Vendas no mercado imobiliário de Curitiba cresceram 17% no ano passado
06/02/2025 às 05:00

As previsões de que 2024 seria um bom ano do mercado imobiliário em Curitiba (PR) se concretizaram e são demonstradas em números. No ano passado, o ticket médio dos imóveis usados apresentou crescimento de 17,2% em relação a 2023, atingindo a marca de R$ 454.934 na média anual, já com dados consolidados do último mês de dezembro. O avanço também foi verificado no valor de ITBI (Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis) arrecadado na capital paranaense no período, com aumento de 17,4% no comparativo com o ano anterior e montante de cerca de R$ 605,909 milhões no acumulado de 2024. Acompanhando o ritmo de crescimento, a emissão de guias para o pagamento da taxa somou 45.757, o que representou aumento de 6,9% nas transações de venda efetivadas no município, segundo dados da pesquisa recente divulgada pelo Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), integrante do Sistema Secovi-PR. "Mesmo com algumas restrições no crédito imobiliário e com o aumento das taxas de juros, 2024 apresentou melhores resultados e contribuiu para que o mercado continue se mantendo em patamar elevado", avalia Luciano Tomazini, presidente do Inpespar e vice-presidente de Economia e Estatística do Secovi-PR.
BAIRROS MAIS BUSCADOS
Entre os endereços preferidos por quem adquiriu um imóvel residencial usado em dezembro de 2024, o Centro manteve a liderança com 8,2% das negociações efetivas. Na sequência, apareceram Cristo Rei, com 5,4% da preferência, e Água Verde, Cajuru, CIC (Cidade Industrial de Curitiba) e Santa Cândida, todos com 4,8% cada.
SETOR DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO MANTÉM CONFIANÇA
A Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) divulga a mais recente edição do Termômetro da Indústria de Materiais de Construção, pesquisa de opinião realizada com lideranças das empresas associadas. O levantamento indica que a positividade continua em alta entre as indústrias de materiais de construção. Para 57% dos associados o mês deve ter bons resultados. Para 33% as vendas devem ter atingido um patamar regular e 10% classificam o período como ruim. A expectativa para fevereiro segue o mesmo patamar de boa confiança com 5% esperando um mês muito bom em vendas, enquanto para 48% deve ser bom. Já para 48% optaram por um mês ruim nas vendas. Nos resultados consolidados de dezembro o Termômetro confirmou que para 14% dos associados o mês foi muito bom, para 48% bom, 24% regular e para 14% ruim. Sobre investimentos, a pesquisa indica que 52% dos associados afirmam que pretendem investir nos próximos 12 meses. O número é 31 p.p. menor o indicado no Termômetro de dezembro e 10 p.p. menor que o indicado em janeiro de 2024.
GESTORA DE FUNDOS COMEMORA CRESCIMENTO
A Catálise, maior gestora independente de Fundos Estruturados do Sul do Brasil, atingiu na última sexta-feira (31) a marca de R$ 9 bilhões sob gestão, registrando um crescimento recorde de 250% nos últimos dois anos. Com atuação no segmento de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), a gestora encerrou dezembro de 2024 com um volume operado bruto de R$ 41 bilhões. A empresa conta atualmente com 138 fundos ativos e já impactou mais de 135,6 mil pessoas físicas e jurídicas. A expansão da base de clientes e a entrada em novos segmentos – como redes hoteleiras, supermercados e lojas de materiais de construção – impulsionaram os resultados da empresa. Com um histórico de crescimento acima do mercado, a Catálise quer dobrar seu patrimônio líquido sob gestão, projetando um volume entre R$ 15 bilhões e R$ 17 bilhões nos próximos meses. A estratégia envolve ampliar sua presença geográfica, com um plano agressivo de expansão por meio de parcerias com agentes de investimento e fortalecimento da estrutura de vendas.
CRESCE PROCURA POR CONSÓRCIOS PARA VEÍCULOS PESADOS
Os brasileiros aumentaram os investimentos em consórcios de veículos pesados em 2024, segundo relatório da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC). Esta categoria engloba caminhões, máquinas agrícolas, ônibus e retroescavadeiras. O tíquete médio do segmento registrou um crescimento de 24,6% em relação ao mesmo período, em 2023, refletindo a busca por alternativas mais acessíveis para aquisição de caminhões, ônibus, tratores e máquinas agrícolas. Neste ano (2025), o valor médio foi de R$187.733. Em 2023, foi de R$150.652. O aumento no tíquete médio pode ser impulsionado por diversos fatores, como o custo elevado dos financiamentos tradicionais: Com juros mais altos, o consórcio se tornou uma opção mais viável para empresários e profissionais do transporte e do agronegócio. Principalmente com os dados referentes à taxa Selic para 2024 e as previsões de investimentos e créditos liberados para cooperativas e pequenos produtores. A expansão da frota e renovação de veículos são motivos para que empresas e autônomos invistam na modernização de seus veículos para atender às novas demandas do mercado e às regulamentações ambientais. O setor agrícola segue em alta. O crescimento do agronegócio e da logística no país exige mais maquinário e transporte eficiente para escoamento da produção. 
