Talassemia: São Paulo e Paraná lideram o número de atendimentos
06/05/2025 às 21:15
Dia Internacional da Talassemia (8/5) alerta sobre doença rara do sangue e suas complicações; Hemepar oferece tratamento especializado
A talassemia, um tipo de anemia hereditária crônica causada por uma falha genética que afeta a produção de hemoglobina, acomete cerca de 1.600 brasileiros, segundo dados da Associação Brasileira de Talassemia (Abrasta). Embora rara, a doença preocupa, já que pode trazer complicações graves ao paciente.
O acompanhamento especializado é essencial para a qualidade de vida dos talassêmicos. São Paulo concentra a maioria dos atendimentos (68%), seguido pelo Paraná (24%). O portador de talassemia precisa fazer transfusões sanguíneas constantes, em geral uma vez por mês. O tratamento é oferecido pelo Sistema Único de Saúde.
Entre 2012 e 2022 foram realizados no país quase 134 mil procedimentos, a maioria transfusões de concentrado de hemácia. Só no Paraná foram cerca de 30 mil intervenções clínicas. Os pacientes portadores de talassemia são assistidos no ambulatório do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), local de referência no Estado.
Para divulgar e conscientizar a população sobre a doença, seus sintomas e cuidados foi instituído o Dia Internacional da Talassemia em 8 de maio. Quando não diagnosticada e tratada corretamente, a talassemia atrapalha o desenvolvimento físico e provoca o aumento do baço, infecções recorrentes, distúrbios cardíacos e endócrinos.
De acordo com a biomédica Yasmin Carla Ribeiro, professora do curso de Biomedicina do UniCuritiba – instituição da Ânima Educação -, o diagnóstico da talassemia é feito, principalmente, pelo exame de eletroforese de hemoglobina. “O Teste do Pezinho, feito logo após o nascimento, é usado como triagem, mas para confirmar o traço talassêmico é necessário realizar exames complementares.”
Ela explica que um hemograma completo com esfregaço sanguíneo e estudos do nível de ferro sérico e saturação de transferrina são usados para o diagnóstico, mas pode-se fazer ainda uma avaliação da medula óssea, eletroforese (análise da hemoglobina) e até testes genéticos.
O acompanhamento dos pacientes com talassemia, reforça a biomédica e professora Yasmin Ribeiro, é essencial para prevenir complicações da doença, que vão do atraso no crescimento à fraqueza muscular, anemia severa, deformações ósseas e alterações craniofaciais.  “No caso de pessoas com o tipo mais grave de talassemia são necessárias transfusões de sangue ao longo de toda a vida. Já a cura requer um transplante de medula”, explica.
 O diagnóstico precoce da talassemia garante o tratamento desde os primeiros meses de vida. Como é um tipo de anemia hereditária (passada de pais para filhos), ela pode ser identificada cedo.
Os principais sintomas da doença são cansaço, fraqueza, palidez e/ou pele amarelada, atraso no crescimento, alterações ósseas, abdômen aumentado, falta de apetite, respiração curta ou ofegante, inchaço do baço e sistema imune enfraquecido e vulnerável a infecções de repetição.
Existem diferentes tipos de talassemia e a Federação Internacional de Talassemia (TIF) classifica os pacientes como DT (dependentes de transfusão) ou NDT (não dependentes de transfusão). A Organização Mundial da Saúde estima que cerca de 60 mil crianças nascem com talassemia a cada ano no mundo.

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