Startups propõem soluções para demandas de grandes empresas
Programa Link recebeu mais de mil participantes entre solucionadores e empresas demandantes em sua edição 2024, realizada na Ligga Arena
19/06/2024 às 13:32
Programa Link teve edição 2024 realizada nesta segunda (17). Foto: Inove
Grandes empresas de Curitiba e Região Metropolitana em busca de soluções que podem ser desenvolvidas e ofertadas por startups, pesquisadores, instituições de ensino, pequenas e médias empresas. Essa conexão para gerar oportunidades de negócios e parcerias é realizada pelo Programa Link, que recebeu mais de mil participantes entre solucionadores e empresas demandantes em sua edição 2024, realizada na última segunda-feira (17) na Ligga Arena, em Curitiba. Ao final, 1.503 habilitações, que são intenções de propostas para as empresas demandantes foram encaminhadas.
 
Em parceria com os ecossistemas de Curitiba (Vale do Pinhão) e metropolitanos de inovação: Hangar SJP, de São José dos Pinhais; Conecta Pinhais; Grape Tech, de Colombo; EcoAr, de Araucária; e Ecossistema Local de Inovação de Fazenda Rio Grande, a ação reuniu 800 solucionadores entre startups, pesquisadores, instituições de ensino e micro e pequenas empresas de 66 cidades e 11 estados para solucionar demandas da Volvo, Bosch, Grupo Boticário, Furukawa, Ademicon, Case New Holland (CNH), Magius e Klabin.
 
César Reinaldo Rissete, diretor técnico do Sebrae/PR, explica que a jornada do Link até o evento presencial envolveu cinco meses de capacitação, mapeamento e disponibilização dos desafios de grandes empresas. “Nesse matchmaking, linkamos essas oportunidades com solucionadores e instituições apoiadoras, para o desenvolvimento de soluções inovadoras, por meio da cooperação dos atores dos ecossistemas, grandes e pequenas empresas. As demandas foram apresentadas em oito rodadas de pitches a cada 15 minutos, durante todo o dia, para fomentar a conexão entre empresas e os solucionadores”, detalha.
 
Foram mais de 60 desafios apresentados no evento, segmentados nas temáticas de inteligência artificial, ESG, indústria 4.0, integração de dados para gestão, experiência do cliente, automatização de tarefas repetitivas, assistentes virtuais, logística e suprimentos, recursos humanos e visão computacional.
 
“Entre fundos de investimentos, empresas e institutos de ciência e tecnologia do Brasil, 26 instituições foram selecionadas para apoiarem os solucionadores no relacionamento com as empresas. Por meio dessas instituições, as propostas se tornaram mais atrativas para contratações. A ideia é que pequenas empresas inovadoras possam ganhar mercado no contato com as grandes”, reforça Rissete.
 
Gerente de inovação aberta do Grupo Boticário, Sandra Melo disse que a experiência de participar do Link superou as expectativas como empresa demandante. “A experiência foi incrível, tivemos bastante procura e estamos muito animados para que, de fato, a gente consiga concretizar algumas oportunidades vindas daqui. Dentro do tema de logística, vimos muitas soluções interessantes. Para nós, é um prazer participar de iniciativas como essa. Um dos nossos lemas na área é a inovação que se faz junto. É muito difícil a gente trazer sozinho inovação para a companhia. Dentro da ideia de ecossistema, temos esse objetivo em comum que permite mais agilidade em nossos processos”, afirma.

Sistema de Parques Tecnológicos avança no Paraná
 
Com o objetivo de fomentar a inovação paranaense, o Sistema estadual de Parques Tecnológicos e Ambientes Promotores de Inovação (Separtec) programa novas ações para o Estado. O Planejamento Estratégico, aprovado em mais uma reunião do Conselho Estadual de Parques Tecnológicos, validou algumas iniciativas, tais como a oferta do curso de especialização em Gestão de Ambientes Promotores de Inovação (GAPI), o credenciamento de novos ambientes de inovação e a promoção e realização de eventos na área. Outra decisão importante aprovada no encontro foi a mudança de nomenclatura do Sistema: os conselheiros aprovaram o novo nome da entidade como Sistema de Ambientes Promotores de Inovação (Separtec+), que será usado oficialmente em breve.
 
A Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro-PR), que também atua no fomento do ecossistema paranaense, participa do Planejamento Para o Diretor de Projetos e Negócios Internacionais, Izoulet Cortes Filho, o Sistema é essencial para o Paraná e a nova fase da entidade é mais um marco importante para o avanço da inovação no Estado.
 
