
Condição atinge cerca de 1% da população mundial, mulheres e crianças são as mais afetadas. Crédito: Freepik
Condição atinge cerca de 1% da população mundial, mulheres e crianças são as mais afetadas
A doença celíaca é uma condição autoimune que acontece a partir da ingestão do glúten, proteína encontrada em cereais como trigo, centeio e cevada e, por contaminação cruzada, na aveia. Por não conseguirem digerir a proteína, os celíacos podem sofrer com processos inflamatórios, principalmente no intestino delgado, e levar a sérias consequências à saúde.
Câncer de tireoide, tumores intestinais e complicações, como a osteoporose, fraturas de repetição e infertilidade são algumas das consequências dessa doença, que afeta cerca de 1% da população mundial, especialmente as mulheres. A maioria dos sintomas, no entanto, aparecem ainda na infância.
Pesquisas internacionais mostram que mais de 80% dos celíacos no mundo ainda não foram diagnosticados. O Brasil não tem dados oficiais sobre a patologia.
A doença celíaca pode se desenvolver em qualquer idade e etapa da vida, mas muitas vezes o paciente não sabe. Por isso, a importância de procurar um médico sempre que apresentar sintomas quando fizer a ingestão de alimentos como farinha de trigo, pão, farinha de rosca, macarrão, bolachas, biscoitos, bolos e outros.
“Não é uma doença da moda, a doença celíaca já é descrita há muitos anos. É uma condição genética, autoimune e sistêmica, ou seja, ela pega o organismo inteiro”, aponta Danielle Kiatkoski, gastroenterologista e médica cooperada da Unimed Curitiba.
Para a especialista, o crescimento dos diagnósticos está ligado a fatores ambientais, como a baixa qualidade do trigo, por exemplo, além de maior preparo médico para lidar com casos da doença. Pessoas que têm familiares celíacos têm 15% a mais de chances de desenvolverem a doença. Nesses casos, a indicação é procurar um especialista.
Os sintomas mais comuns são:
- diarreia ou prisão de ventre crônica
- indigestão
- dor abdominal
- inchaço na barriga
- falta de apetite
- baixa absorção de nutrientes
- anemia
- vômito
- fadiga
De acordo com a especialista, o diagnóstico é feito por um gastro após exames de sangue com dosagens de anticorpos e imunoglobulina - nestes casos - ainda mantendo a ingestão do glúten. Também é indicada uma endoscopia digestiva com biópsia de duodeno.
Tratamento e qualidade de vida
Para que os celíacos possam ter mais bem-estar e qualidade de vida, é importante saber que qualquer quantidade de glúten, por mínima que seja, é prejudicial ao seu organismo. “Como é uma doença sistêmica, pode ter só uma manifestação como uma queda de cabelo ou machinhas nos dentes, principalmente em crianças”, alerta a médica.
Ainda não há medicamentos específicos para o tratamento mesmo com pesquisas científicas avançadas. A dieta livre de glúten e de contaminação cruzada ainda são as opções para os pacientes que convivem com a condição.
“Um dos papéis do profissional da saúde, seja o nutricionista, o psicólogo ou o gastro, é mostrar que o paciente tem que ressignificar o prazer à mesa. Entender que o objetivo ali é a confraternização e não a comida. Levar sua marmita também pode ser prazeroso e ele vai descobrir um mundo sem glúten. O tratamento também passa por essa orientação psicológica e emocional”, defende.
Por isso, o celíaco deve ler com atenção todos os rótulos de produtos industrializados, optar em se alimentar em locais com cozinha exclusiva para preparo de refeições sem glúten e fazer receitas adaptadas com ingredientes sem glúten, assim a alimentação pode ficar mais variada.
No mês em que se celebra o Dia Mundial da Conscientização da Doença Celíaca (16/5), a Unimed Curitiba reforça a importância do assunto com uma campanha publicitária direcionada aos seus clientes. Nas peças criadas pela agência Bronx, a cooperativa apresenta um monstro e chama atenção para o fato de que, apesar dos celíacos terem que conviver com uma doença genética, autoimune e incurável, essas pessoas podem viver sem sustos e sem abrir mão do sabor se fizerem escolhas alimentares corretas.
Sobre a Unimed Curitiba
Unimed Curitiba atualmente é considerada a maior operadora de planos de saúde do Paraná, além de estar entre as maiores do Sistema Unimed. Atualmente conta com mais de 5 mil médicos cooperados de diferentes especialidades, que atendem mais de 620 mil clientes em Curitiba e municípios da região metropolitana. Possui a maior rede credenciada do estado com 377 prestadores, sendo mais de 240 clínicas e 50 hospitais – sendo um deles próprio, Hospital e Maternidade Nossa Senhora de Fátima. Além disso, também conta com 80 unidades laboratoriais, sendo 21 próprias, da Unimed Laboratório.
Saiba mais em www.unimedcuritiba.com.br ou acesse as redes da cooperativa no Facebook, Instagram e LinkedIn.