INCERTEZAS GLOBAIS E JUROS ALTOS
A taxa básica de juros, a Selic, continua sendo um dos principais indicadores de atenção no cenário econômico brasileiro. Com a expectativa de novos aumentos em 2025, o ambiente econômico apresenta desafios significativos para empresas, que precisam lidar com juros altos, valorização do dólar e aumento nos preços de insumos essenciais, como alimentos e combustíveis. Esses fatores combinados têm pressionado os custos operacionais, impactando diretamente organizações que dependem de financiamentos, importações ou que operam com margens apertadas. No âmbito global, tendências como a transição energética, a digitalização acelerada e a busca por cadeias de suprimento mais sustentáveis também trazem novos custos e oportunidades, ampliando o campo de decisão estratégica para os gestores. Nesse contexto, a preparação financeira é fundamental para garantir a resiliência das empresas. Marcello Lauer, advogado e sócio fundador da Grand Hill, reforça que a experiência de crises recentes, como a pandemia de Covid-19 e os choques no sistema financeiro global, evidenciam a necessidade de planejamento e flexibilidade. “A crise global foi um alerta claro de que as empresas precisam estar preparadas para imprevistos, sejam eles internos ou externos. Isso exige uma estrutura financeira robusta e um modelo de negócios sustentável, que priorize o presente sem perder de vista o futuro”, destaca.
SHOW RURAL COOPAVEL
O Show Rural Coopavel, que ocorre entre os dias 10 e 14 de fevereiro de 2025, prepara uma das maratonas de inovação mais importantes do Paraná. Durante a feira, considerada a maior do agronegócio da América Latina, acontece o Hackathon Show Rural Digital: uma experiência imersiva que une competição, aprendizado e inovação com foco no desenvolvimento de soluções para problemas da agroindústria. Para Adriano Krzyuy, presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro-PR), o evento representa uma oportunidade única de impulsionar a transformação digital ao conectar talentos, ideias e soluções tecnológicas com as necessidades reais do campo. Neste ano, com a inclusão de novas iniciativas voltadas especificamente para as demandas do agronegócio, estamos certos de que o impacto será ainda mais expressivo, contribuindo não apenas para a inovação no setor, mas também para fortalecer sua competitividade em um cenário global cada vez mais desafiador”, diz.
HONDA CIVIC É O CARRO MAIS PROCURADO NO PR
A Webmotors, maior ecossistema automotivo do Brasil e principal portal de negócios e soluções para o segmento, acaba de revelar que o Honda Civic foi o carro mais procurado do Paraná em 2024. A informação é parte de um levantamento inédito realizado pelo Webmotors Autoinsights, ferramenta que fornece dados e informações sobre o mercado automotivo brasileiro, para apontar os 10 modelos de automóveis mais buscados do ano no estado pelos usuários da plataforma. Segundo o levantamento, o clássico da Honda recebeu 4,3% do total de visitas de usuários da plataforma no estado entre janeiro e dezembro de 2024. O ranking é seguido pelo Toyota Corolla (2,8%), Volkswagen Jetta (2,4%), Chevrolet Onix (2,3%), BMW 320i (2,3%), Volkswagen Golf (2,3%), Volkswagen Gol (2,3%), Chevrolet Cruze (2,3%), Volkswagen Polo (2,1%) e Jeep Compass (2%). 
CRESCE A ENTREGA DE FERTILIZANTES
A Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA) informa que as entregas de fertilizantes ao mercado brasileiro encerraram o mês de novembro de 2024 com 4,21 milhões de toneladas, registrando crescimento de 5,5% em relação as 3,99 milhões de toneladas do mesmo mês de 2023. No acumulado de janeiro a novembro, foram 42 milhões de toneladas, com queda de 0,5% em relação as 42,21 milhões de toneladas. O Estado de Mato Grosso, líder nas entregas ao mercado, concentra o maior volume no período analisado (20,8%), atingindo 8,74 milhões de toneladas. Seguem-se o Rio Grande do Sul (4,88 milhões), Paraná (4,64 milhões), São Paulo (4,50 milhões), Minas Gerais (4,23 milhões), Goiás (3,96 milhões) e Bahia (2,87 milhões). A produção nacional de fertilizantes intermediários em novembro de 2024 foi de 621 mil toneladas, representando crescimento de 1% ante o mesmo mês de 2023. No acumulado de janeiro a novembro, foram 6,61 milhões de toneladas, com crescimento de 3,5% na comparação com as 6,39 milhões de toneladas do mesmo período do ano anterior.
LUCRO DO SANTANDER CRESCEU 47% NO ANO PASSADO
O Santander Brasil registrou lucro líquido de R$ 3,855 bilhões no quarto trimestre de 2024, na comparação com o mesmo período do ano passado, um aumento de 74,9% o lucro líquido gerencial (em padrão BRGAAP). Em relação ao trimestre anterior, a alta foi de 5,2%. O lucro anual do Banco somou R$ 13,872 bilhões, resultado que representa alta de 47,8% em relação ao ano anterior e já reflete uma estratégia de crescimento focada na rentabilidade e na gestão do portfólio. O retorno sobre o patrimônio líquido da instituição subiu 5,3 pontos percentuais em 12 meses, atingindo 17,6%. No último trimestre de 2024, o Banco ampliou em 16% a margem financeira, para R$ 15,978 bilhões e aumentou em 10,1% no ano as comissões. Os gastos totais cresceram 2,8% – um ritmo inferior ao da inflação. O índice de eficiência atingiu 38%, o melhor nível dos últimos dois anos. “Ao longo dos últimos três anos, evoluímos na construção de um balanço mais sólido, com maior previsibilidade e rentabilidade sustentável. Avançamos na construção de um modelo de atendimento diferenciado, multicanal e com transformação digital significativa, o que nos permitiu melhorar a experiência do cliente, que é atendido quando, como e onde estiver”, afirma Mario Leão, CEO do Santander Brasil. “Temos uma visão consistente, de longo prazo, e uma estratégia clara para crescer e apoiar nossos clientes em qualquer tipo de cenário.”
 
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