Para 2024 e 2025, a projeção é de que 22,46 mil mulheres recebam o diagnóstico de câncer de mama na região Sul. Números reforçam a importância da prevenção 
 
No Brasil, o câncer de mama ocupa a primeira posição em mortalidade entre as mulheres, enquanto o de colo de útero é o terceiro mais incidente, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA).  
Ainda segundo o órgão, para o triênio 2023-2025, a estimativa é uma incidência de 2.290 novos casos anuais de câncer de colo do útero no Sul. Para 2024 e 2025, a projeção é de que 22,46 mil mulheres recebam o diagnóstico de câncer de mama também na região. 
 Já as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte geral no Brasil, responsáveis por cerca de 30% dos óbitos no país, conforme apontamento do Ministério da Saúde. 
“O acompanhamento médico adequado reduz a chance de diagnósticos tardios de várias doenças – como distúrbios hormonais e ginecológicos, transtornos mentais e emocionais, osteoporose, diabete, infecções etc –, diminuindo complicações clínicas e mortalidade por causas preveníveis”, reforça Aneris Colla gerente médica da Hapvida. 
“Com o devido cuidado, outras repercussões graves podem ser evitadas, como a descompensação de comorbidades cardiometabólicas, o agravamento de transtornos mentais e a permanência em situações de violência doméstica não identificadas”, alerta.  
Nesse sentido, a prevenção e a promoção à saúde configuram pilares fundamentais ao bem-estar em todas as etapas da vida. Em relação ao cuidado feminino, cada fase inspira uma atenção específica. O Projeto + Ela, desenvolvido pela Hapvida, oferece acolhimento e assistência especializada da adolescência à menopausa. 
A iniciativa garante às beneficiárias o acesso otimizado a um cuidado global da saúde da mulher, incluindo o rastreamento do câncer de mama e de colo do útero. As abordagens contemplam, em paralelo, aspectos relacionados à saúde sexual e reprodutiva, climatério, menopausa, vacinação e violência doméstica. 
A analista comercial Camila Schulz, 39, fez uma consulta no + Ela e conta que foi a melhor escolha que poderia ter feito. “O projeto é, de verdade, um acolhimento real. Um cuidado humanizado. Tem escuta, tem empatia, tem atenção aos detalhes que fazem toda a diferença na vida da gente. Me senti cuidada como mulher, como pessoa – não só como paciente. Foi uma experiência muito leve e significativa”, relata. 
Segundo Gislaine Bueno, gerente administrativa da Hapvida, “a iniciativa funciona a partir da integração entre diferentes profissionais da saúde, ampliando a capacidade de atendimento e assegurando maior resolutividade aos serviços”. Ela ressalta, ainda, que os agendamentos costumam ser marcados em poucos dias.  
Sem longos períodos de espera, a logística garante agilidade na análise de exames e na coordenação do cuidado. “Esse modelo representa um avanço significativo na saúde preventiva, promovendo eficiência, segurança e empoderamento”, reforça. 
Além do acompanhamento ginecológico essencial, o programa adota uma abordagem integrativa de prevenção e promoção da saúde da mulher com foco em hábitos de vida, saúde mental, triagem de violência, além do equilíbrio metabólico e ósseo. 
Todo esse cuidado é confirmado e aprovado por Camila, ao lembrar que, além da conduta para tratar o corrimento diagnosticado por meio dos exames realizados, ela ainda recebeu orientações importantes sobre outros assuntos que envolvem o cuidado com a saúde da mulher. “Foi um acompanhamento que, com certeza, otimizou meu tempo e trouxe mais clareza para o meu autocuidado”. 
 
A assistência se fundamenta no fortalecimento da atuação multiprofissional nas etapas iniciais do cuidado ginecológico. Em parceria com médicos especialistas, um time de Enfermagem recebe a devida qualificação teórico-prática para oferecer suporte com o acolhimento e a capacidade técnica adequados às necessidades específicas de cada paciente. 
“Cada mulher é única. Nesse sentido, um cuidado personalizado é fundamental. Com o projeto, enfermeiras são capacitadas para oferecer uma abordagem inicial integral e humanizada. Supervisão e treinamentos periódicos, realizados por meio da universidade corporativa, garantem a excelência da iniciativa”, pontua Lícia Cibele Gusmão, gerente de Enfermagem da Hapvida. 
 
Na região Sul, a iniciativa está disponível em 12 unidades: 9 no Rio Grande do Sul e 3 em Santa Catarina. 
A estrutura do + Ela está implantada em Porto Alegre (Clínica Mais e Wallig), São Leopoldo, Novo Hamburgo, Gravataí, Cachoeirinha, Viamão, Guaíba, Canoas, Indaial, Blumenau e Jaraguá do Sul. 
Com base nos dados do RS e SC, o projeto apresenta tendência de crescimento nos atendimentos, tanto em volume quanto em representatividade dentro da especialidade ginecológica. 
Em fevereiro de 2025, o serviço de Prevenção e Cuidado representou 36% dos atendimentos ginecológicos nas clínicas de SC e 22% nas clínicas do RS. 
Desde a implantação, o programa é avaliado de forma positiva: em janeiro, a linha de cuidado recebeu nota 4,67, no Rio Grande do Sul, e 4,6, em Santa Catarina, na Avaliação 5 Estrela, pesquisa que mede a satisfação dos clientes após as consultas. Gradativamente, a Hapvida pretende expandir a iniciativa para outras regiões brasileiras.