Chef Helena Menezes retorna cardápio com sabor paranaense
05/02/2025 às 08:26
Chef de cozinha, Helena Menezes abre espaço gastronômico em Curitiba, bairro Tarumã.

“Acredito que só o pinheiro tem o poder de representatividade como nosso símbolo mítico. Ele seria como um objeto de veneração, uma marca, uma insígnia. Só a Araucária é capaz de nos retratar como estado.” Este comentário é do publicitário Eloi Zanetti, quando 16 anos atrás, foi lançado o livro "Pinhão Indígena - A Culinária do Paraná", de autoria da chef de cozinha, Helena Menezes (@chefehelenamenezes), que também é professora de culinária com Pinhão, Pesquisadora do Grupo de História da Alimentação da UFPR e escritora de Gastronomia.

Pois bem. Helena está novamente na pauta dos amantes da gastronomia, em Curitiba, quando acaba de abrir o Bufê do Jardim de Barreado e Feijoada, que esta localizado na Rua Américo Mattei 525, Tarumã, com farta opções para degustação (reservas pelo 41 99195-0755.). A coluna Business Woman, no jornal DIÁRIO INDÚSTRIA & COMÉRCIO, que é editada pelo jornalista Luiz Augusto Juk, foi conhecer o novo espaço gastronômico e o cardápio disponível.

A feijoada servida no local é feita de modo especial desde o Manjhericão, o primeiro restaurante onde foi criado o Bufê de Sopas que mais tarde se tornou ícone na capital. Feita e temperada na sexta feira, a feijoada repousa em chama lenta até a hora de servir, no sábado.
O barreado, a chef Helena Menezes aprendeu na Ilha particular do Comandante Bourguignon, um militar da reserva que nunca permitia o desembarque de estranhos em sua propriedade onde as ostras tinham o tamanho de um pires. A receita acrescida de um segredo, que faz com que o caldo permaneça grosso e saboroso, é do acervo do Estrela da Terra, restaurante típico das irmãs Menezes, ganhador de vários prêmios e estrelas do Guia Quatro Rodas, Bom Gourmet e Revista Gula.

Enquanto isso, a quirera da Lapa, é um prato típico das fazendas, está na história do Paraná desde os indígenas, passando pelos tropeiros e servido atualmente com embutidos defumados (costelinha, paio e lombinho), herança e costume dos imigrantes europeus.

Já a paçoca de carne e de amendoim a chef Helena  preserva as paçocas dos tropeiros, feitas de carnes assadas com farinha de Morretes, que passeavam no lombo dos burros desde o Caminho das Missões até o litoral, dando aos tropeiros do norte do Paraná o apelido de Farofeiros.

Por outro lado, o risoto de pinhão, nesta safra que se inicia em 1º de abril, serão introduzidos pratos com o pinhão. O risoto apresentado no sábado foi temperado com vinho, parmesão, creme-de-leite e requeijão cremoso, é feito com água do cozimento do pinhão. Receita do acervo da Chef, ganhou prêmio em concurso gastronômico em Delfim Moreira, em Minas Gerais Quanto as as opções de sobremesas,  esteve em pauta o pudim, cocada com coco ralado grosso, mamão verde formosa, figo, tijolinho de abóbora, goiabada Cascão e queijo branco.

Capa do livro histórico sobre pinhão

O livro "Pinhão Indígena - A Culinária do Paraná", de Helena Menezes,  lançado em 2009, conta a história do Paraná através da comida regional desde os indígenas, passando pelos tropeiros até os imigrantes atuais.

Trabalho que fortalece a presença do pinhão, a semente da árvore símbolo do estado, a Araucária. Com mais de cem fotos entre paisagens e pratos, o trabalho se divide em cinco capítulos traz em suas páginas uma extensa pesquisa sobre a história do pinhão, como símbolo e como ingrediente, além de outros pratos típicos da culinária do estado.

O livro foi publicado em parceria com a Fecomércio-Pr e Senac-Pr, tendo sido distribuído para todas as bibliotecas do país.


Empresária Dora Guelmann, Letícia Rodrigues, Helena Menezes e o jornalista Juk


Helena Menezes, Juk, Dora Guelman, Yedo Alquini, Vera Lúcia Urban, Márcio Medeiros e Aparecida Arruda Sanchez (Cida) .
 
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