Projeto prático de empreendedorismo envolve estudantes de dois a 14 anos, como forma de em atividades de conscientização e vivência sobre uso do dinheiro 

Após atingir recorde em 2021, o endividamento das famílias brasileiras chegou a 78,3% em fevereiro de 2023, segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio. Diante desse cenário, a Escola Atuação, em Curitiba, promove uma série de ações práticas voltadas à educação financeira como parte do seu Programa de Empreendedorismo, que envolve crianças do maternal até o 9º ano, como forma de desenvolver a autonomia dos estudantes.  

Durante a Semana da Educação Financeira, que acontece nos dias 13 a 16 de maio, os estudantes terão  palestras com representantes do Banco Sicoob, colheita de frutas nas árvores da escola, para refletir sobre o conceito de que “dinheiro dá em árvore” se houver planejamento e trabalho, receitas com reaproveitamento de alimentos, conversas com pais sobre contabilidade doméstica e palestra sobre energia solar. As turmas do 3º ano também irão preparar brigadeiros e vendê-los aos pais e funcionários, vivenciando todas as etapas do processo, do custo à precificação e lucro. “Nosso objetivo é que as crianças aprendam na prática como lidar com escolhas, planejamento e organização financeira. Esse aprendizado impacta diretamente o futuro delas e de suas famílias”, explica a diretora da escola, Carolina Pereira Frizon. 

A proposta da Escola Atuação é tornar o tema presente no cotidiano, com experiências reais e significativas. O projeto busca desenvolver a autonomia dos estudantes por meio de vivências que estimulam o pensamento crítico e o senso de responsabilidade. “Eles irão participar de todas as etapas: decidir o que comprar, preparar o produto, calcular o preço e analisar se houve lucro. É uma forma concreta de despertar consciência e responsabilidade desde cedo”, destaca a diretora. 

Com essa ação, a Escola Atuação reforça seu compromisso com uma educação integral. “Educar financeiramente também é cuidar do emocional. Ao aprenderem a se organizar, nossos estudantes se tornam mais seguros e preparados para o futuro”, finaliza Carolina.