“O Separtec proporciona e impulsiona os ambientes de inovação no Paraná e, desde 2022, quando um novo credenciamento foi aprovado, 188 ambientes de inovação no estado foram incorporados ao Sistema. Foram incluídas incubadoras, aceleradoras e núcleos de inovação tecnológica, o que trouxe um crescimento significativo”, sublinha.
 
Hoje, esses ambientes credenciados estão presentes em 42 cidades paranaenses, sendo qualificados em 10 categorias. Para este ano, está prevista a abertura de um novo edital para credenciamento de novos espaços.
 
“Estes ambientes promovem especialmente as interações entre as empresas, relações de pesquisa e as empresas de base tecnológica, onde atua a Assespro-PR, favorecendo a inovação e exploração de transversalidades entre o emprego das tecnologias da informação em outros domínios, áreas, setores e segmentos, favorecendo a transformação digital”, comenta Izoulet.
 
Com 40 anos de atuação no Paraná, a Assespro-PR percorre essencialmente dois dos cinco pilares defendidos pelo Conselho de Ciência e Tecnologia.
 
“Tratamos com negócios que passam pelo desenvolvimento sustentável e transformação digital, fenômenos tão importantes e indissolúveis aos empresários de TI”, sublinha a presidente da entidade, Josefina Gonzalez.
 
“O Separtec, agora Separtec+, traz oportunidades ímpares para que os empreendedores do setor tenham maior sinergia com os setores produtivos, tornando possíveis novas dinâmicas de relacionamento entre diferentes atores e fatalmente gerando novos negócios, novas demandas, novas áreas de atuação, novos empreendimentos de base tecnológica e verticalização da tecnologia", conclui Josefina.
 
Veja o Índice de Tendências de Trabalho 2024 sobre IA

A Microsoft e o LinkedIn divulgaram a edição 2024 do relatório conjunto “Índice de Tendências de Trabalho”. Com o título “A IA já chegou ao trabalho. Agora vem a parte difícil”, a pesquisa mostra como, em apenas um ano, a Inteligência Artificial está influenciando a forma como as pessoas trabalham, lideraram e contratam em todo o mundo. Junto com o estudo, a Microsoft anunciou novos recursos no Copilot para Microsoft 365, e o LinkedIn disponibilizou gratuitamente mais de 50 cursos de aprendizagem para assinantes do LinkedIn Premium, projetados para capacitar profissionais de todos os níveis para aprimorar suas aptidões em IA. 

Os dados mostram: 2024 é o ano em que o uso da IA no trabalho se torna real. Nos últimos seis meses, a adoção de IA generativa no trabalho quase dobrou. O LinkedIn está vendo um aumento significativo no número de profissionais adicionando habilidades de IA aos seus perfis e a maioria dos líderes afirma que não contrataria alguém sem habilidades de IA. No entanto, muitos líderes se preocupam que sua empresa não tenha uma visão de IA e com funcionários utilizando suas próprias ferramentas de IA no trabalho. Nesse ponto,eles se deparam com um desafio de qualquer disrupção tecnológica: passar da experimentação para o impacto tangível nos negócios. 

“A IA está democratizando a experiência em toda a força de trabalho”, disse Satya Nadella, Presidente e CEO da Microsoft. "Nossa pesquisa mais recente destaca a oportunidade para todas as organizações aplicarem essa tecnologia para impulsionar a tomada de decisão mais assertiva, colaboração e, finalmente, resultados de negócios”, finaliza. 

O Índice de Tendências de Trabalho se baseou em uma pesquisa feita com mais de 31 mil pessoas em 31 países, incluindo o Brasil; tendências trabalhistas e de contratação no LinkedIn, trilhões de sinais anônimos de produtividade do Microsoft 365 e pesquisas com clientes da Fortune 500. O relatório destaca três insights que todo líder e profissional precisa saber sobre o impacto da IA no trabalho e no mercado de empregos no próximo ano: 

As pessoas querem a IA no trabalho – e não vão esperar que as empresas se atualizem: 75% dos trabalhadores intelectuais do mundo já estão usando IA no trabalho, no Brasil essa porcentagem é de 83%. Colaboradores, muitos deles enfrentando dificuldade para acompanhar o ritmo e o volume de trabalho, dizem que a IA os ajuda a economizar tempo, estimular a criatividade e permitir que se concentrem em atividades mais relevantes. Mas, enquanto 79% dos líderes globais – e 87% dos líderes brasileiros, - concordam que a adoção de IA é crucial para permanecer competitivo, 59% preocupam-se em quantificar os ganhos de produtividade da IA e 60% dizem que suas empresas carecem de visão e plano de implementação da tecnologia. No Brasil, esta afirmação se aplica a 51%.  
 
 
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