Os brasileiros residentes nos estados do Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina fazem mais compras online mensalmente do que restante da média nacional: 22,9% ante 18,5%. A diferença pode indicar uma maior concentração urbana, melhor infraestrutura digital e oferta de serviços de entrega nessas regiões, chamadas de Onças Brasileiras. O termo foi criado pela Apex Partners, plataforma de investimentos e serviços financeiros, e foi inspirado no conceito dos Tigres Asiáticos, fazendo alusão às regiões que mais crescem economicamente no Brasil. Já os dados são da pesquisa “Comércio e Mobilidade: Utilização dos serviços de comércio e transporte no Brasil”, conduzida pela Futura Inteligência, empresa da Apex. O levantamento foi realizado entre fevereiro e março, com 9,8 mil pessoas em todo o Brasil, incluindo recortes específicos nos estados das Onças e do eixo Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
MAIOR MÉDIA DE GASTOS NOS SUPERMERCADOS
A pesquisa da Futura fez um levantamento específico sobre as compras realizadas em supermercados e identificou diferenças significativas nos gastos. A média mensal do brasileiro é de R$ 894,10 e, no eixo Minas-Rio-São Paulo, de R$ 882,50. Já nos estados das Onças o valor sobe para R$ 999,80. A frequência também é maior nessas regiões: 38,8% dos entrevistados vão de uma a duas vezes por semana, contra uma preferência mensal no restante do país (36%) e no eixo (35,7%). “A gente acredita que o gasto médio nas Onças está relacionado a um maior poder aquisitivo das famílias. Sobre a frequência, o estudo não apresenta nenhum indicativo que possa justificar essa diferença”, explica Paula Orrico, head de dados da Apex Partners.
INFLUÊNCIA DO CLIMA NA SAFRA
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou a edição de março do Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), com dados e informações parciais desse mês de março sobre o clima nas lavouras. De acordo com o estudo, os maiores volumes de chuva ocorreram no Centro-Norte do país, favorecendo os cultivos de primeira e segunda safras. A umidade no solo foi suficiente para o desenvolvimento das lavouras na maioria das áreas, exceto em parte do Nordeste e no Norte de Minas. Também houve restrição hídrica em algumas áreas de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, devido às chuvas irregulares e mal distribuídas, que afetaram a semeadura e o início do desenvolvimento de parte do milho da segunda safra. Os dados espectrais mostram condições favoráveis de desenvolvimento das lavouras, sobretudo dos cultivos de primeira safra. Apesar do atraso na semeadura da soja, o índice de vegetação (IV) da safra atual evoluiu acima da média e da safra passada durante a maior parte do período reprodutivo das lavouras. Contudo, em Mato Grosso do Sul e no Rio Grande do Sul, houve uma desaceleração no crescimento do índice da safra atual em dezembro e janeiro, devido à falta de chuvas e às temperaturas elevadas. Atualmente, o índice da safra atual mostra que a semeadura do milho segunda safra evoluiu satisfatoriamente, na maioria dos estados, e que a maior parte das lavouras está se desenvolvendo sob condições favoráveis.
CONCURSO PARA BENGALAS INTELIGENTES
A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Governo do Paraná, por meio da Secretaria de Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI) e da Secretaria de Desenvolvimento Social e Família (SEDEF), lançam nesta quarta-feira (02.04) o edital do concurso “Desafio de Inovação: Bengalas Inteligentes”. Pioneira no Brasil, a iniciativa tem como objetivo reconhecer e premiar protótipos de bengalas ou dispositivos complementares, utilizados por pessoas com deficiência visual, que permitam detectar obstáculos acima da linha da cintura. Atualmente, o Estado do Paraná tem mais de 82 mil pessoas com deficiência visual, e as bengalas disponíveis no mercado limitam-se à identificação de objetos posicionados abaixo do quadril. Diante disso, o concurso busca promover o desenvolvimento de tecnologias que ampliem a eficiência e a segurança desses artefatos, promovendo mais autonomia para seus usuários. Serão distribuídos R$ 2,8 milhões para as soluções mais inovadoras. Além disso, os três primeiros colocados receberão apoio técnico da ABDI para aprimorar e expandir seus protótipos.
