Turismo fecha 2024 com faturamento recorde no Brasil
13/03/2025 às 05:00

O Turismo nacional fechou 2024 com um faturamento de R$ 207 bilhões — um recorde histórico para o setor desde que a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), analisa os dados. O número significou uma alta de 4,3% em comparação com o ano anterior (R$ 8,6 bilhões em termos monetários). Os dados são da pesquisa Faturamento do Turismo Nacional, realizada pela FecomercioSP, com base nos números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crédito também foi importante para esse cenário, complementando os gastos das famílias. Em 2024, houve um aumento real de 30% nas concessões de crédito em diversas modalidades, o que beneficiou diretamente o setor.
ECONOMIA AQUECIDA
Segundo a Entidade, o crescimento recorde do setor foi estimulado, principalmente, pelo bom desempenho da economia, cuja expectativa é fechar o Produto Interno Bruto (PIB) em torno de 3,5% (acima dos 2% inicialmente previstos). Nessa conjuntura, há mais gente viajando e, por consequência, consumindo produtos turísticos. Esses resultados indicam um aumento na geração de negócios, incentivando o turismo corporativo, responsável pela maior parcela do faturamento geral. Além disso, o País registra a menor taxa de desemprego da série histórica do IBGE (6,2%) e o poder de compra dos trabalhadores segue elevado, favorecendo tanto o consumo básico quanto o lazer e o turismo.
SEGMENTOS QUE CRESCERAM
Dentre os grupos analisados, a maior variação foi registrada na locação de meios de transporte, que cresceu 10,7%, atingindo um faturamento aproximado de R$ 28 bilhões. Essa expansão foi impulsionada tanto pela maior demanda quanto pela elevação média nos preços do aluguel dos veículos, que subiu 16,59% no ano, segundo o IBGE. Outro destaque ficou por conta do segmento de alimentação, com alta de 8,4% e faturamento de R$ 32,2 bilhões. Em seguida, vieram os serviços de alojamento (7,7%), com R$ 24,5 bilhões, e o transporte aéreo, que cresceu 3,5% e faturou R$ 52,2 bilhões. Outras elevações foram observadas nos segmentos de transporte aquaviário (5,9%); atividades culturais, recreativas e esportivas (5,5%); e agências de viagem, operadoras turísticas e outros serviços de turismo (1,7%).
FEIRÃO DE EMPREGO E CURSOS
Nesta quinta-feira (13), a Associação Evangelizar É Preciso vai promover mais um Feirão de Empregos e Cursos, ação social feita em parceria com empresas e SENAC-PR para encaminhar candidatos a vagas de trabalho e cursos gratuitos. Nesta edição, além dos tradicionais parceiros, o mutirão terá a participação da Prefeitura de Curitiba. Estarão disponíveis o Sine Móvel, unidade do Serviço Nacional de Emprego da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação e a emissão do Tarifa Zero a Caminho do Emprego. O programa, recém-lançado pelo Município, garante a gratuidade nas passagens de ônibus de ida e volta para o trabalhador que tiver entrevista de emprego agenda pelas unidades Sine. Para o Feirão de março, estão disponíveis 1.838 vagas de emprego, para diversas áreas, incluindo oportunidades para pessoas com deficiência (PCD). O mutirão terá a participação da Agilidade Soluções em RH, Angeloni Supermercados, Condor Supermercados, HR Expert Soluções em Recursos Humanos, Grupo GPS Recursos Humanos, Grupo Muffato, Grupo Veper Terceirização de Serviços e Restaurante Madalosso. Entre as vagas ofertadas estão a de analista de mídia sênior, angariador, corretor, costureira, balconista, recepcionista e sushiman. Além das vagas de trabalho no regime CLT, os candidatos também poderão se inscrever em cursos de qualificação profissional nas áreas de beleza, saúde, artes, tecnologia da informação, recepção, gestão e gastronomia do SENAC-PR.
TENTATIVAS DE FRAUDES FINANCEIRAS SÓ CRESCEM
Dados do Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian, primeira e maior datatech do Brasil, revelam que, em 2024, o número de golpes evitados contra bancos e cartões de crédito cresceram 10,4% em relação ao ano anterior, representando 53,4% das fraudes registradas no período. Caso fossem concretizadas, o prejuízo estimado chegaria a R$ 51,6 bilhões. Além disso, segundo outra pesquisa realizada pela Serasa Experian com consumidores, 50,7% dos brasileiros foram vítimas de fraudes no último ano, um salto de 9 pontos percentuais em relação a 2023. Desse total, 54,2% das vítimas afirmaram ter perdido dinheiro. Entre os tipos de fraudes mais recorrentes relatadas pelos respondentes, o uso indevido de cartões de crédito liderou o ranking (47,9%), seguido por golpes financeiros como boletos falsos e fraudes via Pix (32,8%), phishing (21,6%) e invasão de contas bancárias ou redes sociais (19,1%).
PLANO DE EXPANSÃO DA CAFEICULTURA
O Paraná já foi o maior produtor nacional de café, mas hoje a cultura ocupa pouco mais de 26 mil hectares, que rendem perto de 1 milhão de sacas anuais. Para estimular a retomada da produção cafeeira no Estado foi lançado o “Programa de Revitalização da Cafeicultura Paranaense”, durante a reunião da Comissão Técnica (CT) de Cafeicultura do Sistema FAEP, no dia 20 de fevereiro, no Centro de Treinamento Agropecuário (CTA) de Ibiporã, na região Norte do Estado. A proposta tem como principais objetivos promover a rentabilidade dos cafeicultores e melhorar a estrutura de produção, visando maior sustentabilidade dessa cadeia. “Esse programa é o pontapé inicial para que possamos reverter a diminuição tão drástica que ocorreu com o café no Paraná. Temos que buscar esse momento de preços atrativos para dar um incremento a essa atividade”, destaca o presidente da CT de Cafeicultura do Sistema FAEP e presidente do Sindicato Rural de Centenário do Sul, Walter Lima.
