Curitibano gasta 107 horas por ano no trânsito
A 14ª edição do TomTom Traffic Index, que avalia o tráfego em cidades ao redor do mundo com dados coletados em mais de 500 cidades de 62 países, revelou que os curitibanos perdem, em média, 107 horas por ano em congestionamentos nos horários de pico — a famigerada rush hour. Curitiba é a terceira capital brasileira com o trânsito mais complicado, ficando atrás apenas de São Paulo e Recife, onde os moradores perdem 111 e 108 horas, respectivamente. A pesquisa também posiciona a capital paranaense em segundo lugar no tempo médio de deslocamento por 10 km, com 28 minutos. Fortaleza lidera o ranking, com média de 29 minutos. Um possível fator que contribui para os congestionamentos é o elevado número de acidentes de trânsito na capital, que registrou mais de 15 mil ocorrências no primeiro semestre de 2024, segundo dados do Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate). Outro elemento relevante é o número de veículos em circulação. Em 2023, Curitiba e região metropolitana contabilizavam mais de dois milhões de automóveis registrados, conforme levantamento da Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran), divulgado em outubro daquele ano. No Paraná, o total de veículos cadastrados ultrapassava oito milhões, enquanto mais de 42 mil sinistros foram registrados no estado.
PROGRAMA ENERGIA SOLIDÁRIA
Ao longo do último ano, em média 330 mil famílias no Paraná tiveram sua conta de luz quitada pelo Programa Energia Solidária todos os meses. O programa é uma iniciativa do governo estadual, voltado às famílias de baixa renda com consumo mensal de até 150 kWh por residência. Desde a sua ampliação, aprovada em lei estadual em 2021, quando a faixa de consumo das famílias que estão no programa aumentou, o Energia Solidária tem se consolidado como uma das mais importantes políticas sociais do governo do Paraná, com um investimento anual de cerca de R$ 130 milhões. Essa iniciativa beneficia, em média, um milhão de paranaenses. A fatura que chega nas residências dos beneficiários não tem cobrança, contendo somente o histórico de consumo e informações relevantes para o titular. O Energia Solidária integra o programa Paraná Solidário, no lugar do antigo Luz Fraterna, mas com o subsídio ampliado que contempla consumo da faixa de até 120 kWh para 150 kWh por mês.
PARA ATRAIR MAIS TURISTAS
Nos últimos momentos de 2024, o turismo brasileiro celebrou a marca histórica de 6,65 milhões de visitantes internacionais que estiveram no País ao longo do ano, segundo dados oficiais. Até então, o recorde tinha sido registrado em 2018, quando foram 6,62 milhões de chegadas. Na leitura da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), esse é, de fato, um dado a ser comemorado. Contudo, uma análise mais aprofundada revela que ainda há muito o que se fazer para elevar o status do setor do Brasil perante o mundo. Em primeiro lugar, porque a marca de 6 milhões de turistas internacionais tem se mantido constante desde, pelo menos, 2015 — exceto nos anos da pandemia de covid-19. Assim, se esse é um número relevante, também demarca a necessidade de ajustes nas políticas públicas no campo do turismo para ir além desse dado já consolidado há pelo menos uma década. Sem considerar que, desses 6,65 milhões, pelo menos 10% são de brasileiros e brasileiras com cidadanias de países do exterior que voltaram ao País. Em segundo lugar, o turismo brasileiro ainda é fortemente dependente de uma sazonalidade típica de países como o nosso, além de ser extremamente concentrado. É assim que as informações da Embratur revelam que o grosso das visitas internacionais aconteceram entre dezembro de 2023 e março de 2024, no verão do Hemisfério Sul, e que 8 em cada 10 dessas visitas (80%) foram registradas em aeroportos de São Paulo ou do Rio de Janeiro.
COMÉRCIO E ALIMENTAÇÃO GERAM EMPREGOS NO PR
Foram gerados 4.121 novos empregos no Paraná no mês de novembro, com 146.718 admissões e 142.597 desligamentos, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o saldo de empregos no estado apresentou queda de 43,3% em relação a novembro de 2023, quando foram criados 7.263 postos de trabalho. Apesar disso, o setor de comércio foi destaque, com um acréscimo de 5.227 novos empregos em novembro de 2024, um aumento de 7,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Outro setor com excelente desempenho foi Alojamento e Alimentação, que alcançou saldo positivo de 980 empregos, apresentando um incremento de 51,5% em relação a novembro de 2023. Já o setor de Serviços, que vinha concentrando grande parte das oportunidades no mercado de trabalho nos últimos meses, registrou saldo de apenas 92 vagas em novembro, com uma retração de 98% em relação ao mesmo período do ano passado. Essa queda reflete os desafios enfrentados por segmentos específicos, como o de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que tiveram saldo negativo de 590 vagas. “Em novembro, a surpresa positiva na criação de empregos no Paraná foi o setor do Comércio. Com o volume de 40.316 admissões, teve um saldo de 5.227 em novembro de 2024, o que demonstra que o mercado de trabalho aquecido está estimulando a atividade de comércio em nosso estado”, destaca o assessor econômico da Fecomércio PR, Lucas Dezordi.