PERFIL SOCIOECONÔMICO DO PARANAENSE
Pesquisadores do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) já estão em campo há algumas semanas e vão passar por 44 cidades do Paraná até a próxima segunda-feira (7) para realizar entrevistas domiciliares para a Pesquisa por Amostra de Domicílios do Paraná (PAD-PR). O trabalho, que é inédito, tem como objetivo identificar o perfil socioeconômico dos paranaenses. Os profissionais, que fazem a pesquisa são identificados com coletes do Ipardes, crachá com foto e informativos sobre a pesquisa, com entrevistas que duram de 10 a 15 minutos, em média. São coletadas informações como condições de moradia, trabalho, renda, nível de escolaridade, hábitos e condições alimentares. De acordo com o Ipardes, a participação da população é fundamental para que a pesquisa seja bem-sucedida, contemplando todas as particularidades das diferentes regiões do Estado. O preenchimento das informações acontece de forma anônima, sem identificação de cada entrevistado. Além disso, todas as informações coletadas são protegidas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e tratadas de forma sigilosa, exclusivamente para fins estatísticos.
80% DOS MUNICÍPIOS PARANAENSE GERARAM EMPREGOS EM FEVEREIRO
Oito em cada dez municípios do Paraná registraram um saldo positivo na geração de empregos com carteira assinada em fevereiro, segundo os dados mais recentes do Caged divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Esse desempenho fez com que o Estado alcançasse o seu melhor desempenho mensal dos últimos quatro anos, totalizando 39.176 vagas de trabalho formal. Dos 399 municípios paranaenses, 320 tiveram um volume de contratações maior do que as demissões no mês passado. O principal destaque foi para Curitiba, onde o saldo foi de 10.046 vagas em fevereiro – resultado de 59.701 admissões e de 49.655 desligamentos no mês. As contratações na Capital foram puxadas principalmente pelo setor de serviços que gerou 7.715 vagas. Toledo, na região Oeste, aparece na vice-liderança no ranking municipal do Paraná, com 2.311 empregos gerados no mês, também com ênfase na prestação de serviços, com 1.798 vagas criadas na cidade. Londrina (1.963), Maringá (1.739), Cascavel (1.468) e São José dos Pinhais (1.369) completam a lista dos municípios com saldo acima de mil empregos com carteira assinada criados em fevereiro.
RECEITA DO TURISMO INTERNACIONAL BATE RECORDE
Fevereiro de 2025 registrou mais um recorde para o turismo no país, com a injeção de US$ 823 milhões trazidos por viajantes internacionais para a economia brasileira. O aumento foi de 22,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Em fevereiro desembarcaram nos destinos nacionais mais de 1,3 milhão de estrangeiros.


Os dados foram reunidos pelo Ministério do Turismo, com a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) e a Polícia Federal, a partir das Estatísticas do Setor Externo, divulgadas pelo Banco Central na última semana. “O turismo internacional tornou-se um grande motor da economia do Brasil. É o setor que mais cresce e gera muitos empregos.Afinal é onde 95% dos negócios são em micro, pequenas e médias empresas”, afirmou o presidente da Embratur, Marcelo Freixo. No acumulado do bimestre, o turismo estrangeiro injetou mais de US$ 1,6 bilhão, correspondendo a um crescimento de 10,4% na comparação com os dois primeiros meses de 2024. No período a entrada de viajantes de outros países cresceu 57%, na comparação com o primeiro bimestre do ano anterior, somando 2,8 milhões de desembarques.
PREVISÃO DE CRESCIMENTO DA ECONOMIA DIMINUI
A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia em 2025 foi reduzida, de acordo com dados do Boletim Focus, divulgados nesta segunda-feira (31), em Brasília. A pesquisa é realizada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.


Para este ano, a estimativa para o crescimento da economia caiu de 1,98% para 1,97%. Para 2026, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB - a soma dos bens e serviços produzidos no país - foi mantida em 1,6%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 2% para os dois anos. Em 2024, a economia brasileira cresceu 3,4%. O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021 quando o PIB alcançou 4,8%. A previsão da cotação do dólar está em R$ 5,92 para o fim deste ano. No fim de 2026, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 6.
ESTIMATIVA DE INFLAÇÃO SE MANTÉM INALTERADA
A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – para 2025 foi mantida em 5,65% nesta edição do Boletim Focus. Para 2026, a projeção da inflação ficou em 4,5%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 4% e 3,78%, respectivamente. A estimativa para 2025 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%. Puxada pela alta da energia elétrica, em fevereiro a inflação oficial ficou em 1,31%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o maior resultado desde março de 2022 quando tinha marcado 1,62%, e o mais alto para um mês de fevereiro desde 2003 (1,57%). Em 12 meses, o IPCA soma 5,06%.