Segundo CEO da GCS Capital, Charluan Gamballe, ambiente econômico dos Emirados oferece vantagens concretas frente ao Brasil e EUA, mas o tempo para aproveitar essas condições pode estar se estreitando
Diante da instabilidade econômica no Brasil e da crescente insegurança regulatória nos Estados Unidos, investidores brasileiros vêm voltando seus olhos para o Oriente Médio — especialmente para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. A cidade tem se consolidado como um dos principais polos financeiros globais, atraindo famílias empresárias, executivos e gestores que buscam proteção patrimonial, previsibilidade e acesso a investimentos em mercados internacionais.
De acordo com Charluan Gamballe Correia, CEO da GCS Capital, gestora especializada em estruturação de ativos e internacionalização de negócios, Dubai reúne atributos cada vez mais escassos em mercados tradicionais: benefícios fiscais, estabilidade cambial, segurança jurídica e um ambiente de negócios globalizado, dinâmico e desburocratizado. “Dubai já não é apenas um destino de luxo ou turismo. É uma plataforma estratégica para quem busca preservar e expandir capital com eficiência, segurança e diversificação internacional”, afirma.
Com uma economia aberta, moeda atrelada ao dólar e incentivos governamentais sólidos, Dubai oferece um terreno fértil para investimentos de longo prazo — contrastando com o cenário brasileiro, marcado por juros elevados, carga tributária crescente e mudanças regulatórias frequentes. Gamballe explica que mesmo investidores que historicamente priorizavam os Estados Unidos têm considerado os Emirados Árabes Unidos, uma alternativa eficiente, sobretudo no campo tributário. “Enquanto nos Estados Unidos há cobrança sobre ganhos de capital e herança, nos Emirados esses impostos são isentos para pessoas físicas. Isso muda toda a lógica da alocação global de ativos”, pontua.
Oportunidade
Gamballe ressalta que o momento é favorável, mas pode não durar. “Os Emirados vivem uma abertura econômica sem precedentes, estrategicamente conduzida. Com o avanço do Plano Dubai D33 — que busca posicionar a cidade entre as três maiores economias do mundo até 2033 — é esperado que haja ajustes regulatórios e revisão de incentivos”, afirma. O plano prevê dobrar o PIB em 10 anos, atrair grandes grupos globais e consolidar Dubai como hub de inovação, tecnologia e finanças.
Nesse contexto, a GCS Capital atua como ponte entre o investidor brasileiro e o ecossistema dos Emirados, oferecendo soluções completas em planejamento patrimonial internacional e atuação como private global advisor — com foco em internacionalização, parcerias estratégicas e alocação global de ativos. “Mais do que rentabilidade, trata-se de garantir previsibilidade, acesso aos principais mercados e segurança patrimonial para as próximas gerações”, conclui. Nos últimos dois anos, a consultoria viu um crescimento forte no interesse dos brasileiros por esse caminho. De 2023 para 2024 houve um aumento de 100% na busca e a expectativa é que 2025 feche com, pelo menos, a mesma taxa.
Sobre a GCS Capital
GCS Capital é uma gestora de recursos autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e certificada pela ANBIMA. Signatária do PRI (Principles for Responsible Investment) e do Pacto Global da ONU, a empresa oferece soluções globais em wealth management, estruturação e gestão de fundos de investimento, private equity e multi family office. Com ampla expertise nos mercados financeiro, imobiliário, tecnologia e agronegócio, a GCS Capital também atua como strategic advisory e estruturação de negócios, com presença no Brasil, Emirados Árabes e outros mercados internacionais. É a empresa responsável pela idealização e estruturação do Complexo Turístico Mirante da Santa.