Brasil é o país líder em exportação de carne bovina
24/03/2025 às 05:00

O ano de 2024 foi histórico para o setor de carne bovina brasileira, que consolidou o país como líder global com as exportações. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), foram, no total, de 2,89 milhões de toneladas embarcadas, um crescimento superior a 26% ante 2023. A China manteve sua posição como principal destino, com 1,33 milhão de toneladas, gerando um faturamento de US$ 6 bilhões. Em seguida, destacaram-se os Estados Unidos, que importaram 229 mil toneladas, somando US$ 1,35 bilhão. Outros mercados importantes incluem os Emirados Árabes Unidos (132 mil toneladas e US$ 604 milhões), a União Europeia (82,3 mil toneladas e US$ 602 milhões), o Chile (110 mil toneladas e US$ 533 milhões) e Hong Kong (116 mil toneladas e US$ 388 milhões).
DESAFIOS PARA SEGUIR CRESCENDO
Para que este bom resultado se mantenha em 2025, os produtores e as indústrias do Brasil precisarão superar alguns desafios. De acordo com Vanessa Silva, gerente de operações da Ramax Group, multinacional brasileira com filiais na China, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos e Líbano, para o setor continuar crescendo, antes de mais nada é preciso ter atenção com alguns fatores internos. Entre eles está a disparidade do preço do boi no Brasil em comparação às cotações internacionais. “O mercado não está acompanhando essa relação de valorização, desta forma, a compra está muito apertada e muitas vezes essa conta não fecha. Por isso precisamos focar na eficiência operacional”, destaca. Outro gargalo da cadeia produtiva da carne brasileira, segundo a profissional, é o desafio logístico. “O custo das operações é muito alto, a combinação de longas distâncias, estradas de qualidade inferior e preços elevados de frete, pedágio e combustível torna a operação mais onerosa. Isso leva muitos frigoríficos a optar pela exportação, mesmo com as flutuações do dólar, já que o mercado interno está passando por dificuldades devido à desvalorização do real”, detalha a gerente de operações.
INTENÇÃO DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS NO PR CAI
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) no Paraná manteve trajetória de queda em março, refletindo a cautela dos consumidores diante do cenário econômico. O índice, medido mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), recuou para 92,3 pontos no Paraná, com desaceleração de 2,5% em relação a fevereiro. Na comparação com março de 2024, a redução foi ainda mais expressiva, de 10,4%. O resultado paranaense acompanha o movimento nacional, que também está em declínio nos últimos seis meses e reduziu 1% em março diante de fevereiro. Entre os aspectos que mais influenciaram a queda da intenção de consumo no estado, a Perspectiva de Consumo foi o fator de maior impacto, atingindo apenas 59,4 pontos – bem abaixo do nível considerado positivo (100 pontos) – e apresentando redução mensal de 7,8%. Na comparação com março de 2024, a expectativa de consumo para os próximos meses teve uma diminuição ainda maior, de 39,5%. Além disso, o momento atual não é considerado favorável para a compra de bens duráveis, com esse subindicador registrando 59,9 pontos, com retração de 5,3% em relação a fevereiro.
TURISTAS PERUANOS VISITAM MAIS O BRASIL
O turismo de peruanos no Brasil está em ascensão. Apenas nos dois primeiros meses de 2025, mais de 31 mil visitantes do país vizinho desembarcaram em solo brasileiro, um salto de 49,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. De olho nesse crescimento e impulsionados pelo edital do Programa de Aceleração do Turismo Internacional (PATI), a Embratur e a LATAM vêm intensificando ações para fortalecer a presença do Brasil no mercado peruano. Na última semana, na Embaixada do Brasil em Lima, ocorreu evento exclusivo para o trade peruano (operadores de viagens, empresários de turismo, agentes…). Para aproximadamente 100 convidados, entre representantes de agências de viagem e equipe B2B da LATAM, a iniciativa tem como foco capacitar agentes e promover a comercialização de pacotes sobre os destinos e experiências oferecidas no Brasil. Nesta ação estratégica voltada para capacitação do trade local, além de apresentar a rota Lima-Curitiba, lançada em outubro do ano passado, a LATAM destacou as demais conexões disponíveis para o Brasil, ampliando o conhecimento do trade peruano sobre a malha aérea e reforçando as oportunidades para atrair mais turistas ao país.
CRESCIMENTO IMOBILIÁRIO NA REGIÃO METROPOLITANA
A Região Metropolitana de Curitiba (RMC) vive um momento de grande expansão no setor imobiliário. O volume de novos empreendimentos analisados pela Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep) cresceu 33% entre 2023 e 2024, refletindo a valorização da região e o interesse crescente por moradia e investimento. O aumento na oferta de novos empreendimentos acompanha a demanda crescente por moradia e investimento. Segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná (Sinduscon-PR), Curitiba registrou um crescimento de 50% na quantidade de imóveis novos à venda entre janeiro e novembro de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023. Com preços mais acessíveis que os da capital e infraestrutura em expansão, municípios como Almirante Tamandaré, São José dos Pinhais e Pinhais se consolidam como alternativas estratégicas para quem busca qualidade de vida e retorno financeiro.
