A Redenção, uma história real
09/12/2024 às 20:12
Chega ao cinema nesta quinta, dia 12, o longa judaico A Redenção – A História Real de Bonhoeffer,  que aborda a fé e a coragem do pastor luterano Dietrich Bonhoeffer, ao dar fuga a prisioneiros da SS e entrar em complô para matar Hitler. A direção e roteiro é de Todd Komarnicki. Encabeça o elenco o ator Jonas Dassler.
Bonhoeffer, cuja memória é muito respeitada, dizia que o silêncio diante de genocídio e injustiças é também um ato criminoso. Mas, conclamava do púlpito:  o brado sem ação não satisfaz os propósitos divinos de amor ao próximo, caridade, empatia...
O enredo vai por aí, emociona. Mas o filme desmorona tudo com a inclusão de um letreiro no final, reafirmando que “seis milhões de judeus e outros” morreram nas mãos da polícia de Hitler. “Outros”, contudo, são ciganos, homossexuais, comunistas, socialistas, resistentes de forma geral, que somam cerca de cinco milhões de pessoas, também mortas em campos de concentração. No entanto, são apenas “outros”.
 Quando o papa Francisco, o Tribunal de Haia e a ONU classificam de criminosas as ações bélicas contra os palestinos, o letreiro traz um recado final: conclama a divulgação do filme, pregando a defesa de Israel,classificado como vítima, desde 2013, de crescente antissemitismo, quando o que acontece é uma reação antissionista..  A lembrar que Dietrich Bonhoeffer era um religioso alemão, ariano (ao gosto nazista),       que, arriscando a própria vida, deixou Berlim e foi aos EUA, denunciar a política genocida de Hitler. “Não permaneceu em silêncio diante do mal”.
 
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