco na diversidade dos grupos
Um ponto de atenção está na diversidade dos grupos, já que quando há grande variação de idade, perfis ou interesses, o segredo está em montar uma programação equilibrada, com momentos coletivos e opções personalizáveis. “É comum termos grupos com idades entre 25 e 60 anos, com diferentes cargos e funções. Nesse caso, criamos roteiros que tenham momentos em comum, como jantares especiais e atividades de integração, e também oferecemos experiências paralelas que cada um pode escolher de acordo com o que mais combina com seu perfil”, afirma Cintia.
Homens e mulheres também costumam ter preferências distintas, o que reforça a importância de pensar em detalhes que contemplem ambos, com roteiros com opções de bem-estar, experiências sensoriais, passeios culturais, esportes, gastronomia local e momentos de lazer equilibram os gostos e contribuem para que todos se sintam parte da experiência. “Nosso desafio é sempre o mesmo: surpreender. Não importa a idade, o cargo ou o setor, se a pessoa vive algo memorável e diferente do habitual, ela volta para casa com outra visão da empresa e de si mesma. E é esse impacto que faz toda a diferença”, conclui Cintia.
Como criar uma viagem de incentivo para diferentes perfis:
1- Conheça bem o grupo – Levante dados como faixa etária, local de origem, interesses e estilo de vida.
2 - Considere a diversidade – Equilibre o roteiro com atividades variadas que agradem diferentes públicos.
3 - Evite repetir o óbvio – Escolha destinos e experiências que contrastem com o cotidiano dos participantes.
4 - Crie momentos de escolha – Ofereça trilhas paralelas na programação para que cada um viva a experiência à sua maneira.
5 - Aposte na personalização – Pequenos gestos personalizados aumentam a sensação de reconhecimento.
6 - Misture lazer e propósito – Inclua atividades que combinem diversão com aprendizado, cultura ou conexão.
7 - Inclua tempo livre com qualidade – Permita que os participantes aproveitem o destino sem sobrecarregar a agenda.
8 - Adapte a comunicação – A linguagem do convite e da programação deve dialogar com o perfil do grupo.
9 - Cuide da logística – Conforto, acessibilidade e organização são essenciais para qualquer faixa etária.
10 - Surpreenda sempre – Um toque inesperado, como uma atração surpresa ou brinde exclusivo, cria impacto emocional.