VALOR DA CESTA BÁSICA EM CURITIBA CAI
O preço médio da cesta de consumo básica de alimentos de dezembro/24 aumentou em relação ao mês anterior em cinco das oito capitais analisadas mensalmente pela plataforma Cesta de Consumo Neogrid & FGV IBRE. Brasília e Manaus foram as cidades que apresentaram os maiores aumentos nos preços da cesta, sendo de 6,5% e 4,9%, respectivamente. As cidades que registraram as maiores quedas foram Salvador e Fortaleza, com variação de –3,7% e –1,3%, respectivamente. A cesta de consumo básica mais cara continua a ser a do Rio de Janeiro (R$ 1.033,34), seguida por São Paulo (R$ 984,07) e Fortaleza (R$ 841,14). Em contrapartida, Belo Horizonte (R$ 686,43), Curitiba (R$ 738,23), e Manaus (R$ 816,77) foram as cidades identificadas com os menores custos de aquisição. A cesta básica em Curitiba teve uma redução de novembro para dezembro de 0,7%. O produto com maior índice de aumento na capital paranaense foi o óleo de soja, com reajuste de 10,7% e os produtos com maior queda de preços foram os legumes com 31,7% de redução.
CAI O PREÇO MÉDIO DE VEÍCULOS USADOS NO PR
Segundo levantamento da Webmotors, maior ecossistema automotivo do Brasil e principal portal de negócios e soluções para o setor, o preço médio dos veículos usados anunciados na plataforma no Paraná apresentou retração de 0,422% em dezembro de 2024, após registrar -0,378% em novembro. Essa diferença de -0,044 ponto percentual reflete uma leve desvalorização dos carros no período. O Índice Webmotors, que acompanha as variações percentuais dos valores dos automóveis listados no marketplace, reflete o comportamento do mercado automotivo do estado. “Os dados do Paraná mostram um movimento de desvalorização dos carros usados, alinhado ao comportamento observado em outras regiões do país. Isso reflete um cenário de maior equilíbrio entre oferta e demanda, favorecendo consumidores que buscam boas oportunidades no mercado automotivo”, afirma Mariana Perez, CPO da Webmotors. O Índice Webmotors é calculado a partir de dados de 2017 com uma metodologia baseada na mediana da diferença de preço entre um mês e o mês anterior, garantindo, assim, uma análise precisa, robusta e confiável.
CONSIGNADO PRIVADO
As modificações na lei que regulamenta o segmento de empréstimo consignado privado devem fazer com que o mercado registre um crescimento exponencial em pouco tempo. Hoje, este tipo de financiamento tem um saldo total de R$ 40 bilhões, mas com as mudanças a expectativa é de que o montante supere os R$ 700 bilhões de carteira total de crédito até 2030. A previsão é da techfin Oneblinc que trabalha com dados alternativos para a concessão de crédito. A conta leva em consideração os cerca de 45 milhões de trabalhadores do regime CLT que passarão a ter acesso facilitado a este modelo de financiamento. O novo regramento vai gerar oportunidades para os consumidores e para empresas do ramo financeiro. Atualmente, a modalidade de empréstimos com crédito consignado é muito forte para os funcionários do setor público, sendo uma das melhores opções de linha de crédito disponíveis no mercado. Os cerca de 10 milhões de funcionários públicos e 40 milhões de aposentados e pensionistas do INSS já movimentam uma carteira de R$ 600 bilhões. Já o consignado privado engatinha, pois com praticamente a mesma quantidade de pessoas que podem solicitar o empréstimo, envolve um montante de apenas algumas dezenas de bilhões, quando poderia estar equiparado.
OPÇÃO PELO CONSÓRCIO CRESCE
Em tempos de altas taxas de juros, o Sistema de Consórcios tem se destacado como uma alternativa viável e inteligente para quem deseja adquirir bens ou serviços sem o peso financeiro de empréstimos ou financiamentos tradicionais. Em 2024, entre janeiro e novembro, o setor alcançou números impressionantes: foram R$ 354,13 bilhões em negócios realizados, com 11,22 milhões de participantes ativos e 4,17 milhões de novas adesões, segundo dados da ABAC (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios). O diferencial desse produto financeiro está no modelo de aquisição planejada, que permite ao consumidor acessar bens e serviços sem os altos juros normalmente associados a outras modalidades de crédito. “Ele é atraente porque oferece uma alternativa financeira sem juros. O participante paga apenas uma taxa de administração, que é significativamente mais baixa do que as taxas de financiamentos convencionais”, explica Reinaldo Zanon, CEO do Grupo Zanon e da Seguralta Franchising - Expansão. Dos seis segmentos que compõem o sistema de consórcios, cinco apresentaram crescimento no número de cotas vendidas em 2024. O destaque ficou por conta dos eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis, com aumento de 52,6%, seguido por imóveis, com 27,3%, e serviços, com 11,1%. Veículos leves e motocicletas também registraram alta de 5,1% cada. Esse desempenho reflete a confiança dos brasileiros nessa modalidade como uma ferramenta para alcançar objetivos de maneira financeiramente saudável. Seja para adquirir um imóvel, trocar de carro, realizar uma reforma ou investir em serviços especializados, o consórcio tem se consolidado como a opção ideal para quem busca planejamento e economia.