Mercado automotivo começa 2025 em alta
27/02/2025 às 05:00

O mercado automotivo brasileiro começou o ano em ritmo de crescimento, segundo a 16ª edição do Monitor de Variação de Preços AutoAcrefi, realizado pela Acrefi e Cox Automotive. Em janeiro, foram emplacadas 159.868 unidades, registrando alta de 5,15% em relação ao mesmo período de 2024, apesar da queda de 34% frente a dezembro – devido à sazonalidade do setor. A Fiat manteve sua liderança no mercado pelo 49º mês consecutivo, seguido de perto por Volkswagen e Chevrolet. A Toyota, que também figura entre os destaques, registrou crescimento expressivo nas vendas de seus modelos híbridos, enquanto a BYD consolidou sua posição nos segmentos de eletrificados, dominando o ranking de vendas com o Dolphin Mini – que teve 1.725 unidades emplacadas. 

VENDAS DE VEÍCULOS ELÉTRICOS

 Ainda no segmento de eletrificados, foram emplacadas 12.556 unidades em janeiro, com forte avanço dos híbridos plug-in (PHEV), que representaram 53,4% do total. A Tesla também iniciou sua atuação direta no Brasil, trazendo novos modelos ao mercado e ampliando o interesse pelos elétricos.   No geral, o financiamento de veículos atingiu o maior volume para o mês desde 2014, com 563 mil unidades. Esse crescimento foi impulsionado, sobretudo, pelas motocicletas, cujo financiamento subiu 2,4%. Entre as regiões, o Nordeste liderou uma expansão com alta de 8,8%, enquanto Sudeste e Sul registraram retração. A variação de preços acompanhou tendências diferenciadas entre categorias: enquanto os veículos 0km tiveram alta média de 0,49% em janeiro, os seminovos de até três anos de uso tiveram queda de -0,69% e os usados, estabilidade com nível alto de 0,04%. 

CONSÓRCIO GANHA DESTAQUE NO MERCADO

Com a valorização dos veículos 0 km e a busca por alternativas mais acessíveis, o mercado de seminovos tem se destacado como uma das principais opções para quem deseja adquirir um carro. Para se ter uma ideia desse crescimento, de acordo com dados da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), somente no último ano, foram registrados mais de 15,7 milhões de vendas de veículos seminovos, apresentando um aumento de 9,2% em relação a 2023 e se tornando o maior volume desde 2011. Em meio a esse cenário, a taxa Selic, que chegou a 13,25%, representa um acréscimo de um ponto percentual na taxa básica de juros da economia brasileira. Esse aumento impacta diretamente os financiamentos tradicionais, tornando-os mais caros. Nesse contexto, o consórcio de automóveis tem ganhado espaço como a alternativa mais vantajosa, oferecendo condições acessíveis e planejamento financeiro sem os altos custos dos financiamentos tradicionais.

VANTAGENS DO CONSÓRCIO

Diferente do financiamento, que inclui taxa de crédito elevada e pode comprometer o orçamento a longo prazo, o consórcio permite que o consumidor adquira um veículo de forma planejada, sem juros, pagando apenas uma taxa de administração. Além disso, a possibilidade de contemplação por sorteio ou lance permite que o participante tenha acesso ao crédito de forma estratégica, garantindo maior poder de compra e melhores negociações na aquisição do veículo, com a vantagem de poder obter o valor antes de finalizar todos os pagamentos. Outro benefício significativo, segundo a regulamentação do Banco Central do Brasil, é a possibilidade de utilizar até 10% do valor do crédito para cobrir despesas relacionadas à compra, como registro, tributos e seguro. Isso proporciona maior comodidade e segurança ao comprador, que pode incluir esses custos no planejamento financeiro.

CRESCE USO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS NO BRASIL

Entre janeiro e dezembro de 2024, o Brasil registrou um aumento de 9,2% na área tratada com defensivos agrícolas, totalizando mais de 2 bilhões de hectares. Os dados foram obtidos a partir de uma pesquisa encomendada pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal (Sindiveg) e realizada pela Kynetec Brasil. O estudo aponta a soja como a principal cultura responsável por essa expansão na utilização dos defensivos. A pesquisa revela que o volume de defensivos agrícolas utilizados para o controle de pragas, doenças e plantas daninhas cresceu 8,5% em relação ao mesmo período de 2023. A distribuição desse total é composta por herbicidas (45%), inseticidas (23%), fungicidas (23%), tratamentos de sementes (1%) e outros (8%). Para realizar a análise, foi utilizada a métrica denominada PAT (potencial de área tratada ou área tratada por produto), que leva em consideração o número de aplicações e o número de produtos no tanque utilizados para o controle das diversas pragas, doenças e plantas invasoras. No total, a área tratada está representada por soja (56%), milho (16%), algodão (8%), pastagem (5%), cana (4%), trigo (3%), feijão (2%), hortifruti (2%), citros (1%), café (1%), arroz (1%) e outros (2%).