VOLUME DE DOAÇÕES CRESCE NO BRASIL
O volume de doações no Brasil cresceu em 2024, mas ainda está longe de ser o ideal. De acordo com o Monitor das Doações, foi registrado um aumento de R$ 317.107.992, totalizando R$ 796.277.454 no ano. O país conta com mais de 890 mil organizações sem fins lucrativos, de acordo com o Mapa das OSC, grande parte delas dependente de doações para manter suas atividades. O número é maior do que o de 2023, quando o país teve uma queda de cerca de 70% em relação a 2022, ano em que iniciou-se o monitoramento. A iniciativa é da Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), com o apoio do Grupo de Institutos Fundações e Empresas (GIFE) e contabiliza doações anunciadas publicamente com valor igual e/ou superior a R$ 3 mil. Outro número positivo é a quantidade de doadores, que também aumentou, passando de 159 para 209. O crescimento de cerca de 31% pode indicar que a solidariedade alcançou um maior número de pessoas. Entre os principais doadores do ano, estão a Gerdau, como maior doadora, com mais de R$ 74 milhões, seguido do Banco do Brasil e o Instituto Ling, com mais de R$ 50 milhões cada. Entre as pessoas físicas, destacam-se nomes como Gislaine Rosa, o professor Stelio Marras e Neymar, respectivamente.  
MAIOR PARTE DAS DOAÇÕES FORAM EMERGENCIAIS
Mas ao analisarmos o Monitor, a maior parte das doações foram emergenciais, a fim de auxiliar na crise climática que afetou o Rio Grande do Sul, no mês de maio de 2024. O estado foi também o que recebeu mais doações, sendo 361, que representam mais da metade do total realizado e somam R$ 420.291.872,00. “O Monitor trouxe esse ano um retrato claro da solidariedade brasileira. É comum nos mobilizarmos em momentos de grandes emergências, como nas enchentes do sul ou como na pandemia, uns anos atrás. O grande desafio é conseguir tornar essa prática regular, fazendo com que as doações estejam cada vez mais no dia a dia das pessoas”, afirma Fernando Nogueira, diretor-executivo da ABCR. Dentre as mais de 800 mil OSCs existentes no Brasil, uma boa parte delas (31%) vive com menos de 5 mil reais por ano, segundo uma pesquisa realizada pela Iniciativa PIPA. O estudo ainda revelou que os recursos são centralizados no eixo Rio-São Paulo, e que quando atingem as outras regiões, ficam nas capitais e não chegam às periferias ou em áreas de vulnerabilidade socioeconômica. Quando uma organização pequena deixa de receber doações, tanto de pessoas físicas quanto de jurídicas, as contas passam a trabalhar sempre no limite, trazendo prejuízos a longo prazo.
CONTA DE LUZ PESA NO ORÇAMENTO
Em fevereiro, os brasileiros sentiram o impacto do fim do Bônus de Itaipu na conta de luz: o valor da fatura subiu 16,80%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Esse bônus, aplicado em janeiro, havia gerado um alívio temporário ao distribuir créditos referentes ao saldo positivo da hidrelétrica em 2023. Na época, o governo estimou que até 78 milhões de brasileiros poderiam ter uma redução de até R$ 49 na conta de energia. Mas essa não foi a única alta recente. Nos últimos 12 meses, o IPCA já acumula um aumento de 5,06% nas tarifas elétricas, tornando o custo da energia um peso ainda maior para famílias e empresas. Como resultado, encontrar formas de reduzir o consumo e economizar na conta de luz se torna cada vez mais essencial. Além do impacto no bolso dos consumidores, o aumento nas tarifas pressionou a inflação oficial (IPCA), que chegou a 1,31% em fevereiro – a maior alta desde março de 2022. O encarecimento da energia afeta diretamente o orçamento das famílias, especialmente as de menor renda, que destinam uma parte significativa de sua renda para pagar a conta de luz. Já no setor industrial, a energia pode representar até 40% das despesas operacionais, comprometendo a competitividade e a lucratividade das empresas, conforme dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
VOLKSWAGEN COMPLETA 72 ANOS NO BRASIL
Fundada no Brasil em 23 de março de 1953, a Volkswagen completa este ano 72 anos de atuação na indústria automotiva do País. Em celebração a este marco, a Webmotors revela uma lista inédita com os 10 modelos mais procurados da montadora alemã no Brasil. O levantamento exclusivo do Webmotors Autoinsights, ferramenta que fornece dados e informações sobre o mercado automotivo brasileiro, considera as buscas pelos carros da marca realizadas entre março de 2024 e março de 2025 por usuários de todo o País. Segundo os dados da plataforma, o Polo desponta na liderança como o veículo da Volkswagen mais procurado pelos brasileiros no período. Na sequência, Gol (2º), Jetta (3º), Golf (4°), T-Cross (5°), Nivus (6°), Tiguan (7°), FOX (8º), Virtus (9°) e Saveiro (10°) completam a lista. Entre as cidades brasileiras que mais procuram por veículos da marca, São Paulo encabeça a lista, seguida por Rio de Janeiro (2ª), Curitiba (3ª), Campinas (4ª), Guarulhos (5ª), Belo Horizonte (6ª), Brasília (7ª), Porto Alegre (8ª), Osasco (9ª) e São Bernardo do Campo (10ª).
 
 
 
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