MANOBRAS PARA GARANTIR O CONSUMO
Com o dinheiro rendendo menos durante o mês e previsões macroeconômicas negativas, o brasileiro deve assumir um perfil equilibrista em 2025. Isso significa que deve ajustar prioridades e adotar estratégias para garantir as melhores escolhas de consumo dentro e fora de casa. É o que aponta o novo levantamento Consumer Insights, elaborado pela divisão Worldpanel da Kantar.  Na prática, o brasileiro busca priorizar os gastos dentro de casa em detrimento do consumo fora do lar, o que desacelera o ritmo da cesta. Prova disso é que a frequência de compras fora do lar em 2024 cresceu 9% contra 14,2% do ano anterior. O número ainda positivo é sustentado pelas classes A e B, que apresentaram alta de 8% no quesito. Nesse contexto, as ocasiões de pratos e refeições foram o grande destaque, contribuindo com incremento de 3,9%. Isso ocorreu mesmo com avanço de 9,2% nos preços. “Esse movimento mostra que o home office vem perdendo força e pressionando o consumidor a escolher o que cabe no bolso. Com isso, bebidas e sobremesas acabam sendo despriorizadas”, afirma Pedro Soares, Diretor de Contas da Kantar.
MERCADO DE ESTÉTICA SÓ CRESCE NO BRASIL
O mercado de estética no Brasil segue crescendo, e com motivos. Com novas soluções e uma busca cada vez maior por tratamentos que unam beleza e saúde, o setor tem atraído tanto consumidores quanto gente disposta a investir nele. Um exemplo é a história de Fernanda Sanches, farmacêutica bioquímica que transformou sua paixão por cosméticos em uma marca de sucesso, a Cosmobeauty. Sua trajetória mostra como esse mercado, cheio de oportunidades, também exige criatividade e dedicação. Segundo um relatório da consultoria Grand View Research, o mercado global de estética movimentou mais de US$ 85 bilhões em 2022 e deve chegar a 145 bilhões até 2030, crescendo quase 7% ao ano. No Brasil, os números são igualmente impressionantes. Dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) mostram que o setor de beleza e cuidados pessoais faturou R$ 132 bilhões em 2022, com destaque para os tratamentos estéticos. O país é o quarto maior mercado de beleza do mundo, atrás apenas de Estados Unidos, China e Japão. Para a CEO da Cosmobeauty, o crescimento do setor está ligado à forma como as pessoas encaram os cuidados com a pele e o corpo hoje em dia. “Não se trata mais só de parecer bem, mas de se sentir bem. A cosmetologia avançada permite tratamentos personalizados, que atendem às necessidades específicas de cada pessoa. Isso é um diferencial que impulsiona o mercado”, explica Fernanda Sanches. Ela ainda destaca que a tecnologia tem sido uma grande aliada, com equipamentos e fórmulas que entregam resultados mais eficazes e seguros.
COMÉRCIO E SERVIÇOS TÊM QUEDA NA GERAÇÃO DE EMPREGOS
O Paraná iniciou 2025 com saldo positivo na geração de empregos formais, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). No mês de janeiro, foram criados 15.918 novos postos de trabalho no estado, resultado de 179.529 admissões e 163.611 desligamentos. No entanto, o número representa uma queda de 17,4% em relação ao mesmo período de 2024, quando o saldo de empregos foi de 19.260. O comércio teve saldo negativo de -1.726 empregos, seguindo a mesma tendência de retenção registrada no ano anterior, com saldo de -1.106 empregos. Já o setor de Serviços, embora tenha mantido saldo positivo com a criação de 7.403 novas vagas, apresentou redução de 29,6% na comparação com o primeiro mês de 2024. O resultado paranaense segue a trajetória observada no cenário nacional, em que foram gerados 137.303 novos empregos, com queda de 20,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. Um dos setores mais afetados foi o de Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas, que registrou saldo negativo de -52.417 empregos no país, ampliando as perdas de -39.459 observadas em janeiro de 2024. De acordo com o assessor econômico da Fecomércio PR, Lucas Dezordi, o saldo negativo do comércio em janeiro já era esperado, pois reflete o encerramento dos contratos de trabalhadores temporários que foram admitidos para suprir a demanda do fim de ano.
INDÚSTRIA TEM SALDO POSITIVO
Por outro lado, a Indústria Geral demonstrou crescimento, com saldo positivo de 5.469 novos empregos, representando um aumento de 1,1% em relação ao mesmo período do ano passado. “Assim como o movimento nacional, o saldo do emprego no setor da Indústria Geral foi positivo em 5.469, um crescimento de 1,1% em relação ao mês de janeiro de 2024”, destaca o economista. Os municípios paranaenses que mais geraram empregos em janeiro foram Curitiba, totalizando 6.055 novos postos de trabalho, seguida por Londrina (1.462), Maringá (1.263), Cascavel (632) e Toledo (566). “Em linhas gerais, os municípios paranaenses obtiveram um saldo de emprego formal em janeiro de 2025 muito próximo ao observado em janeiro de 2024. Isso demonstra o forte desempenho socioeconômico do Paraná”, destaca Dezordi.
 
 
 
Comentários    Quero comentar
* Os comentários não refletem a opinião do Diário Indústria & Comércio