Ana Livia é “filha” de Galindo com duas atrizes e Daniela Thomas
26/03/2024 às 15:40
Cena da peça em foto de Fernanda Baldo e Caetano Galindo na Sala Zé Celso (por Adélia Lopes)
Depois de temporada paulistana, estreia para o público do Festival de Curitiba a peça Ana Lívia, escrita pelo escritor, professor e tradutor curitibano Caetano Galindo. Mas ele diz ter descoberto que teatro é uma criação coletiva e divide a autoria com a diretora Daniela Thomas e as atrizes Bete Coelho e Georgette Fadel.
Classificada como tragicomédia, a peça integra a Mostra Lucia Camargo, com apresentações nesta terça e quarta, no Teatro da Reitoria. Na manhã de hoje, em entrevista na Sala Zé Celso do Festival de Curitiba, confessou estar muito ansioso, pois a peça será encenada em sua cidade, a poucos metros de sua casa e no teatro da universiade onde estudou e leciona há 25 anos.
Além dessa circunstância doméstica, a apresentação curitibana o deixa em suspense porque Ana Lívia, diz ele, “não é uma história ortodoxa. Tem um grau de estranhamento”.
Enredo: duas atrizes, trancafiadas em um palco, sem cenário e sem saída, estão às voltas com uma conversa que uma delas não quer encarar, mas chegam à “superação da morte através do teatro, da literatura”.
Contudo, Galindo adianta que a encenação tem “momentos cômicos exagerados”, graças à leitura que Daniela Thomas teve já na primeira leitura de Ana Lívia e à contribuição das vivências teatrais de Bete Coelho e Georgette Fadel.
Ao fim, Caetano Galindo, que fez uma elogiadíssima tradução de Ulysses, que levou Bete Coelho ao monólogo Molly Bloom, se sente seduzido pelo teatro e pela inteligência das três mulheres que deram vida ao seu texto. Por sinal, Ana Lívia remete ao nome Anna Livia Plurabelle, do romance Finnegans Wake, também de James Joyce.
P.S 1: De Curitiba há outra atração na peça, a iluminação de Beto Bruel, o Nosso Senhor da Luz dos melhores espetáculos brasileiros.
P.S 2: Caetano Galindo dará master class no dia 5 de abil, às 16h, no Paço da Liberdade (Praça Generoso Marques).
 
Ficha Técnica:
Texto: Caetano W. Galindo
Direção: Daniela Thomas
Codireção: Bete Coelho e Gabriel Fernandes
Elenco 1: Bete Coelho e Georgette Fadel
Cenário: Daniela Thomas e Felipe Tassara
Produtor de Cenário: Mauro Amorim
Assistente de Direção: Theo Moraes
Direção Musical: Felipe Antunes
Assistente de Direção Musical: Fábio Sá
Figurino: Bete Coelho e Daniela Thomas
Diretor Técnico: Rodrigo Gava
Desenho de Luz: Beto Bruel
Assistente de Luz: Sarah Salgado
Operadora de Luz: Patricia Savoy e Sarah Salgado
Operador de Som: Rodrigo Gava
Contrarregra: Theo Moraes e Laís Damato
Serralheria: Mauricio Zati - Aço Studio Arquitetos
Designer Gráfico: Celso Longo + Daniel Trench
Diretor de Comunicação: Maurício Magalhães
Dramaturgista da Cia.BR116: Marcos Renaux
Produtora Executiva: Mariana Mantovani
Direção de Produção: Lindsay Castro Lima
Produção: Cia.BR116 - Teatrofilme
 
Imperdível
Teatro da Reitoria, dias 26 e 27 de março, às 20h30 Duração: 75 minutos.
Classificação: 14 anos
Ingressos em www.festivaldecuritiba.com.br, ou na bilheteria no ParkShoppingBarigüi.
A Mostra Lucia Camargo é apresentada por Banco do Brasil, Sanepar e Tradener - Comercialização de Energia, com patrocínio de Ebanx, Banco CNH Industrial e New Holland, ClearCorrect, Copel – Pura Energia, Brose, Uninter e Grasp.
 
 
Comentários    Quero comentar
* Os comentários não refletem a opinião do Diário Indústria & Comércio