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Expansão do e-commerce, descentralização regional e investimentos em infraestrutura explicam o salto e pedem reinvenção do setor.
O transporte de carga fracionada no Brasil registrou alta de 40,05% em 2024, segundo levantamento da plataforma Transvias, que consolida dados de mais de 12 mil transportadoras em atividade no país. Impulsionado pelo crescimento do e-commerce, pela reorganização da malha logística e por investimentos em infraestrutura de transporte, o setor vive um momento de expansão que desafia operadores e gestores de risco a ampliar a capacidade de resposta e eficiência.
Na prática, o volume de consultas por esse tipo de transporte — em que pequenas remessas de diferentes remetentes são consolidadas em um único embarque — saltou de 693 mil em 2023 para mais de 970 mil no ano passado. O avanço mais expressivo veio da região Nordeste, com alta de 90,46% nas solicitações, o que evidencia a interiorização do consumo e a chegada de centros de distribuição em estados como Pernambuco, Ceará e Bahia.
Para Tatiane Bueno, diretora executiva da Tecnorisk, empresa especializada em gerenciamento de riscos para transporte, o movimento exige um novo olhar estratégico das empresas do setor. “A alta no transporte fracionado é reflexo direto das mudanças no padrão de consumo e distribuição. O desafio agora é mitigar riscos em operações com maior capilaridade, rotas menos previsíveis e volumes menores, mas de alto valor agregado”, afirma.
O setor também foi favorecido pelo maior volume de investimentos públicos em infraestrutura. Em 2023, o governo federal aplicou R$ 13,7 bilhões em obras de transportes, o maior valor desde 2014, segundo o Ministério dos Transportes. O resultado, segundo executivos do setor, é uma malha mais fluida e confiável, especialmente em corredores de escoamento do Sudeste para as demais regiões.
Apesar dos ganhos, o transporte fracionado também exige maior controle operacional e segurança. “O número de embarques e entregas cresce de forma proporcional ao risco. A digitalização e o monitoramento em tempo real deixaram de ser diferenciais e passaram a ser obrigatórios”, completa Tatiane.
O cenário aponta para uma reconfiguração estrutural da logística no Brasil, em que empresas precisam não apenas crescer, mas crescer de forma segura, ágil e inteligente. A consolidação dessa modalidade, mais pulverizada e flexível, promete mudar a lógica de distribuição nacional nos próximos anos.
Sobre a Tecnorisk
Com 25 anos de atuação, a Tecnorisk é referência em gerenciamento de riscos para o transporte rodoviário no Brasil e no Mercosul. Atendendo a mais de 1.500 clientes em diversos setores, a empresa oferece soluções personalizadas para reduzir a sinistralidade, garantir a segurança operacional e cumprir as exigências das apólices de seguro.
Seu portfólio inclui análises cadastrais detalhadas, monitoramento em tempo real e tecnologias de ponta para gestão de riscos. Entre os destaques estão a torre de controle customizada, que integra logística e segurança, o aplicativo Rastec, o controle de jornada e programas personalizados de gerenciamento de risco, sempre acompanhados por gestores de contas dedicados.
Aliando inovação e atendimento especializado, a Tecnorisk se consolidou como uma parceira estratégica no transporte de cargas, promovendo eficiência e segurança para o setor.