Entrevista: Cristina Graeml defende implantação de modelo técnico e ético de gestão pública
Candidata do PMB pretende realizar processo seletivo para cargos comissionados, entre eles os de secretários
24/09/2024 às 21:04
O Diário Indústria & Comércio dá sequência a publicação das entrevistas realizadas com os candidatos à Prefeitura de Curitiba. Todos os 10 postulantes receberam 10 perguntas enviadas por e-mail, sobre os mesmos temas. Na entrevista abaixo, a candidata Cristina Graeml (PMB) fala de seus planos para a capital paranaense, caso seja eleita. 

1) Resumidamente, conte um pouco sobre a sua trajetória política. Um pequeno perfil seu.
Sou a Cristina Graeml, 54 anos,  curitibana, jornalista formada pela UFPR (1992), fui repórter de tv por 26 anos, conheço os 75 bairros de Curitiba e a política local a fundo, e desde 2018 até o início da campanha eleitoral trabalhei no jornalismo digital, fazendo análise política para os programas de maior audiência do YouTube Brasil, na Gazeta do Povo, Tv Jovem Pan News, Revista Oeste e Rádio Auriverde Brasil.
Minha carreira no Jornalismo sempre foi pautada por ser a voz da sociedade em suas reclamações junto ao poder público e por investigar e denunciar corrupção, expondo as manobras políticas que resultam em prejuízos para a população. Pela postura firme, combativa e ética, bem como pela coerência na defesa dos valores conservadores, acabei ganhando projeção nacional e sendo convidada por grupos conservadores curitibanos a colocar meu nome a serviço da cidade como candidata a prefeita.
Sou casada, mãe de dois filhos, e esta é a primeira vez que concorro a um cargo eletivo, movida pelo desejo de ver Curitiba sob um gestão técnica, sem conchavos políticos e focada em resultados.

2) Pode fazer uma análise do atual cenário político de Curitiba e destacar o papel da sua candidatura nesse contexto?
Curitiba vive um momento de saturação política, com décadas de domínio de um mesmo grupo que alterna nomes, mas mantém as mesmas práticas e a visão esquerdista de governar. O eleitor curitibano está cansado de maquiagem e títulos, do abandono do centro, da indústria da multa, de não ser ouvido, de promessas não cumpridas e de uma gestão que privilegia os poderosos em detrimento do povo. Minha candidatura é a única de direita raiz nestas eleições. Representa a ruptura com esse ciclo vicioso, oferecendo uma alternativa real de mudança. Com um plano de governo inovador, transparente e focado na eficiência administrativa, vamos colocar Curitiba em um novo patamar de gestão pública, com responsabilidade e respeito às pessoas e ao dinheiro que pagam em impostos.

3) Quais as principais bandeiras da sua campanha?
Nosso projeto é focado em implementar um modelo técnico e ético de gestão pública, que apresente resultados reais para a população com o menor custo. Vamos realizar processo seletivo para cargos comissionados, entre eles os de chefia, a começar por secretários. As prioridades serão saúde, educação, segurança pública, geração de empregos e atendimento real aos moradores de rua.

4) Curitiba é referência em mobilidade urbana, como no caso do transporte público, modelo que atualmente enfrenta novos desafios para se modernizar. De que forma você pretende atuar para que a cidade, cada vez mais populosa e motorizada, continue se destacando nessa área?
Vamos buscar financiamento para implantar novos modais, como o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e estudar a possibilidade de implantar trechos de monotrilho para desafogar o trânsito e criar opções mais ágeis e alternativas ao metrô, que tem um custo de implantação muito elevado e impacto ambiental considerável. O foco será em soluções de melhor custo-benefício. Além disso, haverá revisado da tarifa e vamos estudar a implantação de um sistema de cashback, que gera créditos no transporte público para quem consome no comércio curitibano.