CALOR PODE AFETAR DESENVOLVIMENTO DO GADO BOVINO

O prognóstico agroclimático do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) para o período de fevereiro a abril de 2025 aponta para temperaturas acima da média histórica em praticamente todo o Brasil, evidenciando um cenário de calor intenso. Esse panorama reforça a importância da qualidade da água consumida pelos bovinos, especialmente diante de ondas de calor que impactam a hidratação e o bem-estar dos animais. “A água é um fator produtivo, assim como a genética dos animais, a nutrição e o manejo de pastagem; e isso interfere no resultado dentro da propriedade”, resume o zootecnista e diretor técnico industrial da Connan, Bruno Marson. Ele ainda explica que o animal pode perder 100% da sua gordura corporal e até 50% do seu tecido muscular, mas se perder de 10 a 12% da água do seu corpo, o resultado é fatal.

CARNAVAL DEVE GERAR R$ 12 BI EM RECEITAS PARA O PAÍS

O Carnaval de 2025 deve gerar um impacto econômico de mais de R$ 12 bilhões no Brasil, um crescimento de 2,1% em relação ao ano anterior, segundo estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).  O período se consolida como um dos principais motores da economia criativa e do setor de serviços no país. Bares e restaurantes lideram as receitas do período, com previsão de arrecadação de R$ 5,4 bilhões, seguidos pelos serviços de transporte, que devem movimentar R$ 3,3 bilhões, e pela hospedagem, com R$ 1,3 bilhão em faturamento. Além disso, o evento deverá criar mais de 32,6 mil empregos temporários, com destaque para o setor de alimentação, que concentrará mais de 22,8 mil vagas. Com o aquecimento da economia durante a folia, pequenos empreendedores encontram oportunidades para crescer, especialmente nos segmentos de moda, alimentação e turismo. No entanto, segundo especialistas, a chave para manter o faturamento ao longo do ano está na formalização dos negócios.

UNIBRASIL INICIA ANO LETIVO COM NOVOS CURSOS

O início do ano letivo chega com duas novidades no UniBrasil: os cursos presenciais de Estética e Cosmética e Fonoaudiologia. Além das novidades acadêmicas, a instituição preparou uma programação comemorativa ao longo do ano, reforçando seu papel social por meio de projetos e serviços abertos à comunidade. Este ano é especial para o Centro Universitário UniBrasil, que celebra 25 anos de história consolidada em Curitiba (PR), com mais de 20 cursos, reafirmando seu propósito educacional e compromisso social. Ao longo de sua trajetória, o UniBrasil tem se dedicado à formação de profissionais qualificados e ao fortalecimento de sua atuação junto à sociedade.

PROCURA POR CRÉDITO NO BRASIL CAIU 7% EM 2024

A demanda por crédito no Brasil registrou queda de 7% em 2024, em comparação com 2023. É o que mostrou o Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC), que mede mensalmente o número de solicitações de financiamentos nos segmentos de varejo, bancos e serviços. Apesar do cenário ainda delicado para o setor de crédito, considerando que 2023 já havia apresentado um recuo significativo em relação a 2022 (-13%), a reta final de 2024 traz boas perspectivas para o ano atual. “O ano passado foi marcado por um cenário econômico, em geral, ainda muito conturbado. Principalmente considerando o crescimento constante das taxas de juros, que tem impacto inevitável para o consumo. Porém, o último trimestre foi bastante positivo, com recuperação acima dos 10% em todos os meses. Sem dúvidas, o ano de 2025 começou mais animador para as empresas e operadoras de crédito”, analisa Natália Heimann, líder da Business Unit de Dados & Analytics para Crédito da Neurotech e responsável pelo indicador. 

EDUCAÇÃO FINANCEIRA PODE DIMINUIR NÚMERO DE ENDIVIDADOS

Em 2024 o número de endividamento do brasileiro cresceu, chegando a 73 milhões de pessoas com dívidas, de acordo com levantamento realizado pelo Serasa. Esses números revelam uma realidade preocupante, com adultos que não sabem lidar com o dinheiro. Para que o futuro seja diferente, é necessário começar a plantar agora, começando pelas crianças e adolescentes. Ensinar desde cedo como gerir suas próprias finanças possui um grau de importância igual ou maior aos ensinos de matemática, português ou geografia. A educação financeira é a melhor maneira de fazer isso, pois ela garante que os jovens cresçam com uma mentalidade diferente e com habilidades que, talvez, seus pais não tiveram. O estresse financeiro também pode levar a quadros de ansiedade, depressão e até dificuldade de concentração, impactando negativamente no trabalho, nas relações pessoais e em outras áreas da vida. Entender o básico sobre finanças, muda a realidade de sua própria vida e impacta decisões futuras.

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