(crédito fotos: @fredifotos)
 
No último dia 15 de outubro aconteceu a estréia do curta-metragem "Eu estive là" registrando a participação da curitibana Guilhermina Rodrigues Gomes, como enfermeira, na Segunda Guerra Mundial. Foi na Cinemateca de Curitiba, com a presença da imprensa,familiares, atores, figurantes e amigos.
O filme contou com a participação de mais de 50 pessoas entre atores e figurantes e teve como atriz principal a empresária Genise Strappazzon Ballura, no papel de Guilhermina Rodrigues Gomes, a enfermeira.
O curta-metragem foi executado pelo produtor  paranaense Mário Paiva, onde conta uma história verídica da  Guilhermina a partir de relatos dos familiares Andreia Gomes e Fabio Doniak, sobrinhos e netos da enfermeira. O filme que já ganhou uma premiação no Festival Militum, no Rio de Janeiro, está disponível no canal Montezzi no YouTube;
Guilhermina Rodrigues Gomes, uma curitibana nascida em 1º de dezembro 1912, cresceu ouvindo as histórias do seu avô Daniel, sempre se dedicando ao próximo. Formou-se em educação física em 1932. Em 1941, iniciou um curso de enfermagem, e preparou-se para ser voluntária numa guerra que tinha iniciado em 1939, mesmo antes de ser chamada.
E em outubro de 1944 ela, então convocada, fez parte de um grupo enfermeiras brasileiras, junto à Força Expedicionária Brasileira (FEB) , para servir na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial, fato que mudou sua vida.
Ela atravessou o oceano chegando  Nápoles, na Itália passando para Pistóia e depois em Livorno. Nestes locais, em hospitais e tendas de enfermagem cuidou de vários feridos incluindo norte americanos, indianos e até brasileiros entre outras nacionalidades.
Mas um triste episódio ocorreu, onde um certo dia quando estava fazendo atendimento de enfermagem, em Livorno, ocorreu uma explosão de uma mina antitanque, em frente ao hospital e ela foi arremessada pelo deslocamento do ar, e estilhaços, causando uma fratura na região lombar. Estes episódios são alguns relatos do curta metragem, "Eu Estive Lá".


Benedito Lino Agostinho Jr, Rachel Regnier Andrea Gomes Fabiano e Genise Strappazzon Ballura (que interpretou Guilhermina Rodrigues Gomes, no curta metragem)


Na Cinemateca Curitiba quando do lançamento do curta-metragem: Josy Reis, Dra Taryn Capobianco, Cla Ribeiro(designer e fotógrafo), Mario Paiva (Iprodutor do curta-metragem), Jaqueline Guerra (jornalista e atriz no filme) , jornalista Luiz Augusto Juk e Marcell Lucabrasi dos Santos Cruz (CEO da Sea sky foto e video)


Atriz Genise Strappazzon Ballura e o jornalista Luiz Augusto Juk

"Lugar de mulher é onde ela quiser"

Jennifer Thaise Costa Guerra,Genise Strappazzon Ballura e a jornalista Jaqueline Guerra (atriz no curta-metragem)


A atriz Genise Strappazzon Ballura, intepretando a enfermeira Guilhermina Rodrigues Gomes,no curta-metragem.

"A inciativa em registrar esse curta-metragem contando a participação da curitibana Guilhermina Rodrigues Gomes, na Segunda Guerra Mundial, precisa ser divulgada pois trata-se de um episódio de um tema, na minha opinião, ausente na  história do Brasil . Basta pesquisar para saber que logo após a guerra, as mulheres que participaram como enfermeiras na Segunda Mundial Mundial, e depois de desmobilizadas da FEB (Força Expedicionária  Brasileira),  foram esquecidas".
O comentário é da jornalista Jaqueline Guerra. que produz e apresenta o programa BUSINESS WOMAN, na TV Euro News, em São José dos Pinhais, que além de ajudar na divulgação do curta-metragem "Eu Estive Lá", também foi atriz no trabalho cinematográfico.
"Foi uma marco em minha vida profissional poder colaborar, por menor que tenha sido, com essa nobre iniciativa que registra o fato em questão. Sem contar o fato de conhecer pessoas  próximas de quem fez parte do acontecimento, como a curitibana Guilhermina Rodrigues Gomes, que esteve lá e viveu as agruras da guerra", enfatizou a jornalista.
Segundo Jaqueline Guerra, que leu muito sobre a presença das enfermeiras brasileiras na Segunda Guerra mundial, "após o término daquele terrivel acontecimento  é possivel perceber um certo silêncio, acerca da participação das enfermeiras da FEB no conflito. Daí meu enorme orgulho divulgar a partipação da mulher e enaltecer a dificil decisão feminina em estar lá, como foi o caso da curitibana Guilhermina Rodrigues Gomes. Precisamos apoiar e incentivar esses magnificos produtores, atrizes, técnicos, figurantes e pesquisadores,  que continuem com o trabalho mostrando que o lugar de mulher é onde ela quiser, como disse a escritora Patricia Lages".