5) Na área da saúde, quais são suas principais iniciativas?
Vamos reorganizar o sistema de saúde de Curitiba para aumentar a eficiência, reduzindo o tempo de espera nas unidades de saúde. A integração dos serviços através de sistemas digitais será ampliada, permitindo um acompanhamento mais eficiente dos pacientes. Vamos também investir em programas de atenção básica, fortalecendo as equipes de saúde da família, e ampliar o horário de atendimento em algumas unidades. A parceria público-privada será utilizada para acelerar o acesso a especialistas e expandir o número de leitos hospitalares. Não esqueceremos da saúde mental, oferecendo novos centros de atendimento psicológico.

6) Quais são suas principais propostas para a educação?
Na educação, nosso foco é preparar as crianças para os desafios do futuro. Além de melhorar a infraestrutura escolar e garantir vagas em creches para todas as crianças, vamos incluir no currículo disciplinas como educação financeira, empreendedorismo e oratória, além de atividades para desenvolver inteligência emocional, formando cidadãos preparados para a vida. Também queremos ampliar o uso de tecnologia nas escolas, modernizar o currículo e garantir formação continuada para os professores. Vamos transformar as escolas em verdadeiros centros de excelência e desenvolvimento humano.

7) Pesquisas recentes apontaram que a segurança pública é uma das grandes preocupações do eleitor curitibano neste momento. Quais são suas sugestões para essa área?
Para a segurança pública, nossa proposta é a integração entre a Guarda Municipal e a Polícia Militar, com ampliação do uso de tecnologia, como drones e câmeras com reconhecimento facial. Tolerância zero com o crime, policiamento preventivo com mais guardas municipais nas ruas, especialmente em áreas vulneráveis. Além disso, buscaremos a criação de programas de segurança comunitária, incentivando a participação dos moradores na prevenção e comunicação de crimes.

8) Curitiba tem umas das maiores economias do país, sendo o setor industrial e o setor de serviços os grandes impulsionadores da nossa capital. Quais suas propostas na área econômica?
Curitiba tem potencial para ser uma das cidades mais competitivas do Brasil. Vamos desburocratizar o ambiente de negócios, simplificando a abertura de empresas e reduzindo o tempo de emissão de alvarás. Também pretendemos criar incentivos fiscais para startups e pequenas empresas, fomentando a inovação e a geração de empregos. Outra medida será a criação de centros de empreendedorismo em parceria com o setor privado, oferecendo capacitação e crédito para novos empreendedores. Vamos recriar a Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços para ter canal aberto com o setor produtivo.

9) As queimadas e a longa estiagem que atingem o país neste momento têm mobilizado todas as esferas dos governos na busca por soluções. Quais suas propostas para o meio ambiente?
Vamos implementar um plano de ação para mitigar os impactos das tragédias ambientais em Curitiba. Isso inclui a recuperação de rios, preservação de áreas verdes, o incentivo à instalação de telhados verdes e a ampliação do uso de energia solar em prédios públicos. A educação ambiental será fortalecida nas escolas, com programas de conscientização para as crianças. Também vamos promover a reciclagem e o reaproveitamento de resíduos, além de investir em tecnologias para melhorar a captação e o uso da água, evitando desperdícios.

10) A senhora tem uma longa trajetória na comunicação, tendo destaque como comentarista política, mas ainda não teve nenhuma experiência em cargos eletivos. O que te motivou a “mudar de lado”, deixando de ser comentarista para virar, de fato, política e de que maneira essa experiência pode auxiliar sua administração, caso eleita?
Minha trajetória como jornalista me deu uma visão privilegiada do funcionamento do sistema político e dos desafios enfrentados pela população. Minha candidatura é orgânica. Foi um pedido da própria população, que queria uma alternativa à velha política, feita de conchavos e aparelhamento dos órgãos públicos com apadrinhados políticos. A decisão de “mudar de lado” veio do desejo de ser parte ativa da solução, de colocar em prática as ideias que defendi ao longo de toda a minha carreira. A experiência como comunicadora me deu uma conexão direta com os problemas reais das pessoas e com a necessidade de uma gestão pública mais transparente, eficiente e honesta. Quero usar esse conhecimento para transformar Curitiba em um modelo de gestão que priorize as pessoas e seus direitos.
 
Comentários    Quero comentar
* Os comentários não refletem a opinião do Diário Indústria & Comércio